Vladimir Putin denuncia "ato de agressão" contra a Síria

por RTP

O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que os ataques à Síria foram realizados sem qualquer enquadramento legal e constituem um "ato de agressão contra um estado soberano".

A Embaixada da Rússia nos Estados Unidos lembra que a Rússia avisou que estes ataques vão ter consequências. O embaixador russo sublinha mesmo que insultar o presidente da Rússia é "inaceitável e inadmissível" e que os Estados Unidos não têm o direito de culpar outros países.

A Rússia acusa os Estados Unidos de serem o detentor do maior arsenal de armas químicas e sublinha que o país não tem o direito moral de culpar outros Estados.
Putin fala em ato de agressão
Os ataques com mísseis foram realizados "sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU, em violação da Carta das Nações Unidas e de normas e princípios do direito internacional" e constituem "um ato de agressão contra um Estado soberano que está na vanguarda da luta contra o terrorismo", refere Putin em comunicado.

Moscovo insiste que não existiu qualquer ataque com armas químicas por parte de Damasco e acusou as potências ocidentais de tentarem procurar uma desculpa para executarem o ataque.

"Especialistas militares russos que visitaram a cena deste incidente imaginário não encontraram evidências de uso de cloro ou outras substâncias tóxicas, e nenhum morador local confirmou um ataque químico", afirma Putin no comunicado.

Segundo o líder russo, o Ocidente tem "mostrado um desprezo" pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), que deveria começar os seus trabalhos de verificação no local hoje, ao optar por "uma ação militar sem esperar pelos resultados da investigação".

"Através das suas ações, os Estados Unidos agravaram a crise humanitária na Síria, trazem sofrimento para a população civil, favorecem os terroristas que assolam há sete anos o povo sírio e causam uma nova onda de refugiados", considerou ainda a Rússia.
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