A União Europeia vai investir mais de dez mil milhões de euros para criar uma rede de 290 satélites que rivalize com o Starlink, rede espacial criada por Elon Musk. A intenção é garantir uma nova segurança aos governos e exércitos do bloco europeu numa altura em que a segurança digital é cada vez mais ameaçada.
De acordo com o Guardian, o Reino Unido não faz parte do projeto e ainda não pediu informações sobre o mesmo. Antes do Brexit, os países pertencentes ao Reino Unido tinham acesso ao satélite Galileo mas cortaram os laços após a saída do bloco europeu, mostrando intenção de criar um satélite que rivalizasse com o Galileo.
A União Europeia tem sido abastecida por vários serviços de telecomunicações, o que permite ver televisão, ter Internet, acesso as serviços meteorológicos e vigilância de fronteiras. Depois do Copernicus e Galileo, o Iris2 é o terceiro sistema que a União cria para combater problemas de longo prazo.
As regras europeias permitem que um país fora da União possa fazer parte destes programas de vigilância e cibersegurança mas terá que haver a assinatura de um acordo comercial, sendo que podem tornar-se membros permanentes, consoante o pagamento sistemático à União Europeia.
A União pretende assim lutar contra os alegados cibercrimes que a Rússia tem perpetrado por vários países europeus, desde o início da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022. O projeto vai envolver dois tipos de satélites que orbitem a baixa e média distância da terra.
Espera-se que o projeto tenha o início em 2030 e vai incluir todas as grandes empresas europeias relacionadas com desenvolvimento aeroespacial e de telecomunicações, como a Deutsche Telekom, da Alemanha, ou a italiana Telespazio.