União Europeia e Dinamarca reafirmam integridade territorial da Gronelândia
A União Europeia voltou esta sexta-feira a insistir na soberania e na integridade territorial da Gronelândia, território autónomo do Reino da Dinamarca, após o presidente norte-americano ter voltado ao tema, causando fúria na Gronelândia.
“A UE continuará a defender os princípios da soberania nacional, da integridade territorial e da inviabilidade das fronteiras e a Carta das Nações Unidas”, afirmou a porta-voz da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Segurança, Anitta Hipper.
Em conferência de imprensa, em Bruxelas, Anitta Hipper acrescentou que esses princípios são universais e a UE não deixará de os defender, “tanto mais que está em causa a integridade territorial de um Estado-membro da União Europeia, pelo que a UE apoiará plenamente o Reino da Dinamarca”.Também a Dinamarca veio esta sexta-feira reafirmar que a Gronelândia “não está aberta” à anexação.
“A Gronelândia não está aberta à anexação, quer ao abrigo do tratado da NATO, da Carta das Nações Unidas ou do Direito Internacional”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen.
O presidente norte-americano não desiste da ideia de anexar a Gronelândia e na quinta-feira reafirmou a intenção durante o encontro que manteve na Casa Branca com o secretário-geral da NATO.“É necessário por causa da segurança internacional”, afirmou Trump, com Mark Rutte ao lado, este último manifestamente embaraçado, a responder apenas que não desejava arrastar a NATO para tal discussão.
Quando questionado diretamente pelos jornalistas sobre a possibilidade da anexação, Trump respondeu: “Penso que vai acontecer”.
Desde que tomou posse, a 20 de janeiro, o presidente dos EUA tem insistido nesta ideia em diversas ocasiões. As declarações de quinta-feira sugerem que tenta agora envolver a NATO na tentativa de tomar a Gronelândia.
A resposta do Governo da Gronelândia a Trump
Os comentários de Trump foram recebidos em fúria na Gronelândia. “Basta”, afirmou o ainda primeiro-ministro Mute Egede num post no Facebook, queixando-se de falta de respeito por parte do presidente dos EUA.
Desde que tomou posse, a 20 de janeiro, o presidente dos EUA tem insistido nesta ideia em diversas ocasiões. As declarações de quinta-feira sugerem que tenta agora envolver a NATO na tentativa de tomar a Gronelândia.
A resposta do Governo da Gronelândia a Trump
Os comentários de Trump foram recebidos em fúria na Gronelândia. “Basta”, afirmou o ainda primeiro-ministro Mute Egede num post no Facebook, queixando-se de falta de respeito por parte do presidente dos EUA.
Uma posição assumida também por Jens-Frederik Nielsen, o líder do partido de centro-direita que ganhou as eleições da passada terça-feira. Nielsen sublinhou que as declarações de Trump são “desadequadas” e mostram, mais uma vez, que a Gronelândia tem de estar unida perante este tipo de situações.
À Sky News, explicou de forma clara o que pretende para o futuro. “Nós não queremos ser americanos. Não, não queremos ser dinamarqueses. Queremos ser gronelandeses e ter a nossa própria independência no futuro”, afirmou Nielsen que, com grande probabilidade, será o próximo chefe do governo da Gronelândia.