Simpatizantes do Governo e da oposição saem esta quinta-feira às ruas de Caracas, para medir forças e iniciar a campanha eleitoral para as presidenciais de 28 de julho em que Nicolás Maduro espera ser reeleito para um mandato de seis anos.
Do lado do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, no poder), as ações em Caracas vão partir das localidades de Petare e Cátia (leste e centro-oeste) até ao palácio presidencial de Miraflores (centro).
Mais de 20.000 motorizados vão participar em ações que vão decorrer em simultâneo em 79 cidades venezuelanas, de acordo com os organizadores.
Por outro lado, a líder opositora Maria Corina Machado anunciou que o substituto, o candidato da Mesa de Unidade Democrática Edmundo González Urrutia, vai realizar uma "Grande Caravana com Venezuela" a partir da localidade de Chacaíto (centro-leste) até El Marqués, no município de Sucre, na zona leste de Caracas.
Além dos favoritos, Nicolás Maduro e Edmundo González Urrutia, nas presidenciais venezuelanas participam ainda outros oito candidatos: Daniel Ceballos, Luís Martínez, António Ecarri, Benjamin Rausseo, Enrique Márquez, José Brito, Javier Bertucci e Claudio Fermín, dos partidos Voluntad Popular, Acción Democrática, Alianza del Lápiz, Confederación Nacional Democrática - Conde, Centrados en la gente, Primero Justicia, El Cambio e Soluciones para Venezuela, respetivamente.
Ao finalizar os 21 dias de campanha eleitoral, a 25 de julho, os dois principais candidatos vão realizar novas ações em Caracas. O PSUV vai encerrar com um discurso de Nicolás Maduro, transmitido pelas televisões venezuelanas, enquanto o opositor Edmundo González Urrutia fará o encerramento de campanha através das redes sociais.
Dez candidatos
Nas eleições participam dez candidatos, entre os quais o atual chefe de Estado da Venezuela, Nicolás Maduro, que concorre pela terceira vez para mais um mandato de seis anos.
Em 20 de junho, oito dos dez candidatos que estão na corrida, incluindo Maduro, assinaram um acordo que, segundo a imprensa local, os obriga a reconhecer os resultados que venham a ser anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela.
O acordo não foi assinado pelo principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, substituto de María Corina Machado, do partido Vente Venezuela, nem por Enrique Márquez, que entre 2021 e 2023 foi vice-presidente do CNE.
Mais de 21 milhões de eleitores são chamados a escolher o próximo presidente venezuelano, que vai governar o país durante seis anos (2025-2031), depois da posse em janeiro.