Quatro vítimas ficaram em estado crítico, informou o jornal local De Telegraaf citando o relatório policial. O suspeito terá sido dominado em Valkenstraat e também ficou ferido. O esfaqueamento terá ocorrido em vários locais de uma das zonas mais turísticas de Amsterdão.
O incidente ocorreu pouco depois das 15h30 locais, em Saint
Nicolaasstraat, uma zona turística da cidade, que inclui o Palácio Real.
A polícia isolou a área e a praça vizinha de Dam durante cerca de uma
hora e os transportes para a área, a partir da Estação Central de
Amsterdão, foram suspensos.
"Atualmente não temos informações sobre a causa ou o motivo do incidente de esfaqueamento", adiantou a polícia num comunicado inicial, acrescentando que o caso estava sob investigação.
A necessidade de tratar os ferimentos do suspeito atrasou o seu interrogatório, revelou depois numa breve conferência de imprensa, uma hora e meia depois do ocorrido. “A situação está estável neste momento”, assegurou um porta-voz da polícia.
"Esta tarde, por volta das 15h50 (14h50 GMT), ocorreu um esfaqueamento na rua Saint Nicolaasstraat. Quatro pessoas ficaram gravemente feridas.
Foi detido um suspeito, que também ficou ferido", disse um porta-voz da polícia aos jornalistas. “Está a receber tratamento médico e será interrogado posteriormente”, acrescentou.
Um transeunte dominou o suspeito que ficou ferido numa perna, disse a polícia em comunicado no X.
Pelo menos 14 veículos das forças de segurança acorreram ao local do ataque em menos de 15 minutos. Várias ambulâncias foram chamadas e um helicoptero de socorro foi filmado a sobrevoar a área e depois a pousar.
A investigação ainda decorre e não estará prevista mais nenhuma conferência de imprensa esta quinta-feira, de acordo com o De Telegraaf.
"Fiquei em choque"
A polícia pediu para testemunhas e pessoas presentes durante o ataque partilharem quaisquer vídeos e imagens captados durante o sucedido.No momento do ataque decorria na autarquia uma sessão plenária com as autoridades municipais, a qual foi imediatamente interrompida para a presidente da Câmara de Amesterdão, Femke Halsema, acompanhar as investigações ao lado do procurador René de Beukelaer e do chefe de polícia, Peter Holla.
Uma testemunha afirmou ao jornal Algemeen Dagblad que entre as vítimas estão uma rapariga e uma senhora mais velha. "Um rapaz fugiu depois", referiu por seu lado um lojista.
“Foi muito assustador. Os clientes viram uma senhora idosa a ser esfaqueada nas costas. Estava com o marido. Só vi quando a mulher estava deitada no chão. Foi muito perturbador”, referiu o funcionário do estabelecimento.
Uma das testemunhas, Marco Schoenmaeckers, assistiu ao ataque a uma das vítimas. “Vi uma faca de pelo menos 10 centímetros espetada nas costas da menina, entre os ombros”, disse Schoenmaeckers, citado pelo Het Parool.
Um transeunte que fugiu para uma loja próxima depois de testemunhar uma mulher a ser esfaqueada disse ao mesmo jornal que “a mulher caiu no chão. Estou todo a tremer, podia ter sido eu. Fiquei em choque”.
O jornal De Telegraaf citou um porta-voz da polícia que referiu que os agentes receberam um alerta de assalto ao qual responderam imediatamente e sublinhando que, apesar da detenção de um suspeito, era necessário garantir que não havia mais perigo para o público, justificando assim a presença numerosa de agentes na rua onde ocorreu o ataque e a praça vizinha, mesmo depois da conclusão do socorro e das perícias iniciais.
Várias das lojas da área encerraram as portas durante o ataque e as investigações posteriores, e não voltaram a abri-las exceto para deixar sair clientes.