As universidades asiáticas continuam a ganhar terreno às da Europa, que coloca 91 instituições académicas entre as 200 melhores do mundo, menos oito do que em 2019, indica a classificação mundial 2025 da `"Times Higher Education" (THE).
A tendência é especialmente visível nas universidades da Europa Ocidental, embora a britânica Oxford se mantenha no topo do "ranking" pelo nono ano consecutivo.
O diretor da THE, Phil Baty, alertou que, em geral, as universidades europeias estão a perder terreno para as asiáticas, especialmente as da China, do Japão e da Coreia do Sul.
"As universidades europeias não devem ter dúvidas de que a concorrência no 'ranking' está a aumentar de ano para ano e que esta vem da Ásia, com as universidades da China continental e da Coreia do Sul, em particular, a subirem rapidamente na tabela", explicou Baty, em comunicado.
O responsável sublinhou que todos os anos participam cada vez mais universidades e recomendou que as universidades europeias redobrem esforços "se quiserem manter a posição nos escalões superiores da nossa classificação".
Europeias faem pela vida
O Massachusetts Institute of Technology (MIT) e a Universidade de Stanford, ambas nos Estados Unidos, ocupam o segundo e o terceiro lugares, respetivamente, indicou a publicação britânica.
Nenhuma instituição de ensino superior portuguesa surge entre as 200 melhores.
O Reino Unido e os Estados Unidos completam o resto do top 10, embora a Ásia, pelo segundo ano consecutivo, seja o continente que contribui com mais universidades para a lista, honra que costumava caber à Europa.
Entre as 211 universidades que entraram na lista da THE pela primeira vez desde 2021, 60% são asiáticas, de acordo com a análise.
O estudo indica, por exemplo, que oito das 12 universidades holandesas avaliadas perderam os lugares entre as 200 melhores e o país já não tem nenhuma entre as 50 melhores, enquanto entre as 50 universidades francesas, 19 regrediram e 10 registaram a pior classificação de sempre.
Na 21.ª edição, o Global University Ranking 2025 inclui 2.092 centros - mais 9,7% - de 115 países e regiões, avaliados de acordo com 18 indicadores em áreas como o ensino, a investigação, a transferência de conhecimentos e a internacionalização, assinalou o comunicado de imprensa.