O autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, desencadeou na madrugada de terça-feira um ato de força contra o regime do Presidente do país, Nicolás Maduro, em que envolveu militares e para o qual apelou à adesão popular. O regime ripostou, considerando que estava em curso uma tentativa de golpe de Estado. Não houve, durante o dia, progressos na situação, que continua dominada pelo regime.
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"Operação Liberdade" anunciada por Juan Guaidó com desfecho incerto
O autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, desencadeou na madrugada de terça-feira um ato de força contra o regime do Presidente do país, Nicolás Maduro, em que envolveu militares e para o qual apelou à adesão popular.
O regime ripostou, considerando que estava em curso uma tentativa de golpe de Estado. Não houve, durante o dia, progressos na situação, que continua dominada pelo regime.
Apesar de Guaidó ter afirmado ao longo do dia que tinha os militares do seu lado, nenhuma unidade militar aderiu à iniciativa nem se confirmou qualquer deserção de altas patentes militares fiéis a Nicolas Maduro.
Pelo menos 69 pessoas ficaram feridas nos protestos registados na capital venezuelana.
Entretanto, o opositor venezuelano Leopoldo López e a sua família estão na Embaixada do Chile em Caracas, onde, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros chileno, entraram como “convidados”.
Face à situação que se vive na Venezuela, o Governo português já indicou que, até ao início da noite de terça-feira em Portugal, não havia registo de problemas com a comunidade portuguesa.
Mike Pompeu, secretário de Estado dos EUA, afirmou que Maduro estava pronto para abandonar a Venezuela rumo a Cuba, mas que foi travado pela Rússia.
O aeroporto de Caracas continua encerrado e as companhias aéreas cancelaram todos os voos.
Nas ruas de Caracas, a população continua a manifestar-se.
O recuo de três altas figuras do regime poderá ter levado a que a “Operação Liberdade” tenha fracassado.
A RTP apurou que o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, o presidente do Supremo Tribunal, Maikel Moreno, e o comandante da guarda presidencial, Ivan Rafael Hernandez Dala, teriam assegurado que colaborariam na transição pacífica de regime, mas terão recuado porque o autoproclamado Presidente interino, Juan Guaidó, antecipou em vinte e quatro horas a operação, porque teve a informação de que poderia ser detido.
O gabinete Guaidó não confirma, nem desmente a informação apurada pela RTP.
22h55 - Pelo menos 69 feridos nos protestos registados hoje em Caracas
Pelo menos 69 pessoas ficaram feridas nos protestos registados hoje em Caracas depois da ação de força desencadeada pelo autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó.
Os feridos foram transportados para vários hospitais da capital venezuelana.
22h53 - Maduro tinha avião pronto para deixar a Venezuela
Nicolás Maduro tinha um avião pronto para deixar a Venezuela na manhã desta terça-feira, mas a Rússia tê-lo-á demovido de sair do país.
Em entrevista a CNN , Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA, revelou que o
voo teria como destino Havana, em Cuba.
A Casa Branca acusa Cuba de ter aqueles elementos da sua defesa infiltrados na Venezuela.
22h40 - Trump ameaça Cuba com "embargo total e completo"
O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou um "embargo total e completo, juntamente com sanções de mais alto nível" contra Cuba se os militares daquele país não pararem as operações na Venezuela.
"Espero que todos os soldados cubanos regressem rápida e pacificamente à sua ilha!", disse Trump numa série de tweets.
21h35 - Contextualização: Crise na Venezuela intensificou-se nos últimos meses
A crise na Venezuela intensificou-se nos últimos quatro meses. Foi nessa altura que Nicolás Maduro tomou posse para um segundo mandato e Juan Guaidó assumiu a presidência da Assembleia Nacional, que foi neutralizada pelo regime quando a oposição ganhou as eleições parlamentares.
21h21 - UE apela a solução "pacífica"
Em
comunicado, a alta representante da União Europeia para a Política Externa, Federica Mogherini, reitera esta terça-feira que o desfecho da situação atual na Venezuela deverá passar por uma solução política "pacífica e democrática".
"A União Europeia rejeita qualquer forma de violência e apela à máxima moderação de todas as partes para evitar a perda de vidas e uma escalada das tensões", refere.
O curto comunicado refere ainda que a União Europeia está do lado "das aspirações democráticas legítimas" do povo venezuelano.
"Vamos continuar sem poupar esforços para conseguir o regresso à democracia e ao Estado de Direito, através de eleições livres e justas, de acordo com a Constituição venezuelana", refere.
21h14 - Redes sociais bloqueadas
De acordo com o jornal El País, o Youtube, bem como as redes sociais Facebook e Twitter, estão com bloqueios no país.
A correspondente do diário espanhol em Caracas refere ainda que a Comissão Nacional das Telecomunicações cortou a emissão da Rádio Caracas, segundo informou o Sindicato venezuelano da Imprensa. As emissões da CNN e da BBC também foram interrompidas durante o dia.
21h09 - Embaixador de Caracas na ONU critica potências internacionais
Samuel Moncada, o Embaixador venezuelano junto das Nações Unidas, aponta o dedo aos Estados que apoiam e reconhecem Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela e considera que são cúmplices na destabilização do país.
O diplomata refere ainda que esta é uma tentativa por parte dos poderes internacionais de iniciar uma "guerra civil" na Venezuela.
20h52 - "Processo imparável"
Há várias horas sem aparecer em público, Juan Guaidó recorreu ao Twitter para afirmar que o povo venezuelano tem "o poder para alcançar o fim definitivo da usurpação", sublinhando que o processo iniciado esta terça-feira é "imparável".
"Temos o apoio firme do nosso povo e do mundo para restaurar a nossa democracia", acrescentou o dirigente da oposição.
20h48 - Leopoldo López na Embaixada do Chile. Militares pedem asilo na Embaixada do Brasil
De acordo com o MNE chileno, Roberto Ampuero, o líder da oposição venezuelana, Leopoldo López, e a família estão na Embaixada do Chile na Venezuela como "hóspedes". "O Chile reafirma o seu compromisso com os democratas venezuelanos", acrescenta o chefe da diplomacia chilena num tweet.
De acordo com o jornal
Folha de São Paulo, o Presidente brasileiro aceitou esta terça-feira, ao final do dia, um pedido de asilo apresentado por 25 militares venezuelanos, avança a agência Efe.
20h41 - "Muita confusão" sobre a situação no país
Em declarações à agência Lusa, o presidente do Centro Português de Caracas, Juan Ricardo Ferreira, admitiu que existe "muita confusão sobre a situação atual na Venezuela.
"Não sabemos o que está a acontecer no país. Na madrugada de hoje surgiram notícias que Juan Guaidó e o Leopoldo Lopéz estavam em La Carlota, acompanhados de militares venezuelanos. Chamaram o povo à rua, existem confrontos em alguns locais e não sabemos que militares apoiam Maduro ou Guaidó", afirmou.
O responsável manifestou ainda estranheza perante a ausência de uma declaração pública por parte do Presidente Nicolás Maduro.
20h28 - Pelo menos 52 feridos nas últimas horas
De acordo com Magia Santi, presidente do centro médico de Salud Chacao, nos arredores de Caracas, há até ao momento registo de pelo menos 52 feridos que foram levados para o hospital.
De acordo com as declarações da responsável à CNN, desses feridos, 32 foram atingidos por balas de borracha, 16 sofreram traumatismos e três pessoas foram assistidas devido a dificuldades respiratórias. Houve ainda uma pessoa que ficou ferida com o disparo de uma arma de fogo.
20h22 - Espaço aéreo da Venezuela com fortes condicionamentos
O espaço aéreo da Venezuela está a sofrer fortes condicionamentos.
Nesta altura não é permitido levantar nem aterrar qualquer aeronave em toda a Venezuela, mas é possível sobrevoar o espaço aéreo.
Um avião da TAP voava ao início da noite com destino a Caracas, mas não se sabe se aterrará ou se procurará outro local.
20h12- Governo sem conhecimento de violência a envolver portugueses
José Luís Carneiro, secretário de Estado das Comunidades, informou esta terça-feira que não há informação de portugueses feridos até ao momento.
Em conferência de imprensa a partir da presidência do Conselho de Ministros, o responsável do Governo refere que está a ser feito um trabalho de avaliação para acompanhar a evolução da situação política na Venezuela.
José Luís Carneiro pediu ainda que os cidadãos portugueses que tenham dificuldades em contactar as respetivas famílias na Venezuela devem recorrer à Embaixada portuguesa ou aos movimentos associativos da comunidade lusófona, explicando que estas estão "em contacto com milhares de portugueses".
O secretário de Estado admite, no entanto, que possa haver "interrupções ou falhas os serviços consulares", até porque algumas vias de comunicação foram bloqueadas.
Devido aos últimos desenvolvimentos na Venezuela, o secretário de Estado das Comunidades cancelou ainda a viagem que tinha programada nos próximos dias ao Canadá, onde iria estar reunido com os portugueses residentes naquele país.
19h58 - John Bolton pede transição pacífica do poder
O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca pede que seja assegurada uma transição pacífica do poder de Nicolás Maduro para Juan Guaidó.
"Temos como objetivo principal uma transição pacífica do poder (...). Nicolás Maduro e aqueles que o apoiam, particularmente todos aqueles que não são venezuelanos, devem saber que todas as opções continuam em cima da mesa", afirmou John Bolton.
Para o conselheiro de Trump, a situação em curso na Venezuela "não é um golpe".
"Reconhecemos Juan Guaidó ocmo o presidente interino legítimo da Venezuela. Não existe golpe de Estado quando o Presidente dos Estados Unidos dá ordens ao Departamento de Defesa, por isso não é um golpe quando Juan Guaidó tenta assumir controlo das forças militares venezuelanas", argumentou John Bolton.
19h55 - Venezuelanos falam em "dia de júbilo"
Muitos venezuelanos já mostraram apoio a este golpe militar. Várias pessoas elogiam a participação dos militares e esperam o regresso da democracia ao país.
19h49 - Trump acompanha de perto situação na Venezuela
O Presidente norte-americano disse no Twitter que está a par dos últimos eventos em Caracas e garante estar do lado do povo venezuelano.
"Estou a acompanhar a situação na Venezuela. Os Estados Unidos apoiam o povo venezuelano e a sua liberdade", escreveu Donald Trump.
19h13 - BE pede respeito pelos Direitos Humanos
Sem se comprometer com nenhum dos lados do impasse na Venezuela, Catarina Martins pede que o processo em curso decorra sem violência e que se procure uma "solução pacífica".
A líder bloquista refere ainda que a prioridade da comunidade internacional não deve ser a corrida ao petróleo venezuelano.
18h52 - Não há informação de vítimas portuguesas, diz Augusto Santos Silva
O ministro português dos Negócios Estrangeiros diz que não há, para já, registo de portugueses afetados pelos confrontos ou cujas casas, empresas ou lojas tenham sido atacadas.
Augusto Santos Silva garantiu que não há "informação nenhuma relativa a qualquer português ou portuguesa vítima de qualquer ato que pusesse em perigo a sua segurança".
O ministro dos Negócios Estrangeiros acrescentou que "não há felizmente nenhum concidadão que tenha a sua situação de segurança em questão".
Augusto Santos Silva fez estas declarações aos jornalistas, em Macau, que acompanham a visita de Estado do Presidente da República à China.
18h44 - Rui Rio defende eleições livres
O líder do PSD defende a realização de eleições livres na Venezuela e fala de uma situação "insustentável" do ponto de vista social e económico.
Rui Rio disse ainda que espera que o processo ocorra sem violência e que seja retomada a normalidade.
Sobre o apoio prestado aos milhares de portugueses na Venezuela, Rui Rio refere que seria impossível ao Estado português evacuar todos os residentes, mas prevê que tal não será necessário.
18h39 - MNE português pede eleições livres e condena violência
O Ministério português dos Negócios Estrangeiros também se expressou no Twitter sobre os últimos desenvolvimentos na Venezuela.
18h24 - Turquia critica oposição venezuelana
No Twitter, o Presidente da Turquia condenou a "tentativa de golpe de Estado" na Venezuela. Erdogan
escreveu na rede social que o mundo "deve respeitar as preferências democráticas do povo da Venezuela".
O ministro turco dos Negócios Estrangeiros criticou esta terça-feira a oposição venezuelana pelos apelos a um levantamento militar contra Nicolás Maduro.
"Estamos preocupados com os relatos de que existem tentativas de derrubar a ordem constitucional na Venezuela. Estamos contra métodos anti-democráticos de mudança de governos legítimos", sublinha Mevlüt Çavuşoğlu, também através do Twitter.
18h01 - "Maduro é um perigoso ditador", afirma Carlos Moedas
O comissário europeu afirma que a posição europeia é clara e considera que o que se passa neste território é gravíssimo. Carlos Moedas diz mesmo que “Maduro é um perigoso ditador” e deve sair dos comandos do país.
17h54 - MNE venezuelano culpa Washington
Jorge Arreaza, ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros, negou esta terça-feira que esteja em curso qualquer tipo de golpe militar para retirar Nicolás Maduro do poder.
O ministro acusa o líder da oposição, Juan Guaidó, de operar segundo as ordens dos Estados Unidos.
"Não estamos perante uma tentativa de golpe dos militares. Isto foi planeado por Washington, pelo Pentágono, pelo Departamento de Estado e por [John] Bolton", disse Arreza em declarações por telefone a agência Reuters.
17h40 - Moscovo acusa oposição venezuelana de "incitar ao conflito"
O Ministério russo dos Negócios Estrangeiros condenou esta terça-feira o que diz ser uma tentativa, por parte da oposição venezuelana, de "incitar ao conflito".
"A oposição radical na Venezuela voltou a usar métodos violentos de confronto. Em vez de apostarem numa resolução pacífica dos desentendimentos polítcos, a oposição optou por uma via que visa a incitar o conflito, perturbando a ordem pública e levando a confrontos entre as Forças Armadas", refere o comunicado.
"É importante evitar distúrbios e derramamento de sangue", defendeu o MNE russo, sublinhando que os problemas da Venezuela "devem ser resolvidos através de um processo negocial responsável sem condições prévias".
O Ministério refere ainda que a oposição venezuelana deverá evitar "ingerências destrutivas do exterior" na situação interna do país.
17h30 - Guterres pede "máxima contenção" na Venezuela
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu esta terça-feira moderação na Venezuela de forma a evitar uma escalada de violência.
"O secretário-geral insta todas as partes a exercer máxima contenção e apela a todas as partes interessadas que evitem a violência e tomem medidas imediatas para restaurar a calma", referiu o porta-voz de Guterres em declarações aos jornalistas.
17h12 - "Ato de violência" parcialmente derrotado
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, disse esta tarde que os "atos de violência" levados a cabo pela oposição e por alguns membros das Forças Armadas foram "parcialmente derrotados".
"Responsabilizo-os por qualquer ato de violência, morte ou banho de sangue", advertiu Vladimir Padrino.
As declarações de Padrino foram feitas num discurso à nação, emitido pela televisão estatal da Venezuela.
No Twitter, Padrino escreveu que as unidades militares estão "em normalidade", nos quartéis e nas bases militares, contestando os movimentos da oposição.
"São uns cobardes! Permaneceremos firmes na defesa da ordem constitucional e da paz da República, assistidos como estamos pela lei, razão e história", escreveu Padrino, no Twitter.
17h05 - Veículo blindado do Exército venezuelano atropela populares
As imagens das agências internacionais mostram pelo menos um veículo blindado a atropelar uma multidão que estava desarmada em protesto.
17h01 - Mercenários precisam-se?
O fundador da Blackwater, empresa norte-americana de "segurança privada", tem estado desde há vários meses a recrutar indivíduos com experiência militar com vista a uma guerra na Venezuela, noticiou esta terça-feira a agência Reuters.
16h57 - Bolsonaro solidário com o povo venezuelano
O Presidente do Brasil manifestou a sua solidariedade com o povo da Venezuelana através do Twitter.
16h37 - Rússia atenta
O Presidente russo, Vladimir Putin, já discutiu a situação em curso na Venezuela com responsáveis de segurança em Moscovo, segundo um comunicado do Kremlin, citado pela agência TASS.
"O encontro teve em atenção a situação na Venezuela à luz das recentes notícias sobre uma tentativa de golpe", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
16h41 - Embaixada norte-americana na Venezuela alerta cidadãos
A Embaixada dos Estados Unidos na Venezuela está a avisar os cidadãos norte-americanos a procurarem abrigo caso não consigam sair do país. Pede ainda que as pessoas evitem grandes multidões e acompanhem a atualidade através dos meios de comunicação locais.
A representação diplomática dos EUA em Caracas alerta ainda para as várias manifestações em curso no país esta terça-feira, protestos que deverão continuar nos próximos dias.
15h41 - Brasil espera que “militares participem na transição democrática”
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, disse esperar que os “militares venezuelanos participem no processo de transição democrática” da Venezuela.
“Parece-nos que é positivo que haja um movimento de militares que reconhecem a constitucionalidade do Presidente Juan Guaidó. (...) O Brasil, evidentemente, desde o começo apoia o processo de transição democrática (na Venezuela), e espera que os militares venezuelanos sejam parte desse processo de transição democrática”, declarou Ernesto Araújo.
15h22 - López e Guaidó nas ruas de Caracas
15h19 - Maduro diz que tem lealdade dos militares
14h54 - Guaidó deixou base de La Carlota
A Reuters acaba de informar que o autoproclamado presidente da Venezuela Juan Guaidó deixou a base militar de onde estava a apelar à mobilização dos venezuelano na tentativa de derrubar o presidente Maduro.
14h43 - Governo de Maduro fala em “militares traidores”
O Governo do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou estar a enfrentar um golpe de Estado de “um reduzido grupo de militares traidores” que estão a ser neutralizados.
“Informamos o povo da Venezuela que neste momento estamos a enfrentar e desativar um reduzido grupo de militares traidores que se posicionaram no Distribuidor Altamira (leste de Caracas), para promover um golpe de Estado contra a Constituição e a paz da República”, anunciou o ministro venezuelano de Comunicação e Informação no Twitter.
14h22 - Tiroteio nas ruas
Há notícia de que as redes sociais estão a ser bloqueadas pelo regime, mas ainda há tempo para serem gravadas imagens de um tiroteio contra venezuelanos espalhados pelas ruas de Caracas.
A autora das imagens afirma que as balas estão a ser disparadas por militares apoiantes de Maduro.
14h17 - Militares prendem militares
Um novo vídeo mostra militares a prenderem militares nas ruas de Caracas.
14h10 - Presidente da Colômbia apela militares a apoiar Guaidó
O Presidente da Colômbia apela às Forças Armadas venezuelanas que apoiem Juan Guaidó, numa publicação na sua página oficial no Twitter.
"Coloquem-se do lado certo da história", pede.
14h00 - Sem transportes
O Governo venezuelano impediu a circulação de trsnportes públicos e os venezuelanos têm de ir a pé para os principais locais de protesto.
Um empresário português conta por seu lado à RTP que se levantou às cinco da manhã para ir buscar alguém ao aeroporto mas agora não consegue regressar a casa.
As estradas em torno de Caracas parecem estar bloqueadas.
13h58 - Tiros e pânico junto a La Carlota
Rajadas de tiros junto à base aérea semearam o pânico junto à base aérea onde poderá ainda estar Juan Guaidó.
Testemunhas afirmaram à Agência Reuters que os militares que estão Juan Guaidó responderam a um ataque a tiro de militares apoiantes de Maduro.
As balas pareciam reais, acrescentaram.
13h55 - Crista espera fiim de Maduro
A líder do CDS, Assunção Cristas, afirma esperar que a iniciativa de hoje dite o fim do regime de Nicolás Maduro.
13h53 - Trump acompanha situação na Venezuela
A Casa Branca adiantou à agência Reuters que o Presidente norte-americano foi informado do que se está a passar na Venezuela. "Estamos a monitorizar o desenvolvimento da situação", revelou Sarah Sanders.
13h50 - Situação muito indefenida
O correspondente da agência Lusa em Caracas, afirma à RTP que a situação permanece muito indefenida.Mas não acredita que os venezuelanos entrem em confronto direto e sangrenteo nas ruas.
13h47 -Responsável dos arsenais nas mãos de apoiantes de Guaidó
Correm notícias de que o general Armas, responsável pelos arsenais da Venezuela, foi detido por militares apoiantes de Guaidó no leste do país.
13h45 - Mandados de prisão
O Supremo tribunal de Justiça terá emitido mandados de captura contra Leopoldo López, libertado esta manhã, e todo o corpo dirigente da Assembleia Nacional, presidida por Juan Guaidó e dominada pela oposição a Nicolás Maduro.
Não é a primeira vez que o Supremo Tribunal tenta atingir a Assembleia Nacional e Juan Guaidó por via jurídica.
13h40 - Militares tapam a cara com lenços azuis
Um militar é entrevistado junto à base aérea, afirmando estar do lado da mudança.
Mas não é claro quantos militares estão a apoiar Juan Guaidó. O ministro da Defesa afirma que as Forças Armadas continuam a defender o regime.
13h35 - Motards na base
O momento em que um grupo de motas conduzidas por homens em uniforme chega à base aérea La Carlota.
13h33 - Mobilização "complicada"
Na Venezuela, o ex-presidente do Centro Português, Fernando Campos, admite que nas próximas horas a situação poderá tornar-se confusa e que a mobilização pedida por Guaidó está ser complicada.
13h30 - Governo português recomenda prudência
O secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, aconselhou hoje a comunidade portuguesa e lusodescendente residente na Venezuela a adotar medidas de segurança e comportamentos prudentes nas próximas horas, face à situação que se vive no país.
O governante, que cancelou uma visita ao Canadá devido à situação na Venezuela, adiantou ainda que o Governo português está a acompanhar "de perto" o evoluir da situação, e, tal como Santos Silva, diz que para já é "prematuro" pronunciar-se em qualquer dos sentidos, tendo em conta "a escassa informação" que existe.
13h27 - Guaidó em "lugar seguro"
Há informações de que Juan Guaidó foi levado para "lugar seguro" quando começaram a ser lançadas granadas de gás lacrimogéneo contra a base aérea de onde lançou o seu apelo.
13h25 - OEA apoia "adesão" dos militares
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, Luis Almagro, saudou hoje "a adesão" do exército venezuelano ao autoproclamado Presidente deste país, Juan Guaidó, e defendeu um processo de transição pacífico.
Almagro reagia assim ao "fim definitivo da usurpação" anunciado hoje por Guaidó, que assegurou que os militares decidiram juntar-se-lhe para restaurar a democracia na Venezuela.
"Saudamos a adesão dos militares à Constituição e ao Presidente executivo da Venezuela. É preciso que o processo de transição seja feito de forma pacífica", declarou Luis Almagro na rede social Twitter.
13h25 - Situação confusa
Uma representante da comunidade portuguesa na Venezuela disse à agência Lusa que a situação no país "é de grande incerteza" depois do anúncio de que os militares passaram a apoiar o autoproclamado Presidente, Juan Gauidó.
"Está tudo muito confuso ainda. Estamos praticamente com as comunicações caídas, com as redes sociais a funcionar a meio gás e ainda não temos uma perspetiva do que é", disse Milu de Almeida, por telefone, a partir de Caracas.
A portuguesa, que representa os emigrantes na Venezuela no órgão consultivo do Governo para as questões da emigração (Conselho das Comunidades Portuguesas), disse que, a pouca informação que chega através das redes sociais, dá conta de que "aparentemente o Presidente Guaidó e o líder da oposição Leopoldo Lopes, que estava preso, estão numa base aérea com vários militares e estão a pedir ao povo para sair à rua".
Milu de Almeida adiantou que a rádio e televisão mantêm a programação normal como "se não se passasse nada".
13h23 - Portugal activa apoios
Ministro dos Negócios estrangeiros, Augusto Santos Silva, anuncia que foram ativados os mecanismos de apoio à comunidade portuguesa na Venezuela. Ainda não foram recebidos quaisquer pedidos de ajuda.
O Presidente colombiano Ivan Duque apelou às Forças Armadas venezuelanas que se juntem ao líder da oposição, Juan Guaidó, que anunciou ter recebido o apoio de um grupo de militares.
"Lançamos um apelo aos soldados e ao povo da Venezuela para que se coloquem do lado certo da História e rejeitem a dituadura e a usurpação" do poder pelo Presidente Nicolás Maduro, escreveu o chede de Estado na sua conta oficial no Twitter.
Santos Silva defende uma solução pacífica para a crise, escusando-se a comentar para já a situação.
13h20 - UE deseja solução política e pacífica
A União Europeia (UE) está a acompanhar o desenvolvimento da situação na Venezuela e abstém-se "para já" de fazer qualquer comentário, disse hoje a porta-voz comunitária para os Negócios Estrangeiros, Maja Kocijancic.
A porta-voz da Alta Representante para a Política Externa da UE, Federica Mogherini, adiantou que a informação está a ser acompanhada pela UE e "para já" não haverá qualquer reação europeia sem se conhecerem todos os detalhes.
"Reiteramos a nossa posição de apoiar uma solução política e pacífica para a crise na Venezuela, nomeadamente com a organização de eleições livres", disse Kocijancic.
13h18 - Ataque com gás lacrimogéneo
O momento em que militares e populares apoiantes de Guaidó se livram de granadas de gás lacrimegéneo lançadas sobre o viaduto onde se encontram, junto à base aérea.
13h15 - Chavistas a Miraflores! apela Cabello
O Presidente da Assembleia Nacional Constituinte (ANC) da Venezuela, Diosdado Cabello, pediu hoje aos partidários `chavistas` que se concentrem nos arredores do palácio presidencial para "defender" a revolução perante o "plano golpista" contra o Governo de Nicolás Maduro.
"Convidamos todo o povo de Caracas, venham para o palácio de Miraflores,
aqui estamos, se Deus quiser. Venham a Miraflores para nos encontrar no
palácio a defender a revolução, defender o nosso povo, imediatamente",
declarou num ao canal estatal VTV.
13h15 - Reportagem na Venezuela
A análise do jornalista da Lusa, Filipe Gouveia, diretamente da Venezuela.
13h12 - Lopez recebido em festa
O momento em que o líder da oposição Leopoldo Lopez chega ao viaduto sobranceiro à base aérea, e é recebido em festa pelos apoiantes.
13h10 - Evo Morales acusa EUA de ingerência
Evo Morales, presidente da Bolívia, acusa EUA de promovem golpes de Estado com a sua ingerência para provocar violência e morte na Venezuela.
Num outro tweet, Morales apela aos países da América Latina para que condenem o golpe de Estado, para evitar que se percam vidas inocentes. "Seria um mau antecedente deixar que a intromissão golpista se instale na região".
13h07 - PCP reage - "Que fique tudo em águas de bacalhau"
Jerónimo de Sousa, secretário-geral do Partido Comunista Português, comenta a situação, dizendo que "se calhar é um episódio em que fique tudo em águas de bacalhau".
13h05 - Presidente de Cuba condena "movimento golpista"
Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba: "Condenamos este movimento golpista que pretende encher o país de violência".Os traidores que se colocaram frente ao movimento subversivo, usaram tropas e polícias com armas de guerra numa via pública da cidade para criar confusão e terror".
13h00 - "Não" a um banho de sangue
O Governo espanhol apelou esta terça-feira a que seja evitada um banho de sangue na Venezuela.
"Desejamos com todas as forças que não se produza nenhum banho de sangue. Apoiamos um processo democrático pacífico" e apelamos "à convocação imediata de eleições", afirmou à imprensa a porta-voz do Governo espanhol,Isabel Celaa.
"A solução na Venezuela deve vir de um movimento pacífico", refere. "A Espanha nunca irá apoiar um golpe de Estado militar", acrescentou, referindo que o Governo de Pedro Sánchez está a acompanhar de perto a situação na Venezuela.
12h57 - Colômbia propõe reunião de emergência do Grupo de Lima
O Governo da Colômbia iniciou contactos para organizar uma reunião de emergência do Grupo de Lima, para avaliar a evolução dos acontecimentos na Venezuela, decorrentes da libertação de Leopoldo López e o apelo à mobilização de Guaidó.
O ministro colombiano dos Negócios Estrangeiros, Carlos Holmes Trujillo, apelou a todos os países que constituem o grupo para que mantenham o apoio a "ao regresso da democracia e da liberdade à Venezuela".
12h55 - Grupos paramilitares chegam
Encavalitados em motas, chegam à base aérea La Carlota homens em uniforme.
Os grupos de motards criados por Maduro para impor a sua vontade nas ruas costumam vestir-se sem qualquer distinção da população.
12h50 - Confusão nas ruas
Num viaduto junto à base aérea de onde foi lançado o apelo à mobilização, caem granadas de gás lacrimogéneo, prontamente relançadas por militares e populares.
12h45 - Espanha demarca-se
A porta-voz do Governo espanhol em exercício afirma que o executivo não apoia qualquer golpe militar na Venezuela.
12h40 - Ruas enchem-se
As ruas de Caracas começam a encher-se de pessoas e de militares, há notícia de confrontos.
12h30 - Análise: iniciativa de Guaidó pode não ser suficiente
O comentador da Antena 1 de política internacional, Filiipe Vasconcelos Romão,afirma que o apelo de Guaidó pode não ser suficiente para depor Maduro.
12h25 - Apelo de Lopez
A televisão espanhola TVE, gravou em direto a mensagem de Leopoldo Lopez, que diz ter sido libertado hoje por forças militares.
O líder da oposição apela à participação dos venezuelanos, afirma que os militares estão com o movimento para pôr fim ao Governo de Maduro, e afirma que desejam um processo "em paz"
12h20 - Ataque à base
Gás lacrimogéneo lançado contra o grupo de cerca de 70 militares agrupados com Guaidó na base aérea La Carlota, nos arredores de Caracas.
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, afirma, "rejeitamos este golpe que procura mergulhar o país em violência".
12h10 - O apelo de Guaidó
"O 01 de maio, o fim definitivo de usurpação começou hoje", disse
Guaidó num vídeo publicado na sua conta na rede social Twitter, no qual
se pode ver o Presidente interino com um grupo de soldados na base de La
Carlota, a leste de Caracas.
"São muitos os militares. A família
militar de uma vez (por todas) deu o passo. A todos aqueles que estão a
ouvir-nos: é o momento, o momento é agora, não só de calma, mas de
coragem e sanidade p