Volodymyr Zelensky prepara-se para visitar Portugal e Espanha

por RTP
Sergey Dolzhenko - EPA

O presidente da Ucrânia vai deslocar-se nos próximos dias a Portugal. Volodymyr Zelensky vai também passar por Espanha, onde deverá assinar um acordo em matéria de segurança.

Por motivos de segurança, as datas concretas das visitas a Madrid e Lisboa permanecem em segredo. Para a deslocação a Espanha está prevista a assinatura de um entendimento bilateral, algo que pode também acontecer em Portugal, apurou a RTP.O presidente ucraniano estivera já no passado mês de outubro em Granada para a cimeira da Comunidade Política Europeia.


O acordo que vai receber as assinaturas de Volodymyr Zelensky e do presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, deverá ser idêntico àqueles que Kiev firmou com os governos de Alemanha, França, Itália, Reino Unido ou Canadá, escreve a edição online do diário espanhol El País.

O objetivo passará por assegurar uma cooperação militar sustentada a longo prazo
.
Recorde-se que Volodymyr Zelensky chegou a ter prevista uma visita a Portugal para 29 de setembro do ano passado, tendo em vista participar no encontro do denominado Grupo de Arraiolos. Todavia, esta deslocação acabou por ser protelada.

Marcelo Rebelo de Sousa esteve na Ucrânia a 23 e 24 de agosto de 2023. O presidente da República condecorou o chefe de Estado ucraniano, durante esta visita, com o Grande-Colar da Ordem da Liberdade.

Questionado, então, sobre dúvidas quanto ao apoio de Portugal à adesão da Ucrânia à NATO, Marcelo sublinhava que o primeiro-ministro e o presidente da Assembleia da República - à data António Costa e Augusto Santos Silva - haviam sido “muito claros”.

“A posição portuguesa é uma posição de princípio: sim, a Ucrânia tem direito a integrar-se nessa família política europeia que se chama União Europeia e a querer uma aproximação primeiro e depois uma inserção na NATO. Só que nós sempre dissemos isto: isso implica trabalho de preparação, ao passo que outros terão dito ou dado a entender está feito (...) e isso, sim, podia depois ser uma grande desilusão”, declarava o presidente português.
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