Venezuela. Urrutia reclama cargo de comandante-chefe do exército

por Lusa
González Urrutia reclama o cargo de comandante-chefe do exército EPA

O candidato da oposição Edmundo González Urrutia, que reclama a vitória nas presidenciais da Venezuela, disse que deveria "assumir o papel de comandante-chefe" das forças armadas na sexta-feira.

"De acordo com a constituição (...) devo assumir o papel de comandante-chefe" do exército em 10 de janeiro, dia em que Nicolás Maduro deverá tomar posse como presidente, declarou no domingo o antigo embaixador de 75 anos.

As forças armadas são consideradas um pilar do poder de Maduro. Os líderes militares juraram repetidamente lealdade ao socialista, cuja reeleição foi considerada uma fraude por vários países e organizações venezuelanas e estrangeiras.

O exército participou activamente na repressão das manifestações que se seguiram à proclamação por parte do Conselho Nacional Eleitoral da vitória de Maduro nas presidenciais de 28 de julho.

"A nossa força armada nacional é chamada a ser garante da soberania e do respeito pela vontade do povo. É nosso dever agir com honra, mérito e consciência", disse Urrutia.

"É preciso acabar com uma liderança que distorceu os princípios fundamentais e morais das nossas forças armadas", disse o opositor, atualmente exilado em Espanha.

"Este é o momento de reafirmar o nosso compromisso com a pátria. A nossa missão é restaurar a soberania popular que se manifestou através do voto", afirmou Urrutia nos Estados Unidos, terceira escala de uma digressão diplomática que já passou pela Argentina e Uruguai.

O presidente cessante dos EUA, Joe Biden, vai receber hoje Urrutia, disseram fontes do governo norte-americano, não identificadas, citadas pelas agências de notícias France-Presse e EFE.

 

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