O chefe da diplomacia da União Europeia (UE) indicou hoje que os Estados-membros do bloco comunitário já forneceram 220 mil munições e 1.300 mísseis à Ucrânia, número que deverá aumentar até ao final de maio.
"Nos últimos dias, o número de munições fornecidas à Ucrânia subiu para 220 mil munições para a artilharia ucraniana de diferentes calibres e 1.300 mísseis", disse Josep Borrell, em conferência de imprensa no final de uma reunião dos ministros da Defesa da UE, em Bruxelas.
"Pedimos aos Estados-membros que fornecessem munições que tinham já disponíveis", salientou o Alto Representante para a Política Externa e de Defesa da UE, adiantando que fará "todo o possível" para que, até ao final de maio, se consiga o objetivo de fornecer um milhão de munições, conforme acordado.
Borrell salientou também que os centros de treino na UE formaram já 20 mil militares ucranianos e, até ao final do ano, este número chegará aos 30 mil, "o dobro do previsto".
Em meados de abril, o Conselho da UE adotou uma verba de mais mil milhões de euros ao abrigo do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz (MEAP) para entregar munições às Forças Armadas ucranianas, sendo que, somando esta verba com as sete parcelas anteriores, o total da contribuição ascendia a 4,6 mil milhões de euros.
O MEAP foi criado em 2021 para apoiar parceiros da UE nas áreas militar e da defesa, com o principal objetivo de prevenir os conflitos, preservar a paz e reforçar a segurança e a estabilidade internacionais.
A invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).