Violência contra palestinianos aumenta após morte de adolescente israelita na Cisjordânia
As forças militares e policiais de Israel disseram este sábado ter encontrado o corpo de um adolescente israelita na Cisjordânia, indicando que provavelmente foi morto num ataque palestiniano. Em resposta, os habitantes dos colonatos israelitas naquela área entraram numa vila palestiniana e pegaram fogo a casas e carros. O episódio marca mais uma escalada na violência, numa altura em que a guerra no Médio Oriente entra no sétimo mês.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu veio já garantir que os responsáveis pelo sucedido serão encontrados e pediu aos cidadãos israelitas não se coloquem no caminho das forças de segurança.
Após divulgada a informação sobre a morte do adolescente, colonos judeus na área onde ocorreu o alegado ataque invadiram uma vila palestiniana nas proximidades e deixaram em chamas várias casas e viaturas.
Segundo as autoridades de saúde palestinianas, pelo menos uma pessoa morreu durante o tumulto, não sendo certo se terá sido baleada pelos colonos ou pelas forças de Israel.
Para além desta vila palestiniana, os colonos israelitas bloquearam a entrada de duas cidades naquela área este sábado e atiraram pedras a veículos que passavam, avançou a agência palestiniana de notícias Wafa. Oito pessoas terão ficado feridas.
Hamas pede a palestinianos que lutem
O Hamas já reagiu ao aumento dos confrontos na região, lançando um comunicado no qual pede aos palestinianos na Cisjordânia que lutem contra as “milícias de colonos”.A violência neste território da Palestina era já elevada antes de a guerra em Gaza ter começado, após os ataques do Hamas contra Israel a 7 de outubro do ano passado. No entanto, aumentou desde então, verificando-se cada vez mais confrontos nas ruas.
Na Faixa de Gaza, onde continua sem ser alcançado um cessar-fogo, a ofensiva militar de Israel já matou pelo menos 33.686 palestinianos, de acordo com os dados lançados este sábado pelo Ministério da Saúde do enclave. Além destas vítimas mortais, registam-se 76.309 feridos.
Só num espaço de 24 horas, terão morrido 52 pessoas e 95 ficaram feridas, segundo a mesma fonte.
c/ agências