Vaticano sugere que clientes de prostitutas sejam punidos

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O Vaticano sugeriu hoje que sejam punidos os clientes de prostituas afim de combater contra esta "forma de escravidão moderna" que representa "uma ofensa à dignidade humana e uma grave violação dos direitos fundamentais".

"Uma medida eficaz" na luta contra "o comércio de sexo pode provir da associação do código penal à condenação social", escreve o Conselho Pontifical para os emigrantes e os itinerantes num documento intitulado "Orientações para a pastoral da estrada" que será distribuído às paróquias.

"A prostituição é uma forma de escravidão moderna que pode também atingir os homens e as crianças", relembra a Igreja, criticando duramente "os actos de violências que constituem uma ofensa à dignidade humana e uma grave violação dos direitos fundamentais".

O Vaticano debruça-se também, neste documento, sobre o fenómeno das crianças de rua, que actualmente são cerca de "100 milhões de jovens, uma verdadeira urgência social", e sobre o resultado da "desagregação crescente das famílias, de tensões entre os pais ou de comportamentos agressivos, violentos e por vezes perversos para com as crianças".

Para resolver o problema, a Igreja propõe que se passe da "pastoral da espera" à "pastoral do reencontro", ou seja que se vá ao encontro "dos jovens onde estes se encontram, ou seja, nas ruas (...) nas boîtes e discotecas e nas zonas mais `quentes` das metrópoles".

O Vaticano lastima por outro lado que "os pobres já não suscitem compaixão", e enfatiza a "irritação crescente para com os que mendigam".

Apesar de revelar que neste domínio as "respostas pastorais adaptadas não faltam", a Igreja convida os seus fiéis a "irem de encontro às pessoas sem domicílio fixo (...) para combater o isolamento em que estas vivem".

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