Disparos contra o consulado dos Estados Unidos em Istambul, uma explosão junto a uma esquadra na mesma cidade e um ataque à bomba perto da fronteira com a Síria e o Iraque tingiram de sangue a manhã na Turquia.
Ancara declarou a 24 de julho “guerra ao terrorismo”, visando ao mesmo tempo o autoproclamado Estado Islâmico e os separatistas curdos do PKK.
Este atentado teve lugar poucas horas após outros dois ataques em Istambul, com um saldo de pelo menos quatro mortos.
Em Beytussebap, também na província de Sirnak, o disparo de um rocket contra um helicóptero de transporte de tropas matou um soldado turco. O exército retaliou com um bombardeamento efetuado por helicópteros Cobra.
Menos de 24 horas depois de Washington ter posicionado caças F-16 e três centenas de militares em Incirlik, para atacar a partir daquela base turca os combatentes do Estado Islâmico, Istambul foi o cenário de um ataque direto a interesses norte-americanos. Debaixo de fogo
Duas mulheres armadas abriram fogo contra o consulado dos Estados Unidos na principal metrópole económica da Turquia. Ferida na resposta das forças de segurança, uma das atiradoras foi quase de imediato detida, de acordo com os órgãos de comunicação social do país.
A investida contra o consulado foi entretanto reivindicada pela Frente/ Exército Revolucionário de Libertação do Povo, uma organização turca de extrema-esquerda que encara os Estados Unidos como "um inimigo dos povos do Médio Oriente".
Pouco antes, em Sultanbeyli, na margem asiática do Bósforo, um bombista suicida fizera explodir uma viatura armadilhada diante uma esquadra da polícia. Ficaram feridas dez pessoas, entre as quais três agentes.
O bairro de Sultanbeyli foi palco, durante a noite, de uma série de confrontos perto da mesma esquadra. Ao amanhecer, três homens, cuja militância continua por apurar, foram abatidos pela polícia. O gabinete do governador de Istambul confirmoi entretanto a morte de um membro das forças de segurança nesta troca de tiros.
A esmagadora maioria das vagas de bombardeamentos aéreos lançadas pela Turquia desde a declaração da “guerra ao terrorismo” - na sequência de um atentado reivindicado pelo Estado Islâmico - tem-se concentrado em alvos da guerrilha curda. Em dezenas de raids da aviação turca, só três visaram posições dos extremistas islâmicos, segundo dados oficiais.