Marcelo em Kiev. Soaram alarmes durante cimeira da Crimeia

por Joana Raposo Santos, Mariana Ribeiro Soares, Carlos Santos Neves - RTP

Marcelo Rebelo de Sousa viajou da Polónia para a Ucrânia, uma visita mantida em segredo até à última hora. No final da cimeira da Crimeia, na qual participou, o presidente português ficou retido no local do encontro devido ao soar dos alarmes em Kiev.

António Pedro Santos - Lusa

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por RTP

População ucraniana encara possibilidade da morte de Prigozhin como "boa surpresa"

Permanecem dúvidas sobre o que de facto aconteceu com Yevgeny Prigozhin, líder do grupo Wagner, que estava na lista de passageiros de um avião que caiu na Rússia.

A população ucraniana está a encarar a possibilidade da morte de Prigozhin como uma boa surpresa, já que este foi o líder da linha da frente das tropas russas na zona do Donbass.

A enviada especial da RTP à Ucrânia, Cândida Pinto, está em Kiev a estudar as reações da população.
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por RTP

Queda de avião na Rússia. Prigozhin pode estar vivo

Evgeni Mouravitch, correspondente da RTP na Rússia, dá conta dos últimos desenvolvimentos sobre a queda do avião cuja lista de passageiros continha o nome de Yevgeny Prigozhin.

Neste momento circulam suspeitas de que o líder da Wagner pode estar vivo. Várias pessoas referem que Prigozhin possuía passaportes de várias nacionalidades e que pode agora abrigar-se num país africano.

As informações não estão confirmadas, tratando-se apenas de especulações.
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por RTP

Marcelo apela à Rússia para que se retire da Ucrânia

Foto: António Pedro Santos - Lusa

O presidente da República teve um participação de destaque na cimeira sobre a Crimeia realizada em Kiev, onde interveio logo a seguir a Volodymyr Zelensky e disse que as fronteiras de Portugal são as da Ucrânia.

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por RTP

Marcelo Rebelo de Sousa ouviu as sirenes em Kiev

Foto: António Pedro Santos - Lusa

Marcelo Rebelo de Sousa ouviu as sirenes em Kiev. O Presidente estava na capital ucraniana com Volodymyr Zelensky quando o alarme soou na cidade a avisar para o disparo de mísseis russos contra o país.

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por Joana Raposo Santos - RTP

Queda de avião. Rússia e grupo ligado à Wagner confirmam morte de Prigozhin

Os serviços de emergência confirmaram que todos os passageiros do avião morreram na queda. PMC Wagner via Reuters

Um avião cuja lista de passageiros incluía Yevgeny Prigozhin, líder do grupo Wagner, caiu esta quarta-feira em território russo, tendo morrido todos os dez ocupantes a bordo. Tanto a autoridade de aviação russa como um grupo ligado à Wagner já vieram confirmar a morte de Prigozhin.

Poucas horas após a queda, um canal na plataforma Telegram ligado ao grupo Wagner anunciou a morte do líder da Wagner. “Um herói da Rússia, um patriota desta terra, Yevgeny Prigozhin morreu como resultado de ações de traidores dentro da Rússia”, lê-se nesse canal. “Mas, mesmo no inferno, vai ser o melhor! Glória à Rússia!”.

Pouco depois, a Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia (Rosaviatsiya) indicou que Prigozhin era um dos passageiros do jato privado que se despenhou.

Segundo a mesma fonte, estava também entre os passageiros Dmitry Utkin, um dos fundadores do grupo Wagner e ex-oficial das forças especiais russas.

"De acordo com a companhia aérea, os seguintes passageiros estavam a bordo do avião Embraer - 135", disse Rosaviatsiya, citando os nomes de Prigozhin e Utkin.

Anteriormente, a Rosaviatsia tinha anunciado uma investigação à queda. "Foi lançada uma investigação à queda do avião Embraer que ocorreu esta noite na região de Tver. Na lista de passageiros está o nome e apelido de Yevgeny Prigozhin", disse a entidade.Segundo as agências Ria Novosti, TASS e Interfax, os serviços de emergência confirmaram que todos os passageiros do avião morreram na queda, entre os quais três pilotos.

A agência russa de notícias TASS tinha avançado pouco antes que Prigozhin poderia estar no avião que caiu na região de Tver, 150 quilómetros a norte de Moscovo, quando fazia o percurso da capital até São Petersburgo.

Segundo a imprensa russa, os oito corpos já encontrados estão completamente carbonizados, pelo que provavelmente serão necessários testes de ADN para serem identificados.

A Rússia avançou entretanto que irá investigar o que considera um “caso criminal”, tendo já começado essa investigação no local do incidente. Moscovo diz querer estabelecer as causas da queda do avião.

Antes de o canal ligado à Wagner ter confirmado a morte de Prigozhin no Telegran, bloggers ligados ao grupo avançaram que havia dois aviões de Prigozhin no ar e que um deles aterrou de forma segura no aeroporto de Moscovo, enquanto o outro caiu.

Essa informação trouxe suspeitas de que o líder da Wagner poderia estar vivo. Várias pessoas referem que Prigozhin possuía passaportes de várias nacionalidades e acreditam que pode agora abrigar-se num país africano.
Corpo do avião caiu a dois quilómetros de uma asa
Dados de monitorização de voo consultados pela Associated Press confirmam que um jato particular registado em nome da Wagner, e que Prigozhin havia usado anteriormente, descolou de Moscovo esta noite e que o seu sinal desapareceu minutos depois.

O avião ter-se-á desintegrado no ar. Imagens de vídeo entretanto divulgadas mostram uma asa e um estabilizador a cair sobre uma zona onde se encontra uma estação ferroviária.

O corpo do avião e a outra asa terão caído sobre uma povoação a dois quilómetros de distância.

Noutras imagens divulgadas nas redes sociais vê-se, aparentemente, peças de um avião em chamas no chão.

O Ministério de Situações de Emergência da Rússia indicou que as operações de busca já começaram perto da vila de Kujenkino, na região de Tver, onde o aparelho Embraer Legacy se despenhou.

O governador de Tver, Igor Rudenia, assumiu o controlo pessoal da investigação sobre o sucedido com o avião civil.

Anton Gerashchenko ex-vice-ministro e atual conselheiro do Ministério do Interior da Ucrânia, partilhou no Twitter imagens não verificadas dos destroços do avião e disse ser “previsível” que isto tivesse acontecido.

“Vai ser interessante descobrir quem mais estava a bordo do avião. Algumas informações indicam que Dmitriy Utkin [militar russo e presumível fundador do grupo Wagner] estava lá também”, escreveu.

O episódio ocorre depois de, em junho, Prigozhin ter liderado um motim contra as Forças Armadas russas. O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, anunciou na altura um acordo com o chefe da Wagner e o presidente russo para pôr fim às 24 horas de tumulto.

O acordo incluiu a transferência das tropas Wagner da Rússia para a Bielorrússia, para auxiliar no treino das forças armadas bielorrussas. O armamento pesado dos mercenários terá ficado na Rússia.

A população ucraniana está a encarar a possibilidade da morte de Prigozhin como uma boa surpresa, já que este foi o líder da linha da frente das tropas russas na zona do Donbass.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já reagiu ao sucedido esta quarta-feira, dizendo não ficar surpreendido com a possível morte do chefe do grupo mercenário Wagner. "Ainda não sei bem o que aconteceu, mas não estou surpreendido. Poucas coisas acontecem na Rússia sem que Putin tenha algo a ver com isso", frisou.

c/ agências
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por Lusa

Rússia reivindica que avança no leste e resiste no sul do país

O Exército Russo avançou em Kharkiv, no leste da Ucrânia, reivindicou hoje o Ministério da Defesa de Moscovo, indicando que repeliu novas investidas no sul das forças ucranianas, que dão conta de 30 combates nas últimas 24 horas.

"No setor de Kupyansk [na frente de Kharkiv, leste do país], as formações de assalto do grupo militar avançaram nas áreas designadas e melhoraram as suas posições táticas", disse o porta-voz da Defesa, tenente-general Igor Konashenkov.

O porta-voz militar reivindicou que as unidades russas, com o apoio da aviação e da artilharia, repeliram quatro ataques ucranianos naquele setor da frente nas proximidades das cidades de Sinkivka (Kharkiv), Novoegorivka e Novoselivske (Lugansk).

No setor da frente de Zaporijia, região sul, onde decorrem os combates mais intensos, as forças russas dizem ter repelido quatro ataques ucranianos à cidade de Robotyne, parcialmente recapturada pela Ucrânia como parte da sua contraofensiva.

As autoridades ucranianas deram por sua vez conta de que a ameaça de mísseis e ataques aéreos russos persiste em toda a Ucrânia, segundo o Estado-Maior de Kiev, e que mais de 30 combates ocorreram na frente nas últimas 24 horas.

De acordo com o Estado-Maior General das Forças Armadas da Ucrânia, citado pela agência Ukrinform, as tropas russas lançaram quatro ataques com mísseis e 58 ataques aéreos, e abriram fogo com múltiplos sistemas de lançamento de `rockets` (MLRS) contra posições ucranianas 60 vezes; na última noite, atacaram novamente o território ucraniano com `drones` suicidas Shahed-136/131 de fabrico iraniano.

As investidas russas com ataques de artilharia e morteiros, disse o Estado Maior, afetaram várias localidades nas províncias de Kharkiv e Lugansk, e também na província de Kherson e Zaporijia, no sul, onde as forças ucranianas anunciaram na terça-feira terem alcançado a localidade de Robotyne, cujas imediações foram igualmente visadas pelas tropas de Moscovo.

As forças ucranianas afirmaram que continuam a operação ofensiva na direção de Melitopol, onde estão a ganhar posições dentro das fronteiras recapturadas e a executar medidas de contra-ataque.

Nas últimas 24 horas, a Força Aérea da Ucrânia lançou 11 ataques contra posições russas e dois ataques contra sistemas de mísseis terra-ar.

A agência Ukrinform relatou também hoje o episódio de uma aterragem de um helicóptero militar russo em território controlado pelas forças ucranianas em circunstâncias ainda não esclarecidas.

Andriy Yusov, da secreta militar ucraniana, confirmou a informação da aterragem de um helicóptero russo MI-8 com a sua tripulação no campo de aviação de Poltava, na Ucrânia central,

"Sim, existe essa informação. Estamos a trabalhar com a tripulação também. Está tudo bem, só precisamos esperar um pouco e haverá novidades", limitou-se a dizer.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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por RTP

Marcelo em Kiev. Soaram alarmes durante cimeira da Crimeia e presidente ficou retido

António Pedro Santos - Lusa

No final da cimeira da Crimeia, o presidente português ficou retido no local do encontro devido ao soar dos alarmes em Kiev. Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu que nunca tinha estado numa situação como esta, mas disse não ter sentido medo.

“As coisas são como são”, afirmou. “Primeiro, não há razão para medo, porque tem havido uma capacidade de resposta integral e de cobertura por parte da Ucrânia. Em segundo lugar, é mais a preocupação dos seguranças quanto ao local exato onde os mísseis intercetados têm os seus destroços a cair”.

O chefe de Estado fez ainda um resumo das suas declarações na cimeira. A primeira mensagem foi que Portugal não aceita a ocupação russa nem a violação da soberania ucraniana sobre a Crimeia.

Marcelo Rebelo de Sousa transmitiu ainda que não faz sentido separar a questão da Crimeia da questão genérica da invasão russa da Ucrânia.O presidente da República adiantou que está em cima da mesa convidar Volodymyr Zelensky para visitar Portugal, mas tal poderá ser difícil, pois este “tem uma guerra a decorrer”.

O presidente da República destacou ainda que, durante o encontro, o homólogo ucraniano se mostrou “preocupado com o que tem havido [na Crimeia] ao longo destes nove anos de atraso em termos económicos e sociais relativamente ao que deveria ter existido”.

“Citou exemplos da sociedade civil, de atividades económicas que têm estado presentes relativamente à Ucrânia como um todo e que não estão presentes como deveriam estar na Crimeia”, elucidou.

Marcelo Rebelo de Sousa disse ter desenvolvido essa matéria “para explicar que a integridade do território, a recuperação de um território, a garantia da soberania (…) é ter condições para olhar para os problemas das pessoas e para tratá-los”.
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por Lusa

Zelensky diz que Portugal tem voz política importante

 O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, defendeu hoje que a "voz de Portugal é politicamente importante" e agradeceu a visita do homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, a Kiev.

"A voz de Portugal é politicamente importante", disse Zelensky em conferência de imprensa, na cimeira da Plataforma da Crimeia, em Kiev.

O Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, sentou-se entre os jornalistas a ouvir a conferência de imprensa do homólogo ucraniano. 

Zelensky acrescentou que Portugal apoiou a Ucrânia desde o início da invasão da Rússia e que está ao lado das autoridades ucranianas "na responsabilização" da Rússia pelo crime de agressão.

O chefe de Estado ucraniano agradeceu o apoio de países como Portugal em várias áreas, por exemplo munições.

"A vitória no campo de batalha é importantíssima, há pessoas a morrer e os países estão a ajudar", comentou Zelensky, na véspera de se cumprir um ano e meio de guerra na Ucrânia, invadida pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

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por RTP

Desminagem do Mar Negro. Portugal só participaria "no quadro de uma missão muito bem definida", diz Gomes Cravinho

António Pedro Santos - Lusa

O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou esta quarta-feira, na Ucrânia, que Portugal está aberto a trabalhar com aliados numa estratégia para assegurar "a liberdade de circulação no Mar Negro". Quanto à eventual desminagem desse mar, João Gomes Cravinho confirmou que Portugal tem "alguns meios", mas que só poderia atuar no quadro de uma missão "muito bem definida".

Questionado pela RTP sobre o pedido do ministro ucraniano da Defesa para o apoio de Portugal em manobras de desminagem do Mar Negro, Gomes Cravinho respondeu que, “neste momento, “não há ainda nenhuma missão definida”.

O Mar Negro precisará, de facto, de ser desminado. Nós vimos como a Rússia saiu do acordo para o escoamento de cereais do Mar Negro, basicamente por razões de interesse próprio”, relembrou o governante, no final da cimeira da Crimeia, na qual Marcelo Rebelo de Sousa também participou.

“Portugal tem alguns meios mas, naturalmente, só participaria no quadro de uma missão muito bem definida, com a devida autoridade por parte das Nações Unidas, por parte da NATO”, acrescentou.

João Gomes Cravinho disse, porém, que o país está “aberto a trabalhar com aliados, com outros parceiros, com a própria Ucrânia para identificar como é que se poderia desenvolver uma missão que assegurasse a liberdade de circulação no Mar Negro”.
“Anexações ilegais” não serão reconhecidas
No final da cimeira da Crimeia, o ministro português disse ter saído do encontro “uma declaração forte que sublinha que todos os signatários, todos os países que participam não reconhecerão a anexação da Crimeia nem as outras anexações ilegais levadas a cabo pela Rússia através de atos eleitorais sem qualquer tipo de credibilidade”.

Sai também a mensagem de que serão aplicadas sanções e que “isso irá até ao fim, até à retirada da Rússia desses territórios ilegalmente anexados”, acrescentou Gomes Cravinho.

“Hoje em dia toda a gente compreende que a anexação da Crimeia foi um prenúncio de algo ainda mais violento e agressivo, que é a invasão de toda a Ucrânia”, disse.

“Toda a gente percebeu que isto faz parte de um padrão, e não – ao contrário daquilo que alguns imaginavam – que a anexação poderia servir como uma forma de apaziguar a Rússia, dar alguma coisa à Rússia para que fique satisfeita”.

Para os participantes na cimeira, “só há uma resposta possível, que é apoiar a plena integridade territorial da Ucrânia, incluindo a Crimeia”.
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por Lusa

Ucrânia. Deputados do PS e PSD em visita para analisar evolução das operações militares

Os deputados portugueses Miguel dos Santos Rodrigues (PS) e Cristiana Ferreira (PSD) iniciaram hoje uma visita de dois dias à Ucrânia, paralela à do Presidente português, para analisar a evolução das operações militares e o fornecimento de equipamento militar às forças ucranianas.

Numa nota enviada à agência Lusa, os dois deputados, da Comissão Parlamentar de Defesa Nacional, afirmam que a visita decorre no âmbito da plataforma "United for Ukraine", por ocasião do dia da independência daquele país.

"Esta visita, paralela à do Presidente da República, contempla reuniões com membros do Governo Ucraniano, desde o Procurador-geral da República, o Ministro e o Vice-Ministro da Defesa e um encontro com deputados ucranianos", referem os dois parlamentares na nota enviada à Lusa.

Segundo Miguel dos Santos Rodrigues e Cristiana Ferreira, nas reuniões "deverá ser analisado o ponto de situação das operações militares e do fornecimento de equipamento às forças militares ucranianas, bem como outras iniciativas diplomáticas como a criação de um tribunal especial para a avaliação de crimes de guerra cometidos na Ucrânia".

Sobre as razões desta visita, o deputado socialista, citado na nota, afirma: "ver os efeitos da guerra de perto reforça a minha convicção de que Portugal, como aliado da Ucrânia, está do lado certo da história e que, por isso mesmo, devemos fazer tudo, a partir do Parlamento português, para apoiar o povo ucraniano na sua defesa e pôr fim a esta agressão criminosa e sem qualquer justificação".

A deputada do PSD considera também, na nota que "todos os contributos a favor da paz e da condenação da injustificável invasão do território ucraniano são importantes". "A nossa solidariedade para com o povo ucraniano, a nossa determinação no trabalho parlamentar contribuindo no sentido do restabelecimento da integridade territorial e da soberania da Ucrânia. Pela defesa da liberdade, da democracia e do estado de direito. É intolerável esta invasão e esta guerra", conclui.

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por RTP

Marcelo condena "anexação ilegal da Crimeia" pela Rússia

Marcelo Rebelo de Sousa participou esta tarde na Cimeira sobre a Crimeia, que decorreu em Kiev.

O presidente da República voltou a condenar a Rússia pela ocupação da Crimeia e da cidade de Sebastopol.
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por Lusa

Putin apoia reeleição do líder da região anexada de Lugansk

O Presidente russo, Vladimir Putin, apoiou hoje a reeleição do governador interino da região ucraniana anexada de Lugansk, Leonid Pásechnik, ainda antes das eleições de 10 de setembro, que se realizarão apesar da guerra.

"Em relação às próximas eleições, é uma tarefa difícil, organizar esse trabalho nas condições em que você se encontra. Mas com a ajuda da administração federal, vai conseguir, sem dúvida", disse Putin, numa reunião realizada no Kremlin e transmitida pela televisão estatal russa.

Segundo o Presidente, "o mais importante em qualquer campanha eleitoral é mostrar ao povo que todos estão preparados e capazes de resolver as tarefas que enfrentam, no interesse das pessoas que vivem no território".

Putin descreveu a situação na frente de batalha na Ucrânia - onde o Exército comandado por Kiev está há dois meses a realizar uma contraofensiva - como estável.

"Às vezes vejo o que o lado adversário está a fazer e tenho a impressão de que eles não têm consideração pelos seus soldados, empurrando-os para campos minados, sob o fogo da nossa artilharia", comentou Putin.

A agência de notícias oficial russa RIA Novosti informou que Putin reuniu de madrugada com o governador interino da região anexada de Zaporijia, Yuri Malashko, que informou o Presidente sobre os preparativos para as eleições.

"Estamos a preparar medidas adicionais destinadas a garantir a segurança durante as eleições", garantiu o líder interino do sul de Zaporijia, onde as tropas ucranianas recuperaram várias cidades desde o início da contraofensiva, em 04 de junho.

As eleições parlamentares, regionais e municipais estão programadas para 10 de setembro na Rússia, no âmbito das quais serão eleitos representantes locais nas regiões ocupadas de Donetsk, Luhansk, Zaporijia e Kherson.

Perante esta decisão, o Parlamento da Ucrânia aprovou uma moção que pede à comunidade internacional para não reconhecer estas eleições.

Os deputados ucranianos denunciaram que a Rússia transformou o seu sistema eleitoral numa "ferramenta para justificar a agressão armada contra o país vizinho e a legalização da anexação ilegal de territórios temporariamente ocupados e para minar a confiança nas instituições democráticas".

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por Lusa

PR adverte que qualquer solução que exclua Crimeia é ruído

O Presidente da República defendeu hoje que qualquer discussão sobre o futuro da Ucrânia que exclua a questão da península da Crimeia é "um ruído" disfarçado de apoio à população do país invadido.

"Não é possível separar a questão da Crimeia da invasão total do território da Ucrânia. Qualquer tentativa, subjetiva ou objetiva, de separar as duas questões representa não uma ajuda, não um apoio à população ucraniana, mas um ruído que é desnecessário", considerou Marcelo Rebelo de Sousa, na abertura da cimeira da "Plataforma Crimeia", em Kiev.

O chefe de Estado português recordou que o objetivo desta plataforma "foi, desde o início, o mesmo: nunca deixar que as pessoas esquecessem a Crimeia".

Todos os intervenientes nesta questão têm de recordar que o objetivo é "a recuperação da integridade territorial" da Ucrânia.

Marcelo Rebelo de Sousa reforçou a posição portuguesa: "A nossa fronteira é a fronteira da Ucrânia."

Ladeado pelo Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, Marcelo Rebelo de Sousa insistiu que o conflito de hoje é indissociável da invasão da Crimeia em 2014, considerado o primeiro momento da violação da integridade territorial daquele país pela Federação Russa.

O Presidente da República apontou três pontos para uma "paz longa e duradoura" na Europa.

"Não se pode separar assuntos que não podem ser separados; nunca podemos esquecer que as pessoas são a razão da nossa luta comum pela integridade territorial, soberania, democracia e liberdade; não se pode esquecer que não há liberdade e democracia sem coesão social, sem crescimento. E desenvolvimento quer dizer justiça social, até para a Crimeia", disse.

Marcelo Rebelo de Sousa também exortou Moscovo a parar com a invasão em larga escala que começou há mais de um ano e meio e sem fim à vista, nem com uma contraofensiva ucraniana em curso há meses, mas com minguo progresso: "Queremos que a Rússia retire imediatamente as suas tropas!"

Pouco antes da intervenção do chefe de Estado português, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, considerou que a visita de dois dias de Marcelo Rebelo de Sousa "é histórica".

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por RTP

Marcelo participa na cimeira da Crimeia: "As fronteiras de Portugal estão aqui na Ucrânia"

Marcelo Rebelo de Sousa é um dos presidentes que participam na cimeira da “Plataforma da Crimeia”.

O presidente da República reafirmou, no seu discurso, o apoio “inequívoco” à Ucrânia, afirmando que “Portugal não reconhece a anexação ilegal da Crimeia”.

“Apesar de estarmos longe, as fronteiras de Portugal estão aqui na Ucrânia”, disse Marcelo, segundo resume a enviada da RTP à Ucrânia, Cândida Pinto.

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por RTP

Zelensky promete acabar com a ocupação russa na Crimeia

Durante um discurso inicial na cimeira da “Plataforma da Crimeia”, o presidente ucraniano prometeu acabar com a ocupação russa da península.

A anexação da Crimeia pela Rússia, em 2014, não é reconhecida pela maioria dos países.

Marcelo Rebelo de Sousa também participa nesta cimeira.
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por Lusa

Kiev anuncia destruição de sistema de mísseis russo na Crimeia

O serviço de informações militares da Ucrânia (GUR) anunciou hoje a destruição de um sistema russo de mísseis de médio e longo alcance S-400 na Península da Crimeia, na sequência de "uma explosão".

A explosão ocorreu "perto da aldeia de Olenivka, no Cabo Tarkhankut, na Crimeia temporariamente ocupada", disse o GUR num comunicado citado pela agência espanhola EFE.

"Como resultado da explosão, a própria instalação, os mísseis nela instalados e o pessoal foram completamente destruídos", afirmou.

Os serviços de inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia não especificaram a origem da explosão.

O anúncio foi acompanhado de um vídeo que divulgaram nas redes sociais, em que se vê uma explosão.

"Dado o número limitado de tais complexos no arsenal do inimigo, este é um golpe doloroso para o sistema de defesa aérea dos ocupantes, que terá um sério impacto em eventos futuros na Crimeia ocupada", acrescentou o GUR.

Esta última declaração aponta para uma intensificação dos ataques com `drones` (aparelhos sem tripulação) contra infraestruturas militares na Crimeia, segundo a EFE.

Nas últimas semanas, a Ucrânia intensificou os ataques a portos, aeródromos e outras instalações militares estratégicas dentro da Federação Russa ou em territórios ocupados como a Crimeia.

O exército ucraniano e os serviços secretos desenvolveram `drones` de ataque aéreo e marítimo de longo alcance com os quais atingiram alvos que as forças de Kiev não conseguiram alcançar nas fases anteriores da guerra.

As informações divulgadas pela Ucrânia e pela Rússia sobre o curso da guerra não podem ser verificadas de imediato de forma independente.

A Rússia invadiu e anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014.

Após a invasão de 24 de fevereiro de 2022, Moscovo também declarou como anexadas as regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia.

A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania da Federação Russa nas cinco regiões anexadas.

Kiev exige a retirada das forças russas de todo o território da Ucrânia, incluindo a Crimeia, e a reposição das fronteiras definidas em 1991, quando se tornou independente após o colapso da União Soviética, de que fez parte.

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por RTP

Novo ataque com drones sobre Moscovo

Foto: Yuri Kochetkov - EPA

Dos três aparelhos que visaram a capital russa durante a noite de terça para quarta-feira, dois foram abatidos e outro atingiu um edifício no centro da cidade, sem notícia de feridos.

O espaço aéreo de Moscovo está fechado por razões de segurança. Isto quando se assinala o dia da bandeira nacional da Ucrânia.
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por RTP

RTP em Kiev. Marcelo em conferência internacional na Ucrânia

O presidente da República participa esta quarta-feira na reunião da denominada Plataforma para a Crimeia. A enviada especial e Kiev, Cândida Pinto, sintetizou a agenda deste encontro.

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O resumo da manhã de Marcelo na Ucrânia
por RTP

Presidente promete apoio de Portugal a investigações sobre Bucha

Portugal vai apoiar as investigações forenses para levar à justiça os responsáveis pelo massacre de Bucha. A promessa de Marcelo rebelo de Sousa marca, para já, o primeiro de dois dias de visita do presidente da República à Ucrânia.
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por RTP

Visita à Ucrânia. Marcelo em trincheira

António Pedro Santos - LUSA

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esteve numa trincheira em Moschun, na Ucrânia. Marcelo Rebelo de Sousa e o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, vão permanecer em território ucraniano durante dois dias. O chefe de Estado sublinhou a necessidade de "dar continuidade à presença portuguesa" e "mostrar solidariedade em todos os domínios" para com um país invadido.

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por Lusa

PSD considera que visita de PR à Ucrânia expressa sentimento dos portugueses

O líder do PSD, Luís Montenegro, considerou hoje que a visita do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, à Ucrânia expressa a "solidariedade e sentimento do povo português".

"Não há dúvida nenhuma que o senhor Presidente da República, ao expressar a solidariedade do povo português, está a interpretar aquele que é o sentimento do povo, aquele que é o nosso respeito e, enfim, a nossa emoção, o nosso coração que acompanha todos aqueles que sofrem todos os dias ataques intoleráveis à sua vida e ao seu património", disse o social-democrata durante uma visita a Santo Antão da Barca, em Alfandega da Fé, no distrito de Bragança.

Marcelo Rebelo de Sousa iniciou hoje uma visita de dois dias a Kiev, na Ucrânia, a partir da Polónia, onde se encontrava em visita oficial.

Luís Montenegro assumiu não ter "um milímetro de dúvida" de que lado está, defendendo que todos os esforços para alcançar a paz que possam ser feitos pelas autoridades de cada um dos países envolvidos e pelas organizações internacionais devem ser "aprofundados ao máximo".

"Eu creio que o senhor Presidente da República, como mais alto magistrado da nação, interpreta muito bem o sentimento de todo o povo português ao ir à Ucrânia expressar toda a solidariedade, toda a ajuda que o povo português, as instituições portuguesas, os órgãos de soberania de Portugal têm dado a um povo que está oprimido, que está sob uma ameaça constante há mais de um ano e meio", reforçou.

A invasão da Rússia à Ucrânia "não cumpre nenhuma regra, nem do ponto de vista do direito internacional, nem do ponto de vista daquilo que é mais importante, que é o respeito pelos direitos humanos", salientou.

Para o presidente do PSD, a violação de direitos fundamentais da população civil que tem marcado este conflito na Ucrânia não pode deixar dúvidas a ninguém.

O Presidente da República disse hoje que está em Kiev para dar continuidade à presença e solidariedade portuguesas para com a Ucrânia, e para participar nas comemorações do Dia da Independência, na quinta-feira.

"O objetivo é múltiplo. Em primeiro lugar, é dar continuidade à presença portuguesa. Esteve aqui o primeiro-ministro, o presidente da Assembleia da República, várias vezes o ministro dos Negócios Estrangeiros, agora veio o Presidente da República. É Portugal presente a mostrar a sua solidariedade em todos os domínios", sustentou Marcelo Rebelo de Sousa logo após desembarcar na estação ferroviária de Kyiv-Pasazhyrskyi.

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por RTP

Putin diz que Rússia quer acabar com a guerra "desencadeada pelo Ocidente"

Durante a cimeira do grupo BRICS, esta quarta-feira, o presidente russo disse que Moscovo está empenhada em acabar com a guerra que, insistiu, foi “desencadeada pelo Ocidente e pelos seus satélites” na Ucrânia.

Dirigindo-se aos líderes do grupo por videoconferência, Vladimir Putin reiterou a narrativa do Kremlin de que a ofensiva na Ucrânia foi uma resposta forçada às ações de Kiev e do Ocidente.

"As nossas acções na Ucrânia são ditadas apenas por uma coisa: acabar com a guerra que foi desencadeada pelo Ocidente e pelos seus satélites contra as pessoas que vivem no Donbass", disse Putin.

"Quero salientar que foi o desejo de manter a sua hegemonia no mundo, o desejo de alguns países de manter esta hegemonia que levou à grave crise na Ucrânia", insistiu.

Putin disse ainda que Moscovo usaria a sua presidência do BRICS no próximo ano para fortalecer o papel do grupo no mundo e realizaria uma cimeira na cidade de Kazan em outubro de 2024.

Na mensagem de vídeo apresentada nesta cimeira, Putin disse que o grupo de países com economias emergentes estava no caminho certo para satisfazer as aspirações da maior parte da população mundial.

Putin não compareceu presencialmente na cimeira devido a um mandado de prisão emitido contra ele em março pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), acusando-o de crimes de guerra na Ucrânia.
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por RTP

"Integridade da Ucrânia significa as fronteiras reconhecidas desde 1991"

Foto: António Pedro Santos - Lusa

A acompanhar o presidente da República na deslocação à Ucrânia, o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, afirmou esta quarta-feira esperar que a cimeira da Crimeia reafirme a integridade territorial do país e contribua para um reforço do apoio internacional.

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por RTP

Marcelo presta homenagem aos soldados ucranianos mortos em combate

O presidente da República prestou homenagem às vítimas da guerra na Ucrânia.

Marcelo Rebelo de Sousa visitou o mural no centro de Kiev onde estão fotografias de soldados mortos em combate desde a guerra do Donbass, que começou em 2014, até agora.
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por RTP

Marcelo em Irpin: "Os grandes heróis são os ucranianos"

Foto: António Pedro Santos - Lusa

De visita a Irpin, o presidente da República enalteceu o povo ucraniano, salientando que eles são "os grandes heróis".

"A reação do povo ucraniano impressiona-me muito", disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, afirmando que o povo ucraniano "reage de forma espontânea".

"Não podemos esquecer da coragem dos ucranianos", sublinhou.

"A sensação que deixa é que se o sentimento de orgulho nacional ucraniano já era forte, a invasão tornou-o muitíssimo mais forte", afirmou.

Marcelo Rebelo de Sousa vê sinais de recomeço da normalização em Kiev, "o que significa que há uma esperança e confiança no futuro".
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por RTP

Presidente da República em Irpin

Marcelo Rebelo de Sousa está agora em Irpin a visitar a ponte Romanivskyi, uma ponte destruída pelos próprios ucranianos em fevereiro do ano passado para evitar o avanço das tropas russas em Kiev.
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por RTP

Marcelo, o primeiro presidente a entrar na trincheira em Moschchun

O Presidente da República português protagonizou hoje um momento insólito ao entrar numa trincheira que foi improvisada em Moshchun, na Ucrânia, durante a ocupação russa, tornando-se no "primeiro" chefe de Estado a fazê-lo.

"Isto nunca tinha acontecido! É o primeiro que faz isto", comentou, admirada, Lesya Arkadievna, a vice-governadora para a região de Kiev, ao ver Marcelo Rebelo de Sousa entrar para uma trincheira.

Moshchun, uma localidade nos arredores da capital ucraniana, foi dizimada durante a ocupação russa e, ao contrário de, por exemplo, Bucha, a recuperação pouco avançou. Quase nada ficou de pé enquanto as tropas russas ali estiveram.

Marcelo Rebelo de Sousa não foi o primeiro líder a visitar o local, mas foi o primeiro a estar onde a população e militares estiveram a combater os ocupantes.

O Presidente não hesitou, ainda escorregou na areia, e acabou por entrar na trincheira, por onde teve de caminhar quase agachado.

"Já vim cá com vários presidentes e ministros e nenhum fez isto", referiu Lesya Arkadievna.

Populares e elementos da administração regional observaram com alguma surpresa o momento.

"Faz lembrar as trincheiras da primeira Grande Guerra", comentou o Presidente da República assim que saiu da trincheira, ainda com terra no blazer.

A trincheira manteve-se como recordação da luta contra a ocupação.

Uma curta conversa com populares deu uma certeza ao chefe de Estado português: (se voltasse a acontecer até as) "crianças já estão preparadas e sabem como se defender."

Contudo, lamentou que as crianças tenham de viver com esse conhecimento e a memória da devastação.

(agência Lusa)
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Momento-Chave
por RTP

Marcelo conversa com residentes em Horenka

O presidente da República está nesta altura em Horenka, em Bucha, onde visitou as obras do artista Banksy e conversou com uma residente que está a viver num prédio parcialmente destruído. 

Marcelo Rebelo de Sousa segue agora para Kiev.
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por RTP

Ataque com drones na região russa de Belgorod provocou três mortos

O exército ucraniano realizou novos ataques com drones na Rússia, tendo como alvo Moscovo e a sua região pelo sexto dia consecutivo, mas também a região fronteiriça de Belgorod, onde três pessoas foram mortas esta quarta-feira.

"Três civis foram mortos na aldeia de Lavy, no distrito de Valuysk", escreveu o governador regional, Vyacheslav Gladkov, no Telegram.

"As forças armadas ucranianas lançaram um engenho explosivo a partir de um ‘drone’ no momento em que as pessoas estavam na rua", acrescentou.

O presidente da autarquia de Moscovo já tinha afirmado esta madrugada que a defesa aérea russa abatera dois ‘drones’ em Moscovo e na região da capital, alvo pelo sexto dia consecutivo de ataques.

"Ontem à noite [terça-feira], a defesa aérea abateu um ‘drone’ no bairro de Mojaiski, na região de Moscovo. O segundo ‘drone’ atingiu um edifício em construção na cidade", declarou Sergei Sobyanin na plataforma de mensagens Telegram, acrescentando que, segundo as primeiras informações, não houve vítimas.

Os ataques desta quarta-feira ocorreram horas depois de três pessoas terem sido mortas e outras duas feridas em bombardeamentos russos contra duas aldeias perto de Lyman, no leste da Ucrânia, segundo o chefe da administração militar local.

O tráfego aéreo nos aeroportos internacionais de Moscovo Domodedovo, Sheremetyevo e Vnukovo chegou a ser interrompido, informou a agência de notícias estatal TASS.

O território russo tem sido alvo de ataques de ‘drones’ quase diariamente. Na madrugada de terça-feira, dois aparelhos foram abatidos sobre a região de Moscovo, nomeadamente em Krasnogorsk, a noroeste da capital, onde as janelas de um edifício foram destruídas.

Durante o verão, foram destruídas aeronaves sobre a zona comercial de Moscovo e, em maio, dois ‘drones’ foram abatidos perto do Kremlin.

c/agências
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Momento-Chave
por RTP

Marcelo em Bucha. Portugal "desde a primeira hora" a apoiar "apreciação internacional"

Foto: António Pedro Santos - Lusa

Nos últimos momentos de uma deslocação a Bucha, palco de um massacre de civis na primeira fase da invasão russa da Ucrânia, o presidente da República afirmou aos jornalistas que Portugal tem estado "desde a primeira hora" a apoiar a preparação de um processo internacional por crimes de guerra.

Questionado sobre o que o impressionou em Bucha, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou as imagens do "choque inicial". "Não perdeu força esse choque inicial", sustentou.
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Momento-Chave
por RTP

RTP na Ucrânia. Marcelo Rebelo de Sousa deslocou-se a Bucha

O presidente da República esteve na manhã desta quarta-feira em Bucha, cidade que foi palco de um massacre de civis na primeira fase da invasão russa.

O momento foi acompanhado pelos enviados especiais da RTP.
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Momento-Chave
As primeiras declarações de Marcelo em Kiev
por RTP

Papel da Marinha é decisão do Governo

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que a visita à Ucrânia é também um sinal dos laços que unem os dois países.
O presidente da República afirmou que a participação da marinha portuguesa em operações de desminagem no Mar Negro, como sugeriu o ministro ucraniano da Defesa em declarações à RTP, é uma decisão que cabe ao Governo.
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Momento-Chave
por Lusa

Presidente falou com líder comunista depois de objeção do PCP à viagem a Kiev

O presidente da República conversou com o secretário-geral comunista sobre a visita a Kiev que faz entre hoje e quinta-feira, depois da objeção do PCP em autorizar a deslocação de Marcelo Rebelo de Sousa à Ucrânia.

"O secretário-geral do PCP enviou-me uma mensagem, depois falei com ele, a explicar a posição do PCP, que não é um não completo é dizer o seguinte: se for útil para o caminho da construção da paz faz sentido", referiu o chefe de Estado logo após desembarcar na estação ferroviária de Kyiv-Pasazhyrskyi, na capital ucraniana, para uma visita de dois dias que inclui um encontro com o Volodymyr Zelensky e participação na cimeira sobre a recuperação da Crimeia - desde 2014 sob controlo da Rússia.

Ainda assim, o presidente da República considerou que "um consenso" de todos os partidos sobre a importância da deslocação de Marcelo Rebelo de Sousa ao país que está há mais de um ano e meio a tentar repelir uma invasão de Moscovo.

O presidente da República pediu na terça-feira autorização à Assembleia da República para visitar a Ucrânia durante esta semana.

O pedido foi feito a partir de Varsóvia, onde o chefe de Estado se encontrava em visita oficial e de onde partiu ao final da noite de terça-feira rumo a Kiev.

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Momento-Chave
Marcelo nas comemorações da independência ucraniana
por RTP

Presidente da República participa também em cimeira sobre a Crimeia

"O objetivo é múltiplo. Em primeiro lugar, é dar continuidade à presença portuguesa. Esteve aqui o primeiro-ministro, o presidente da Assembleia da República, várias vezes o ministro dos Negócios Estrangeiros, agora veio o presidente da República. É Portugal presente a mostrar a sua solidariedade em todos os domínios", afirmou o presidente da República à chegada à estação ferroviária de Kyiv-Pasazhyrskyi.

Ao lado do ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, Marcelo quis ainda frisar que "tudo o que seja fundamental - e tudo é fundamental neste momento - na vida da Ucrânia é fundamental na vida de Portugal".A agenda de Marcelo Rebelo de Sousa na Ucrânia inclui uma deslocação a Bucha, cidade onde foram executados civis na primeira fase da invasão russa. O presidente da República tem também prevista uma reunião oficial com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

O chefe de Estado vai marcar presença, na quinta-feira, nas comemorações do 32.º aniversário da independência da Ucrânia. Sobre esta data, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que "este ano é ainda mais especial", tendo em conta a participação de representantes de outros países e a contraofensiva ucraniana em curso, que descreveu como uma "afirmação da soberania" do país invadido pela Rússia.

Os enviados especiais à Ucrânia vão acompanhar a visita de dois dias do presidente da República ao país. Marcelo Rebelo de Sousa vai entregar a Volodymyr Zelensky o grande colar da Ordem da Liberdade.
Esta quarta-feira realiza-se uma cimeira dedicada à Crimeia, que junta vários chefes de Estado. O presidente português vai estar presente nos trabalhos.

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