Venezuela promete defender com firmeza Essequibo

por Lusa
Vladimir Padrino López foi o porta-voz da posição venezuelana Stringer - Reuters

As Forças Armadas Bolivarianas da Venezuela (FANB) alertaram que vão responder com firmeza a qualquer ação contra a integridade territorial e os interesses do país, numa mensagem divulgada pelo ministro venezuelano da Defesa, Vladimir Padrino López.

A instituição armada não tolera e não tolerará ameaças de nenhum funcionário ou governo estrangeiro. Consequentemente, responderemos com firmeza e determinação a qualquer provocação ou ação que ameace a integridade territorial e os interesses sagrados do país (…), defenderemos a nossa liberdade, soberania e independência com as nossas vidas”, expressou o ministro numa mensagem na sua conta do Instagram.

A mensagem foi divulgada depois de o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, advertir a Venezuela de que um ataque militar contra a Guiana não acabaria bem e seria um grande erro, no âmbito da disputa pelo território Essequibo.

Já o advertimos: A intromissão norte-americana nesta disputa territorial pode provocar uma escalada perigosa na região”, explica a mensagem na qual as FANB “condenam categoricamente as ameaças delirantes feitas por Marco Rubio, inimigo declarado da Venezuela, durante a sua visita à República Cooperativa da Guiana”.

Caracas diz ser insólito que a reivindicação venezuelana do território de Essequibo seja considerada ilegítima, tendo em conta que o Acordo de Genebra é o instrumento válido, assinado pelas partes envolvidas na disputa territorial, assim como acusa a Guiana de procurar recorrer à “ingerência imperial”, em vez dos mecanismos estabelecidos nos acordos de Argyle.

A Guiana e a Venezuela mantêm uma disputa pelo território de Essequibo, rico em petróleo e recursos naturais, administrado por Georgetown e reivindicado por Caracas.

A tensão exacerbou-se desde que a Venezuela anunciou que vai eleger um governador para Essequibo nas eleições regionais de maio.

No início deste mês, uma patrulha militar venezuelana passou cerca de quatro horas na secção do Bloco Stabroek, onde opera a empresa petrolífera norte-americana ExxonMobil.


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