Vários advogados do ex-Presidente norte-americano Donald Trump abandonaram a equipa de defesa a poucos dias do processo de destituição, noticiou a cadeia de televisão CNN e outros `media` dos Estados Unidos.
Cinco advogados, incluindo Butch Bowers e Deborah Barbier que deviam dirigir a equipa dos advogados do milionário norte-americano, renunciaram à defesa na sequência de divergências sobre a direção do caso, indicou no sábado a CNN, que citou fonte anónimas.
A cadeia de televisão norte-americana indicou que Trump pretendia que os advogados continuassem a defender a tese da existência de uma fraude maciça nas eleições presidenciais, ao invés de se concentrarem na legalidade do processo de um processo contra um Presidente que já não se encontra em funções.
"Trabalhámos muito, mas ainda não tomámos uma decisão definitiva sobre a nossa equipa legal. Vamos fazê-lo em breve", escreveu na rede social Twitter Jason Miller, assessor de Donald Trump, em resposta a estas notícias.
O processo de Donald Trump por "incitação à insurreição", na sequência da invasão do Capitólio, em 06 de janeiro, por apoiantes do ex-Presidente, deve começar em 08 de fevereiro.
Para fazer avançar o processo é necessária uma maioria de dois terços, ou seja 67 senadores, mas apenas cinco senadores republicanos afirmaram, até agora, estarem prontos a apoiar os 50 senadores democratas a favor da destituição.
Uma moção de censura, menos grave, requer o voto de pelo menos dez senadores republicanos para ter a possibilidade de ser adotada, o que alguns observadores consideraram ser viável.
Único Presidente norte-americano a ser duas vezes alvo de um processo de destituição, Trump será também o primeiro chefe de Estado visado por este processo depois do final do mandato.
Caso seja condenado, o Senado poderá impedi-lo de voltar a assumir a presidência no futuro, ditando o fim da carreira política.