Em direto
Incêndios em Portugal. A situação ao minuto

Venezuela. Protestos originam 2.229 detidos

por Lusa
Os protestos na Venezuela contra Nicolás Maduro continuam a fazer vítimas Ronald Pena R. - EPA

Na Venezuela foram detidas 2.229 pessoas por protestos pós-eleições presidenciais, disse o presidente Nicolás Maduro, cuja reeleição é contestada pela oposição.

"Já há 2.229 terroristas capturados, com provas, e no sábado serão transferidos para Tocorón e Tocuyito", disse na terça-feira o chefe de Estado, referindo-se a duas penitenciárias.

Num evento televisivo, Maduro garantiu que "Tocorón e Tocuyito estão prontos para os terroristas, para os criminosos" e para deter "todos os gangues da nova geração que estão envolvidos nos protestos violentos".

Num encontro com dezenas de apoiantes idosos à porta do palácio presidencial, divulgado pela televisão estatal VTV, o presidente acusou os detidos de atacarem e assassinarem pessoas - sem especificar o número de vítimas - e de queimarem hospitais, escolas, liceus e universidades, bem como esquadras policiais, autarquias e sedes do partido no poder.

Maduro apontou o dedo ao candidato presidencial da oposição, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia, e à líder da oposição, María Corina Machado.

De acordo com o governo, 59 agentes da polícia e 47 membros das forças armadas ficaram feridos, enquanto dois militares morreram.

A estas vítimas juntam-se, disse a organização não-governamental (ONG) Provea, 24 mortes de civis, alguns deles assassinados por membros das forças de segurança ou de milícias.

Também na terça--feira, a ONG Foro Penal avançou que 1.102 pessoas foram detidas na Venezuela no âmbito dos protestos.

"Balanço da repressão, pós-eleições. Prisões verificadas pelo Foro Penal desde 29 de julho a 6 de agosto: 1.102 detenções, entre elas, 100 adolescentes e cinco indígenas", anunciou a ONG na rede social X (antigo Twitter).

Várias organizações de direitos humanos têm denunciado um clima de repressão no país e alegadas violações maciças dos direitos humanos contra os manifestantes detidos no âmbito dos protestos que saíram às ruas venezuelanas após as eleições de 28 de julho.

 

PUB