Varsóvia, 06 jul (Lusa) -- O Comité do Património Mundial da UNESCO, reunido em Cracóvia, considerou não ser necessário inscrever a Grande Barreira de Coral na lista do património em perigo, disse hoje uma porta-voz da instituição.
O Comité notou "com profunda preocupação o branqueamento e a mortalidade do coral que afetaram o bem (a barreira) em 2016 e 2017", mas considerou que a situação não necessita para já de ser registada na lista do património em perigo, segundo a decisão aprovada na quarta-feira e divulgada hoje pela porta-voz do comité, Anika Paliszewska.
As iniciativas tomadas pela Austrália para preservar a barreira de coral, no quadro do "Plano de durabilidade a longo termo Recife 2050", foram saudadas pelo Comité da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
O organismo manifestou o "seu apreço pelos esforços significativos feitos por todos os envolvidos na aplicação" do plano, "encorajando o Estado parte (a Austrália) a acelerar os esforços para se assegurar de que os objetivos fixados no plano para médio e longo prazo são atingidos, o que é essencial para a resiliência geral do bem".
A Grande Barreira de Coral australiana, declarada Património da Humanidade pela UNESCO em 1981, é composta por milhares de recifes e centenas de atóis de coral.
É ameaçada pela proliferação das estrelas do mar "Acanthaster planci", conhecidas como coroa-de-espinhos, predadoras de coral, e sofreu recentemente dois graves episódios consecutivos de branqueamento dos seus corais atribuídos ao aquecimento global.