A Rússia explicou depois o caso com um "erro de navegação" do caça-bombardeiro, mas na altura o aparelho foi interceptado por dois caças turcos, criando momentos de incerteza.
O avião russo era um SU-30 e entrou algumas centenas de metros no espaço aéreo turco, no distrito meridional de Yayladağı, na província de Hatay. Após um aviso, regressou ao espaço aéreo sírio.
A Força Aérea turca começara por pensar tratar-se de um aparelho SU-29 ou SU-24, também de fabrico russo, mas de modelos utilizados pela Força Aérea síria. A confusão, que poderia ter originado um confronto, foi dissipada quando se identificou o avião como um SU-30, modelo característico da Força Aérea russa.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros turco convocou o embaixador russo e protestou energicamente contra o incidente. O Governo russo admitiu a violação do espaço aéreo turco e explicou, por intermédio do adido militar na Embaixada turca em Moscovo, que se tratara de um erro de navegação.
O primeiro-ministro turco Ahmet Davutoğlu afirmou que "as nossas regras de intervenção são claras e independentes de quem viola o espaço aéreo. As Forças Armadas turcas têm instruções claras. Mesmo um pássaro a voar será interceptado".
Ainda segundo o Hurryet, uma fonte militar norte-americana afirmou que o aparelho russo tinha entrado, não umas centenas de metros, mas cerca de cinco milhas no espaço aéreo turco e que o incidente esteve próximo de desencadear um confronto armado.