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Venezuela critica EUA por reconhecerem opositor como presidente eleito

por Lusa
Edmundo González Urrutia é reconhecido pelos EUA como presidente eleito da Venezuela Ronald Pena - EPA

O governo venezuelano expressou o seu desacordo com a decisão dos EUA de reconhecerem o opositor Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela.

Segundo Caracas, trata-se de uma decisão ridícula e da repetição de um erro de 2019, quando os EUA reconheceram Juan Guaidó como autoproclamado presidente interino do país, com a intenção de afastar Nicolás Maduro do poder.

"O único sítio de onde não se volta é do ridículo, diz o ditado popular. No entanto, (secretário de Estado norte-americano Antony) Blinken, um inimigo confesso da Venezuela, insiste em fazê-lo de novo, agora com um Guaidó 2.0, apoiado por fascistas e terroristas subordinados à política dos EUA", expressou o ministro dos Negócios da Venezuela, na Threads.

Na mesma rede social, Yván Gil Pinto afirma ainda que, "nos últimos dias do seu governo, (Blinken) deveria dedicar-se a refletir sobre os seus fracassos, livrar-se dos complexos imperiais e coloniais e ir escrever as memórias de como a Revolução Bolivariana o fez morder o pó da derrota, assim como aos seus antecessores".

"Nunca falha o plano literário de mais um Secretário de Estado que se afundou, juntamente com os seus fantoches, a tentar inverter a democracia venezuelana", sublinha.

Os Estados Unidos reconheceram, terça-feira, como presidente eleito da Venezuela, Edmundo González Urrutia, que reclama vitória sobre Nicolás Maduro nas eleições de julho.

A oposição venezuelana e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente.

Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.

 

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