Vinte e cinco migrantes morreram nas duas últimas semanas na fronteira entre a Tunísia e Líbia, de acordo com as autoridades tunisinas e grupos humanitários, informou na quinta-feira o portal de notícias Libya Update.
As mortes resultam da deportação de milhares de migrantes da Tunísia para a fronteira com a Líbia, onde se encontram a temperaturas até 50ºC, em condições precárias, sem ajuda e sem recursos, notou a mesma fonte.
O primeiro-ministro da Líbia, Abdul Hamid Dbeibé, e o Presidente da Tunísia, Kais Saied, reuniram-se, na semana passada, para reforçar a coordenação da segurança na fronteira que partilham, avançou o `site`.
As autoridades tunisinas iniciaram uma campanha de deportações no início deste mês, na sequência de vários incidentes violentos entre grupos de migrantes e habitantes da cidade portuária de Sfax, um dos principais pontos de partida para o continente europeu.
Várias organizações não-governamentais acusaram o dirigente tunisino de incentivar uma campanha de violência xenófoba contra os migrantes subsarianos, que utilizam o país como passagem para chegar à Europa.
Nos últimos anos, a Tunísia tornou-se num dos principais pontos de partida dos barcos com os quais os migrantes tunisinos e de países da África Subsariana tentam atravessar o Mediterrâneo para chegar ao continente europeu.
A UE e a Tunísia assinaram este mês um acordo em que o país africano se compromete a cooperar com Bruxelas em matéria de migração, em troca de um pacote de ajuda financeira estimado em cerca de 900 milhões de euros.