Visita à Ucrânia. Marcelo cumpre segundo e último dia em Kiev

por Joana Raposo Santos, Mariana Ribeiro Soares, Carlos Santos Neves - RTP

Marcelo Rebelo de Sousa cumpre esta quinta-feira o segundo e último dia da visita à Ucrânia, que está a celebrar a independência. O presidente da República fez um breve discurso em ucraniano, declarando que "sem a legítima defesa" do país invadido pela Rússia "não haverá paz e segurança na Europa".

António Pedro Santos - Lusa

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por RTP

Marcelo sobre morte de Prigozhin: "Quem já não existia politicamente não existia politicamente"

O presidente da República comentou, à saída da Ucrânia, a notícia da morte de Yevgeny Prigozhin, considerando-a "completamente irrelevante" para o desenrolar da guerra.

“Isso não alterava nada uma situação ou outra. O importante é saber de facto como é que a Ucrânia vai levar por diante esta sua determinação, como é que está a continuar a subir a solidariedade internacional e como é que começa a reconstrução” do país, defendeu.

“Depois, o resto estava decidido muito antes disto. Qualquer que fosse o epílogo dessa história, quem já não existia politicamente não existia politicamente”, declarou o presidente aos jornalistas.

O presidente português falou à saída da Ucrânia e avançou que, na viagem de regresso, vai começar a preparar o discurso para a cimeira da CPLP, que irá incluir questões ucranianas.

Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda que só leva boas memórias da Ucrânia, a começar pela “gentileza do povo, a categoria dos governantes, tudo, até o tempo físico extraordinário”.

“Foi uma surpresa. Eu não esperava encontrar esta sociedade aberta, desconfinada, no grau em que encontrei. Verdadeiramente foi uma surpresa. Em Lisboa ainda se discutia sobre o colete (…), as medidas de segurança”, declarou.

O chefe de Estado garantiu ainda que “nunca” se sentiu em perigo durante esta visita de dois dias.
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por RTP

Marcelo Rebelo de Sousa condecorou Zelensky em cerimónia privada

O Presidente da República Portuguesa condecorou esta tarde o homólogo da Ucrânia com o Grande-Colar da Ordem da Liberdade em cerimónia privada.

"Recebeu [a condecoração], obviamente, mas foi numa cerimónia não pública", disse Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas na Rua Khreshchatyk, a mais conhecida de Kiev.

O chefe de Estado indicou que a cerimónia realizou-se "de maneira discreta" que caracteriza Volodymyr Zelensky.

Marcelo Rebelo de Sousa anunciou em fevereiro deste ano que iria condecorar Zelensky com o Grande-Colar da Ordem da Liberdade e que tinha intenção de o fazer em Kiev.
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por Joana Raposo Santos - RTP

"Atingiu todos os objetivos pretendidos". Marcelo termina visita a Kiev

Sergey Dolzhenko - Reuters

O presidente português termina esta quinta-feira a visita de dois dias à capital ucraniana com a sensação de que a viagem virada para o passado, presente e futuro "atingiu todos os objetivos pretendidos". Marcelo Rebelo de Sousa fala numa "normalização" da vida na Ucrânia e esclareceu a posição portuguesa sobre a adesão do país à União Europeia e à NATO.

“Foi uma viagem que olhava para o passado, via o presente e, sobretudo, estava virada para o futuro”, disse o chefe de Estado, dando destaque à cimeira da Crimeia, onde “se encontraram representantes de muitos países, que formam uma amplíssima coligação que tem vindo a aumentar no tempo”.

“O presente foi, em primeiro lugar, o estarmos dois dias. Não é vulgar. A maior parte de chefes de Estado ou chefes de Governo vieram à cimeira um dia (…). Foi intencional da parte da delegação portuguesa o ficar para compreender o pulsar da normalização da vida” no país, explicou Marcelo Rebelo de Sousa.

Já na parte final da visita, o presidente disse ter verificado “aquilo que não era possível ainda há uns meses, que é andarmos sem coletes”. “Andam os ucranianos e andámos nós sem coletes, embora todos respeitando os alarmes. Ainda há bocadinho tivemos os alarmes”, afirmou aos jornalistas.

O futuro é, para o presidente, a celebração do Dia da Independência, “já virado para a reconstrução”, assim como o dia de hoje, em que se falou, em várias reuniões, na recuperação económica, política, diplomática e militar “tudo isso já com um clima de esperança no futuro”.
Adesão à UE e NATO: “Sim, a Ucrânia tem direito”
Questionado sobre dúvidas quanto ao apoio de Portugal à adesão da Ucrânia à NATO, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que o primeiro-ministro e o presidente da Assembleia da República têm sido “muito claros”.

“A posição portuguesa é uma posição de princípio: sim, a Ucrânia tem direito a integrar-se nessa família política europeia que se chama União Europeia e a querer uma aproximação primeiro e depois uma inserção na NATO”, declarou.

“Só que nós sempre dissemos isto: isso implica trabalho de preparação, ao passo que outros terão dito ou dado a entender ‘está feito’ (…) e isso sim podia depois ser uma grande desilusão”.
Zelensky “muito esperançado”
O presidente português não avançou datas para uma eventual visita de Volodymyr Zelensky a Portugal, mas disse ter esperança “de o ver mais rapidamente do que pensava”.

“Agora, os termos em que isso ocorrerá, esperarão um tempinho para ver”, acrescentou.

Questionado sobre o estado da guerra na Ucrânia, Marcelo disse ter ficado com a sensação de que o homólogo ucraniano “está muito empenhado, muito esperançado no sentido de que está a ver avanços – muitos dos quais não são percetíveis, porque é um território tão grande e os avanços são difusos – e que haverá mais avanços ao longo do outono e na transição para o inverno”.“Mas qualquer pessoa de bom senso não tem calendários relativamente a guerras. Isso não existe”, defendeu.

Zelensky deixou ainda uma mensagem ao chefe de Estado quanto à cimeira da CPLP, dizendo estar “muito desejoso de utilizar todos os encontros para poder ter mais contactos ainda” e considerando que “o mundo fala português”.

Admitindo dificuldade em escolher um momento da visita à Ucrânia que destacasse, Marcelo Rebelo de Sousa referiu o momento em que, “perante o painel do [artista] Banksy, se encontrou por mero acaso uma moradora ali ao lado, muito velhinha”.

“E foi, de repente, ver o passado, o presente e o futuro juntos – o passado, a história dela ali (…), o presente, o que ela vive na esperança de ter futuro”, afirmou.
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por RTP

Zelensky agradece a Portugal

O presidente ucraniano agradeceu, no X (ex-Twitter), o apoio de Portugal. Num vídeo com imagens de Volodymyr Zelensky e Marcelo Rebelo de Sousa, o líder ucraniano deu destaque ao treino a pilotos com caças F-16.

“Recebi o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, em Kiev. Estou grato a Portugal pelo seu apoio, incluindo o treino dos nossos pilotos e engenheiros com os F-16. Também discutimos a Fórmula para a Paz e iniciativas para realizar as cimeiras Ucrânia-África e Ucrânia-América Latina”, lê-se na publicação.


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16h00
por RTP

Segundo e último dia de Marcelo em Kiev

Encerramos aqui o acompanhamento ao minuto da visita de Marcelo Rebelo de Sousa a Kiev.

O presidente da República esteve dois dias na Ucrânia, tendo visitado uma trincheira e várias localidades afetadas pela guerra, nomeadamente Bucha. Marcelo Rebelo de Sousa prestou ainda homenagem às vítimas.

Depois de ter participado na cimeira da Crimeia, na quarta-feira, o chefe de Estado português acompanhou hoje o presidente ucraniano nas celebrações do Dia da Independência da Ucrânia. 

O presidente da República fez um breve discurso em ucraniano, declarando que "sem a legítima defesa" do país invadido pela Rússia "não haverá paz e segurança na Europa" e que o lugar de Kiev é na União Europeia e na NATO.

Zelensky, por sua vez, agradeceu o apoio de Portugal desde o início da invasão. 

Marcelo deverá regressar ainda hoje a Portugal.
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por Lusa

Russos levam flores à sede do grupo Wagner após notícia da morte de Prigozhin

Dezenas de russos deslocaram-se à sede do grupo Wagner em São Petersburgo e a instalações dos mercenários em Novosibirsk para depositar flores em memória de Yevgueni Prigozhin, que presumivelmente morreu na queda de um jato na quarta-feira.

Simpatizantes do grupo também acenderam velas e colocaram-nas numa espécie de memorial improvisado a Prigozhin, líder dos mercenários Wagner.

Imagens publicadas nas redes sociais mostram um homem com fardamento da Wagner em lágrimas após depositar flores em Novosibirsk, na Sibéria, onde o grupo abriu um escritório em março passado.

O jato privado no qual viajaria o chefe do grupo Wagner, despenhou-se na quarta-feira na região de Tver, ao norte de Moscovo, quando se dirigia da capital russa para São Petersburgo.

Na queda, cujas causas ainda são desconhecidas, morreram os dez ocupantes da aeronave.

Na quarta-feira, a Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia (Rosaviatsiya) indicou que Prigozhin era um dos passageiros do jato privado que se despenhou ao norte de Moscovo, matando todos os ocupantes.

Segundo a mesma fonte, estava também entre os passageiros Dmitry Utkin, um dos fundadores do grupo Wagner e ex-oficial das forças especiais russas.

Vários países europeus e os Estados Unidos têm suspeitas sobre a responsabilidade do Kremlin na presumível morte de Yevgeny Prigozhin.

Na quarta-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já tinha dito que "poucas coisas acontecem na Rússia sem que Putin tenha algo a ver com isso".

Na Ucrânia, os serviços de informações do Ministério da Defesa mostraram-se convictos de que o Kremlin está por detrás da queda do avião que transportava Prigozhin.

O diretor de serviços de informações do Ministério da Defesa ucranianos, Andri Yusov, declarou que, embora a informação de que Prigozhin viajava naquele avião ainda precise de ser confirmada, o cenário mais provável é que ele fosse um dos passageiros.

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por RTP

Prigozhin, fundador do grupo Wagner e antigo membro do círculo de Putin

Foto: Yulia Morozova - Reuters

Desde cedo, exerceu grande influência na invasão da Ucrânia, mas em junho surpreendeu tudo e todos ao ter declarado guerra ao Kremlin. Após a rebelião, os serviços de Moscovo consideraram-no traidor.

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por Lusa

Países europeus acreditam em culpa do Kremlin na morte de Prigozhin

A chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, juntou-se às suspeitas de países europeus sobre responsabilidade do Kremlin na presumível morte do chefe do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, na queda de um jato na Rússia.

"Não é coincidência que o mundo inteiro esteja agora a olhar para o Kremlin quando um ex-assessor de Putin caiu literalmente em desgraça, repentinamente do céu, dois meses depois de tentar uma rebelião", disse Baerbock.

Na quarta-feira, o Presidente dos EUA, Joe Biden, já tinha dito que "poucas coisas acontecem na Rússia sem que Putin tenha algo a ver com isso".

"Conhecemos este padrão na Rússia de Putin. As mortes e suicídios duvidosos, as defenestrações. Tudo casos por resolver e que apontam para um sistema de poder ditatorial", acrescentou a ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha.

Entre os países europeus domina a cautela nas reações à queda do avião, na quarta-feira, que terá provocado a morte de Prigozhin.

O porta-voz do Governo francês, Olivier Verán, admitiu que existem "dúvidas razoáveis" sobre o sucedido, dados os laços mantidos durante anos entre Prigozhin e o Presidente russo, Vladimir Putin.

No Reino Unido, fontes da Defesa consultadas pela rádio pública BBC identificam a agência russa de segurança, FSB, como principal suspeita da morte de Prigozhin, que viajava com outras nove pessoas, incluindo o `estado maior` do grupo de mercenários, no desastre de que não houve sobreviventes, segundo as autoridades russas.

Na Ucrânia, os serviços de informações do Ministério da Defesa mostraram-se convictos de que o Kremlin está por detrás da queda do avião que transportava Prigozhin.

"Apenas a propaganda russa pode assumir a probabilidade de que neste caso possa ter acontecido algum acidente fortuito. É claro que se trata de um ato terrorista deliberado", defendeu o diretor de serviços Andri Yusov, numa entrevista televisiva.

Yusov acrescentou que, embora a informação de que Prigozhin viajava naquele avião ainda precise de ser confirmada, o cenário mais provável é que ele fosse um dos passageiros.

Na quarta-feira, a Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia (Rosaviatsiya) indicou que Prigozhin era um dos passageiros do jato privado que se despenhou a norte de Moscovo, matando todos os ocupantes.

Segundo a mesma fonte, estava também entre os passageiros Dmitry Utkin, um dos fundadores do grupo Wagner e ex-oficial das forças especiais russas.

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Momento-Chave
por Lusa

Zelensky confirma operação na Crimeia mas pede prudência sobre reconquista do território

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou hoje que militares ucranianos iniciaram uma operação na Crimeia, sem baixas até ao momento, mas que ainda é cedo para falar na recuperação daquele território.

"Sim, são os nossos rapazes que lá estão. Está a correr bem, não há baixas, pelo menos não há baixas do nosso lado, o que é bom", sustentou o Presidente ucraniano, em conferência de imprensa conjunta com o homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio Presidencial, em Kiev.

Contudo, Volodymyr Zelensky disse que "ainda é cedo para falar da recuperação da Crimeia", apesar de estar em curso uma "operação especial".

Ucrânia reivindicou ter hasteado a bandeira nacional na Crimeia no Dia da Independência, assinalado hoje, numa operação-relâmpago de comandos que desembarcaram durante a noite na península ucraniana anexada pela Rússia em 2014.

"O inimigo sofreu baixas entre os seus homens e equipamento [militar] foi destruído. E a bandeira nacional voltou a ser hasteada na Crimeia ucraniana", afirmaram os serviços secretos militares nas redes sociais, citados pela agência francesa AFP.

Os serviços secretos não especificaram a missão das forças especiais, mas disseram que desembarcaram perto das aldeias de Olenivka e Maiak, no oeste da península, antes de partirem novamente.

"Todos os objetivos e tarefas foram cumpridos. No final da operação especial, os defensores ucranianos deixaram a área sem baixas", disse a mesma fonte.

Os serviços militares ucranianos reivindicaram na quarta-feira a responsabilidade pela destruição de um sistema de mísseis terra-ar na mesma zona da Crimeia.

Kiev prometeu libertar todo o território da Ucrânia ocupado pela Rússia desde a invasão de 24 de fevereiro de 2022, bem como a Crimeia anexada em 2014.

A operação e a menção de uma bandeira ucraniana hasteada na península é tanto mais simbólica quanto ocorre no Dia da Independência e no dia seguinte ao Dia da Bandeira Ucraniana.

As informações divulgadas pela Ucrânia e pela Rússia sobre o curso da guerra não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.

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por RTP

Zelensky nega envolvimento da Ucrânia na morte de Prigozhin

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse esta quinta-feira que Kiev “não teve nada a ver” com a morte do patrão do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, no acidente de viação.

"Não temos nada a ver com esta situação. Isso é certo. Mas acho que todos sabem quem tem", disse Zelensky na conferência de imprensa conjunta com Marcelo Rebelo de Sousa.
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por RTP

Autoridade de aviação russa confirma a morte de Evgeny Prigozhin

Foto: Marina Lystseva - Reuters

O avião em que seguia o líder do grupo Wagner e outros comandantes dos mercenários caiu quando fazia a viagem entre Moscovo e São Petersburgo. Há, no entanto, muitas dúvidas sobre o que realmente aconteceu.

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Compromisso português com adesão da Ucrânia à UE
por RTP

Marcelo vincou o objetivo durante a conferência de imprensa conjunta com Zelensky

O presidente da República argumentou que "não há um duplo jogo" na posição de Portugal quanto à integração europeia da Ucrânia: "O poder político em Portugal democraticamente legitimado quer que, no futuro, a Ucrânia faça parte da família europeia".

"Portugal também tem sido claro ao dizer que isso envolve duas partes: o caminho que a Ucrânia está a fazer com muito mérito de preparação para esse momento, mas também o caminho que a UE tem de fazer de preparação para esse momento", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.


O presidente quis ainda sublinhar que Portugal apoia desde o primeiro momento a adesão da Ucrânia à UE. "E espero que fique claro que quando o presidente de Portugal diz que esse é o objetivo, está dito, não há ninguém acima do presidente que possa dizer coisa diferente nessa matéria", rematou.
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por RTP

Zelensky agradece apoio de Portugal à Ucrânia

Numa conferência de imprensa conjunta com Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente ucraniano agradeceu o apoio de Portugal à Ucrânia.

Volodymyr Zelensky agradeceu também a visita do chefe de Estado português aos locais destruídos pela guerra.

Os presidentes de Portugal e da Ucrânia deram uma conferência de imprensa conjunta. Terminou há uma hora mas por razões de segurança só agora pôde ser transmitida.
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por RTP

Marcelo em ucraniano afirma que defender Ucrânia é proteger Europa

Foto: António Pedro Santos - Lusa

Marcelo Rebelo de Sousa discursou esta quinta-feira em ucraniano, em Kiev. Nas cerimónias dos 32 anos da independência do país, o presidente da República vinculou a proteção da Ucrânia à proteção da Europa e defendeu a adesão à NATO e à União Europeia.

Cerimónias que acontecem passados 18 meses da ofensiva militar da Rússia e marcadas pelo anúncio da morte do líder do grupo Wagner, Yevgeni Prigozhin.

Há fortes restrições e medidas de segurança implementadas na capital ucraniana e noutros pontos do país devido à possibilidade de ataques.
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por Lusa

Presumível morte de Prigozhin é uma "coisa boa", diz Zelensky

O Presidente da Ucrânia considerou hoje que a presumível morte do líder do Grupo Wagner é "uma coisa boa" para a Ucrânia e até fez uma piada sobre o assunto.

"Claro que é uma coisa boa para a Ucrânia. Não temos nada a ver com isso, sabemos quem foi", disse Volodymyr Zelensky, na primeira reação à presumível morte de Yevgeny Prigozhin, em conferência de imprensa conjunta com homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio Presidencial, em Kiev.

E no humor a que por vezes recorre, reminiscência do passado como comediante, brincou com o assunto: "Quando eu pedi apoio aéreo aos parceiros não era isto que tinha pensado."

Na quarta-feira, a Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia (Rosaviatsiya) indicou que Yevgeny Prigozhin, líder do grupo mercenário russo Wagner, era um dos passageiros do jato privado que se despenhou a norte de Moscovo, matando todos os ocupantes.

Segundo a mesma fonte, estava também entre os passageiros Dmitry Utkin, um dos fundadores do grupo Wagner e ex-oficial das forças especiais russas.

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por RTP

RTP na Rússia. Flores na sede do grupo Wagner em São Petersburgo

O correspondente da RTP em Moscovo, Evgueni Mouravitch, descreveu o ambiente no país de Vladimir Putin perante a notícia da morte do patrão do grupo de mercenários Wagner.

"Grandes canais russos de televisão, de propaganda, deram 30 segundos, algures no final da emissão", à notícia da morte de Yevgeny Prigozhin na queda de um avião a norte de Moscovo, observou o correspondente da RTP.

Quanto às celebrações, em Kiev, do Dia da Independência da Ucrânia, "não há referências favoráveis".
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por RTP

Entrevista a Pavlo Sadokha. "Ucranianos honrados pelo presidente Marcelo"

O presidente da Associação de Ucranianos em Portugal saúda o facto de o chefe de Estado português ter discursado em ucraniano, esta quinta-feira, em Kiev, afirmando que "todos os ucranianos que vivem em Portugal foram honrados pelo presidente Marcelo". Pavlo Sadokha considera ainda que, com a visita à Ucrânia, Marcelo Rebelo de Sousa mostrou que os países da NATO e da União Europeia "não têm medo do terrorista Putin".

"Este tipo de guerra, entre países democráticos e países totalitários, tem sempre mais dificuldades para os países democráticos, porque têm que ser sempre apoiados pela maioria do povo, que escolhe os políticos e os governos. O facto de Marcelo, como presidente, como maior representante do povo português ter ido à Ucrânia, mostra que a maioria do povo português está ao lado da Ucrânia", sustentou o responsável.

Questionado sobre o nível de apoio de Portugal à Ucrânia, após a invasão russa, Pavlo Sadokha disse que o país, não figurando entre as maiores economias mundiais, "deu o seu melhor".

Quanto à morte do patrão do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, Sadokha afirmou que "um terrorista matou outro terrorista", referindo-se ao presidente russo, Vladimir Putin. Mas lamentou que o oligarca não tenha sido julgado por crimes de guerra.
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O resumo dos acontecimentos da manhã em Kiev
por RTP

Marcelo Rebelo de Sousa em cerimónia de imposição de medalhas a soldados

Os enviados especiais da RTP à Ucrânia estão a acompanhar os passos do presidente da República no segundo e último dia da visita de Estado ao país.
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por RTP

Zelensky agradece acolhimento de ucranianos em Portugal

Foto: António Pedro Santos - Lusa

Ao discursar numa cerimónia de imposição de medalhas a soldados ucranianos, Volodymyr Zelensky agradeceu a Portugal o acolhimento de refugiados ucranianos.

O presidente ucraniano defendeu que "não haverá mais pausas na história da Ucrânia" e que a ideia da "casa comum" europeia sem o país é um "projeto inacabado".Zelensky recordou que, no passado, faltou unidade entre os ucranianos e que a consequência disso foi a ocupação.

"Nunca mais a vamos deixar [a independência] escorregar das nossas mãos. A Ucrânia conseguiu uma independência permanente e ininterrupta", insistiu. Volodymyr Zelensky apontou ainda que "a maioria do mundo está com a Ucrânia".

Na manhã desta quinta-feira, o presidente português participou na cerimónia diante de militares ucranianos. Foi cumprido um minuto de silêncio em memória dos soldados mortos em combate.

Marcelo Rebelo de Sousa vai reunir-se ainda esta quinta-feira com Volodymyr Zelensky, que condecorou com o Grande Colar da Ordem da Liberdade.
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Momento-Chave
por RTP

Marcelo discursa em ucraniano. "Portugal apoiará sempre a vossa independência"

O presidente da República afirma que defender a Ucrânia é defender a Europa. Marcelo Rebelo de Sousa surpreendeu, esta quinta-feira, em Kiev, ao discursar em ucraniano.

No Dia da Independência da Ucrânia, o chefe de Estado começou por garantir que Portugal está, como "estará sempre", ao lado da Ucrânia.

"Parabéns, Ucrânia. Portugal está e estará sempre com a vossa independência", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, diante de militares ucranianos.

"Sem a vossa legítima defesa não haverá paz e segurança na Europa", prosseguiu o presidente, para reiterar que o futuro do país invadido pela Rússia será "na União Europeia e na NATO".

Deixando "um abraço para todo o corajoso e indomável povo ucraniano", Marcelo desejou "longa vida à independência da Ucrânia" e "longa vida à fraternidade entre Portugal e a Ucrânia".
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por Mariana Ribeiro Soares - RTP

Yevgeny Prigozhin. O que se sabe sobre a morte do patrão do grupo Wagner?

Reuters

Yevgeny Prigozhin está entre as vítimas confirmadas da queda de um avião em território russo na quarta-feira, exatamente dois meses após a rebelião do grupo Wagner contra o Kremlin. Moscovo mantém-se em silêncio sobre a morte de Prigozhin, enquanto as autoridades ucranianas dizem que o acidente foi "um aviso às elites russas".

A queda de um avião na quarta-feira na região de Tver, 150 quilómetros a norte de Moscovo, provocou a morte de todos os dez passageiros que seguiam a bordo.

Na lista de passageiros estava Yevgeny Prigozhin e Dmitry Utkin, um dos fundadores do grupo Wagner.

A morte do líder do grupo de mercenários russo foi confirmada poucas horas após a queda do avião por um canal na plataforma Telegram ligado ao grupo Wagner. A Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia (Rosaviatsiya) também indicou que Prigozhin era um dos passageiros do jato privado que se despenhou.
As causas do acidente ainda não são conhecidas e a Rosaviatsiya já anunciou a abertura de uma investigação à queda.

O acidente ocorreu exatamente dois meses depois do motim de Prigozhin e do grupo Wagner contra a liderança militar da Rússia, o que está a originar teorias sobre se a queda do avião não terá sido um ato de vingança por parte de Vladimir Putin.

Prigozhin e as tropas do Wagner marcharam, a 23 de junho, em direção a Moscovo. Mas o motim acabou por ser suspenso menos de 24 horas depois, uma vez que foi alcançado um acordo com a vizinha Bielorrússia. A rebelião foi o maior desafio ao governo de Putin desde que este subiu ao poder, há 23 anos.
Acidente foi “uma aviso às elites russas”
As autoridades ucranianas interpretaram o acidente como um “aviso às elites russas”. “Foi um sinal de Putin às elites da Rússia antes das eleições de 2024. 'Cuidado! Deslealdade é igual a morte'”, disse o assessor presidencial ucraniano, Mykhaylo Podolyak.

O presidente dos Estados Unidos também sugeriu o envolvimento de Putin na morte de Prigozhin.

“Não sei ao certo o que aconteceu, mas não estou surpreso”, disse Joe Biden na quarta-feira. “Não acontece muita coisa na Rússia sem que Putin seja responsável por isso. Mas não sei o suficiente para saber a resposta”, asseverou, depois de ser questionado pelos jornalistas se acredita que Putin é responsável pelo acidente.

O diretor da CIA, Bill Burns, e o secretário de Estado, Antony Blinken, fizeram comentários semelhantes, mencionando o historial de vingança de Putin e a frequência com que críticos ou dissidentes russos morrem em circunstâncias misteriosas.

Bill Browder, um crítico de Putin, disse estar surpreso por Prigozhin ter sobrevivido tanto tempo depois da rebelião.

"Putin nunca perdoa e nunca esquece. Ele parecia um fracote humilhado, com Prigozhin a circular pelo mundo sem se importar. Isto consolidará a sua autoridade", escreveu Browder na rede social X, anteriormente conhecida como Twitter.

O antigo alto funcionário das Nações Unidas, Vítor Ângelo, também não se mostra surpreendido com a morte do líder do grupo mercenário. “A morte de Prigozhin era uma morte esperada. A partir do momento em que ele se revoltou contra Vladimir Putin, mais tarde ou mais cedo o presidente russo apresentar-lhe-ia a conta”, referiu Vítor Ângelo em entrevista à Antena 1.

O Kremlin ainda não quebrou o silêncio em relação à morte de Prigozhin. O próprio Putin não fez menção ao acidente durante um discurso em Moscovo, na quarta-feira, para assinalar o 80º aniversário da vitória na Batalha de Kursk durante a Segunda Guerra Mundial.
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Primeiras imagens de Marcelo Rebelo de Sousa nas cerimónias em Kiev
por RTP

Presidente da República já está a participar nas celebrações do Dia da Independência

As cerimónias decorrem sob apertadas medidas de segurança, dado o risco de bombardeamentos por parte das forças russas.


Marcelo Rebelo de Sousa marca presença na imposição de medalhas a soldados ucranianos.
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por RTP

Zelensky afirma que "povo livre" celebra 32 anos de independência da Ucrânia

Volodymyr Zelensky à chegada à cimeira da Plataforma para a Crimeia, na quarta-feira, em Kiev Oleg Petrasyuk - EPA

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinalou esta quinta-feira o Dia da Independência do seu país com uma mensagem ao "povo livre". A Ucrânia enfrenta há 19 meses a invasão russa.

"O grande povo da grande Ucrânia está hoje a celebrar um grande dia: o Dia da Independência! A celebração de um povo livre. A festa do povo forte. A festa do povo digno. A festa do povo igual", declarou Volodymyr Zelensky em comunicado de imprensa, para assinalar os 32 anos da independência do país.

Zelensky quis deixar uma note de agradecimento a soldados, famílias, professores, médicos, enfermeiras e a todos aqueles que trabalham para "defender a Ucrânia".A independência da Ucrânia foi proclamada no Parlamento de Kiev a 24 de agosto de 1991, escassos dias depois de uma tentativa de golpe de Estado na Rússia, a 19 de agosto de 1991.

A Polónia e o Canadá foram os primeiros países a reconhecerem a independência da Ucrânia, a 2 de dezembro de 1991. O então presidente russo, Boris Yeltsin, teria o mesmo gesto, mais tarde, nesse mesmo dia.  

As celebrações do 32.º aniversário da independência ucraniana decorrem, tal como em 2022, sem parada ou aglomerações nas ruas, tendo em conta o risco de bombardeamentos russos.

Vários chefes de Estado e representantes de países que apoiam a Ucrânia, entre os quais o presidente da República,Marcelo Rebelo de Sousa, marcam presença nas comemorações.

c/ agências
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por Antena 1

Marcelo ouviu Zelensky em conferência de imprensa

Foto: António Pedro Santos - Lusa

O presidente da República continua por terras ucranianas, em visita de Estado. Depois de um primeiro dia preenchido, esta quinta-feira Marcelo Rebelo de Sousa vai encontrar-se com o homólogo ucraniano. Na véspera quis ouvi-lo numa conferência de imprensa, durante a qual Volodymyr Zelensky falou do apoio português e referiu que, sem os aliados, "seria muito complicado".

Marcelo manifestou, mais tarde, a vontade de convidar o chefe de Estado ucraniano a visitar Portugal em momento oportuno.

Esta quinta-feira realizam-se as celebrações da independência da Ucrânia, como conta o enviado especial Joaquim Reis.
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Momento-Chave
por RTP

Encontro com Zelensky ao segundo dia em Kiev

O encontro entre Marcelo Rebelo de Sousa e Volodymyr Zelensky não tem ainda hora prevista. Na quarta-feira, ao desembarcar na estação ferroviária de Kyiv-Pasazhyrskyi, o presidente da República confirmou que iria avistar-se com o presidente ucraniano. Horas depois, admitiu mesmo a possibilidade de convidar o anfitrião a visitar Lisboa.

No primeiro dia da visita, Marcelo percorreu localidades dos arredores da capital ucraniana que enfrentaram a ocupação russa, nos primeirs capítulos da invasão, há um ano e meio. O chefe de Estado afirmou que a Ucrânia é agora um país diferente face a maio do ano passado, quando o primeiro-ministro, António Costa, o visitou. Contudo, Marcelo apontou as "cicatrizes" da guerra no terreno.Marcelo Rebelo de Sousa entrou ontem numa trincheira em Moshchun.

 
À tarde, o presidente português marcou presença na cimeira da denominada Plataforma da Crimeia, ocasião para descrever como "um ruído" qualquer cenário para a Ucrânia que exclua a península anexada em 2014 pela Rússia como parte do território do país.


Marcelo Rebelo de Sousa ouviu as sirenes em Kiev. Estava com Zelensky quando o alarme soou na cidade a alertar para o lançamento de mísseis russos.


Por razões de segurança, a Presidência da República não destapou pormenores sobre a agenda o segundo dia da visita à Ucrânia.
32 anos da independência ucraniana
A Ucrânia comemora esta quinta-feira o Dia da Independência, selada há 32 anos no contexto do colapso da União Soviética. A data assinala também 18 meses da invasão russa.Em Lisboa, está prevista uma concentração ao final da tarde, seguida de um desfile com uma bandeira de 30 metros no Parque Eduardo VII.


As celebrações decorrem, como em 2022, sem parada ou aglomerações nas ruas, dado o risco de bombardeamentos russos.

Vários chefes de Estado e representantes de países que apoiam a Ucrânia, entre os quais Marcelo Rebelo de Sousa, estão presentes nestas comemorações.
Morte de Prigozhin
O dia de quarta-feira ficou marcado pela notícia da morte do patrão do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin. O líder dos mercenários russos que em junho desafiou o regime de Vladimir Putin morreu na queda do avião em que viajava, a norte de Moscovo. O aparelho transportava outras nove pessoas.


O braço direito de Prigozhin também seguia a bordo.

Confrontado com a notícia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, admitiu não estar surpreendido.

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