Vitória de "Nino" é sinónimo de unidade nacional - Fadul

por Agência LUSA

A vitória de "Nino" Vieira é sinónimo de "unidade nacional" e de luta contra os "fundamentalismos fraccionários" da sociedade guineense, como os étnicos e religiosos, afirmou hoje o líder do Partido Unido Social-Democrata (PUSD) da Guiné- Bissau.

Em declarações à Agência Lusa, Francisco Fadul, quarto mais votado na primeira volta das presidenciais guineenses e que apoiou "Nino" Vieira à segunda volta, considerou que, no futuro, a população da Guiné-Bissau "vai sentir a diferença, para melhor".

"Foi a vitória da paz contra as golpadas, da globalização nacional contra fundamentalismos fraccionários da Nação, como os étnicos e religiosos, de um bom projecto de futuro contra um projecto gasto e inconsequente" do candidato declarado derrotado, Malam Bacai Sanhá, afirmou Fadul.

Para o líder do PUSD, que, como candidato presidencial, obteve menos de 03 por cento de votos na primeira volta, a vitória de "Nino" Vieira constitui "uma demonstração de que a unidade é possível" e que ganha forma com o presidente agora eleito.

Hoje de manhã, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) divulgou os resultados provisórios da segunda volta das presidenciais guineenses de domingo, dando a vitória a "Nino" Vieira, com 52,35 por cento dos votos, contra 47,65 de Bacai Sanhá, apoiado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, no poder).

Questionado pela Lusa sobre o seu futuro político, Fadul respondeu que "nada" pediu a "Nino" Vieira - "nem contrapartidas materiais, nem financeiras" -, sublinhando que o seu apoio se deveu ao "imperativo nacional da unidade e reconciliação".

Quanto à recusa de Bacai Sanhá aceitar os resultados anunciados pela CNE, o líder do PUSD fez suas as palavras proferidas horas antes por "Nino" Vieira, durante a leitura da declaração de vitória: "é um assunto que terá de ser dirimido pelo candidato e pela CNE".

Sobre uma eventual demissão de Carlos Gomes Júnior, primeiro- ministro e líder do PAIGC, Fadul sublinhou que "tudo depende da vontade" do chefe do governo, lembrando que "Nino" Vieira "nunca lhe demonstrou qualquer acto de animosidade".

JSD.

Lusa/Fim


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