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Venezuela. Grupo de Contacto condena expulsão de embaixadora

por Lusa

Os países do chamado Grupo de Contacto Internacional para a Venezuela, do qual Portugal faz parte, condenaram hoje a decisão do Governo venezuelano de expulsar a embaixadora da União Europeia, considerando que a decisão contraria a necessidade de diálogo.

"Os seguintes membros do Grupo de Contacto Internacional - Chile, Costa Rica, República Dominicana, Equador, União Europeia, França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Panamá, Portugal, Espanha, Suécia e Uruguai - rejeitam a decisão do regime venezuelano de declarar a embaixadora da UE `persona non grata`", afirmam em comunicado conjunto.

A declaração como `persona non grata` e a consequente expulsão da diplomata é "contrária ao diálogo e ao respeito que deve prevalecer nas relações internacionais e só contribuirá para um maior isolamento internacional da Venezuela", acrescentaram.

"Pedimos que situações desta natureza não voltem a acontecer e que se mantenha o espírito de diálogo e colaboração entre o regime venezuelano e a comunidade internacional", sublinharam.

O grupo afirmou ainda que "a única saída para a crise venezuelana é a retoma das negociações políticas, o restabelecimento do diálogo entre as partes e a organização de eleições credíveis e transparentes, de acordo com a Constituição e as leis da Venezuela".

A última embaixadora da União Europeia em Caracas, a portuguesa Isabel Brilhante Pedrosa, deixou a Venezuela na terça-feira, três dias após o prazo dado pelo Governo de Nicolás Maduro para abandonar o país e a ter declarado `persona non grata` em resposta às sanções do bloco comunitário contra 19 venezuelanos.

A expulsão de Brilhante Pedrosa foi ordenada por Maduro em 24 de fevereiro, tendo-lhe dado um prazo inicial de 72 horas, depois prorrogado até terça-feira, a pedido da diplomata, devido à escassez de voos.

Em resposta à expulsão da sua embaixadora, Bruxelas também declarou a chefe da missão da Venezuela junto à UE, Claudia Salerno, `persona non grata`.

No entanto, a decisão da UE não implicou a saída forçada da diplomata venezuelana do território comunitário porque Salerno é também embaixadora na Bélgica e no Luxemburgo.

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