União Europeia considera vital evitar qualquer "intervenção militar" no Líbano
Os representantes da diplomacia dos Estados-membros da União Europeia estiveram reunidos esta segunda-feira para debater a ameaça de conflito generalizado no Médio Oriente, com uma anunciada incursão terrestre israelita no Líbano.
As palavras de Borrell vão no mesmo sentido das posições dos Estados Unidos e da França, que apelaram a Israel para não lançar uma incursão terrestre no Líbano.
"As armas devem ser silenciadas e a voz da diplomacia deve ser ouvida por todos. Os foguetes do Hezbollah devem parar e a soberania de Israel e do Líbano deve ser garantida", defendeu Borrell, que insistiu num cessar-fogo e na necessidade de evitar uma guerra total no Médio Oriente.
O gabinete do secretário-geral da ONU já veio dizer que António Guterres se opõe determinantemente a "toda e qualquer invasão terrestre" do Líbano. Israel anunciou que esta nova "fase" da guerra contra a milícia xiita libanesa estará para "muito breve". As Nações Unidas anunciaram entretanto que os Capacetes Azuis, estacionados no sul do Líbano para implementar o cessar-fogo israelo-libanês em vigor desde 2006, foram forçados a interromper as suas patrulhas na área.
"A Assembleia Geral das Nações Unidas deveria implementar rapidamente a autoridade para recomendar o uso da força, como fez com a resolução de 1950 Unidos para a Paz, caso o Conselho de Segurança não mostre a necessária determinação", afirmou Erdogan num conselho de ministros do seu gabinete, em Ancara.
Erdogan apelou igualmente os países muçulmanos a adotar medidas económicas, diplomáticas e políticas contra Israel, para pressionar Televive a aceitar um cessar-fogo. Se Israel não for detido, os seus ataques poderão atingi-los em breve, considerou ainda o presidente turco.
Israel avisou segunda-feira o Irão, patrocinador do "eixo de resistência" que inclui o Hezbollah no Líbano, o Hamas em Gaza e os Houthi no Iémen, que nenhum local no Médio Oriente está "para lá do seu alcance".