Caracas respondeu, esta quarta-feira, às declarações do presidente norte-americano à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas que decorre em Nova Iorque.
Sobre a crise económica e humanitária venezuelana, o presidente norte-americano acusou o regime de Nicolas Maduro de ter levado à “pobreza extrema” a sua população e que esta é uma “tragédia humana” num país que “era rico em petróleo mas que agora é pobre”.
Porém, a declaração mais polémica veio quando o presidente norte-americano disse à imprensa presente na sede da ONU, à margem de uma reunião com o presidente colombiano, Iván Duque, que o regime de Nicolas Maduro “poderia ser derrotado rapidamente se os militares [venezuelanos] decidirem fazer isso”.
O destaque mediático dado a esta declaração levou o governo venezuelano a responder. Caracas acusou Donald Trump de “promover uma insurreição militar contra o presidente Nicolas Maduro”. Em comunicado, o governo venezuelano expressa “a sua maior rejeição às declarações belicistas e intervencionistas proferidas pelo presidente dos Estados Unidos (…) que têm como objetivo incentivar uma revolução militar no país”.
A Venezuela é um dos países da América Latina com maior número de emigrantes portugueses. Ainda com Hugo Chávez como presidente, a Venezuela entrou numa grave crise socioeconómica que já obrigou milhares de pessoas a fugirem do país. A Venezuela é liderada por Nicolas Maduro desde 2013.