Em direto
Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

"Vai ser uma era de ouro". Donald Trump reinvidica vitória nas eleições dos EUA

por Rachel Mestre Mesquita - RTP
Reuters

Na altura em que fez o seu discurso, os resultados preliminares já apontavam para uma vitória em toda a linha ao candidato republicano nas presidenciais norte-americanas. Oito anos depois, Donald Trump regressa à Casa Branca na qualidade de 47.º presidente dos EUA.

As assembleias de voto já tinham encerrado em todo o país, com votos ainda por contar em alguns estados-chave a vitória inclina-se para o republicano Donald Trump. Depois de uma campanha eleitoral muito renhida, Donald Trump liderou a corrida na noite eleitoral frente a Kamala Harris e acabou mesmo por conseguir vencer mais do que 270 delegados no Colégio Eleitoral, a maioria necessária para chegar à Casa Branca.

Após a derrota frente a Joe Biden em 2020, que contestou e nunca chegou a reconhecer o candidato republicano voltou a ser eleito pelos norte-americanos.

Numa declaração ao país, a partir da Sala de Convenções de Palm Beach na Flórida, Donald Trump reinvidincou uma vitória histórica nas eleições e prometeu curar o país, que considerou estar doente. "Vamos ajudar o país a curar-se", afirmou no início do discurso.
O magnata norte-americano prometeu "lutar todos os dias por vós" e "não descansar até termos uma América feliz e próspera". "Vai ser uma época de ouro da América", prometeu, salientando que a vitória desta noite é "magnífica para o povo americano e que vai permitir a tornar a America grande de novo!".
Kamala Harris ausente

Já a candidata democrata e vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, não reagiu aos resultados eleitorais durante a madrugada, adiando o seu discurso para o dia seguinte. "Ainda temos votos para contar", declarou Cedric Richmond, co-diretor de campanha de Harris, por volta das 06h00 hora de Lisboa. “Vamos continuar a assegurar que cada voto é contado, que cada voz é ouvida”, adiantou.
Cedric Richmond discursa no comício de Kamala Harris, na Universidade de Howard, em Washington, EUA, a 6 de novembro.
Donald Trump vence Estados decisivos

Os resultados preliminares apontam àquela hora para a vitória do republicano Donald Trump em mais de vinte Estados: Alabama, Arkansas, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Dakota do Norte, Dakota do Sul, Florida, Geórgia, Idaho, Indiana, Iowa, Kansas, Kentucky, Louisiana, Mississippi, Missouri, Montana, Nebraska, Ohio, Oklahoma, Tennessee, Texas, Utah, Virgínia Ocidental e Wyoming.

Trump venceu ainda no distrito 3 do Nebraska. Neste Estado, assim como no do Maine, o método eleitoral é diferente: em vez de atribuir todos os votos eleitorais ao vencedor do voto popular estadual ("winner-takes-all") os votos são divididos, com base no sistema de distrito congressional.

Sem surpresas, o primeiro Estado oscilante a ser conquistado por Donald Trump foi a Carolina do Norte, como apontavam as sondagens. A Carolina do Norte é tradicionalmente difícil para os democratas, apenas Barack Obama conseguiu vencer neste Estado nos últimos 40 anos.

Seguiu-se a conquista do Estado da Geórgia, que tem uma grande população afro-americana e deu a vitória ao antigo presidente norte-americano. Em 2020, o Estado tinha sido conquistado pelos democratas, um resultado questionado por Trump. Minutos antes do discurso, assegurou a vitória na Pensilvânia.

Já a democrata Kamala Harris conquistou os Estados da Califórnia, Colorado, Connecticut, Delaware, Distrito de Colúmbia, Havai, Illinois, Maryland, Massachusetts, Nova Jersey, Nova Iorque, Novo México, Oregon, Rhode Island, Vermont, Virgínia e Washington. Venceu também o distrito 1 do Maine e o distrito 2 do Nebraska. 
Republicanos recuperam controlo do Senado
Além das chaves da Casa Branca, os republicanos também recuperaram o controlo do Senado dos EUA, ao conquistar 51 lugares, numa eleição simultânea em que um terço dos 100 senadores norte-americanos foi a votos, de acordo com a imprensa norte-americana.

Em jogo estavam 34 dos 100 lugares no Senado dos EUA, onde se confirmam os altos cargos do Governo e dos juízes do Supremo Tribunal Federal. 

c/agências 
PUB