Os presidentes das instituições da União Europeia (UE) felicitaram hoje o ex-primeiro-ministro holandês Mark Rutte pelo início de funções como secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), esperando uma cooperação aprofundada com o bloco comunitário.
"Felicito Mark Rutte por ter assumido o cargo de secretário-geral da NATO. Uma cooperação aprofundada entre a UE e a NATO é vital no nosso ambiente global em evolução", escreveu o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).
"A sua liderança surge num momento crucial para a segurança transatlântica e estou confiante de que é a pessoa certa para enfrentar este desafio com êxito", adiantou o responsável belga.
O ex-primeiro-ministro holandês Mark Rutte iniciou hoje funções como secretário-geral da NATO, substituindo Jens Stoltenberg, que encabeçou a Aliança Atlântica nos últimos 10 anos, em pleno cenário de agravamento das tensões geopolíticas.
Também no X, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, saudou Mark Rutte e agradeceu a Jens Stoltenberg pela sua liderança entre 2014 e 2024.
"Numa altura em que a NATO vê mudar o seu leme, quero agradecer a Jens Stoltenberg por uma década de empenho inabalável na segurança mundial. Estou confiante de que a liderança e a tenacidade de Mark Rutte só irão reforçar a unidade UE-Atlântico", indicou Roberta Metsola.
Por seu lado, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou no X que a liderança do holandês "será crucial para o papel da Aliança na segurança euro-atlântica e para o apoio inabalável à Ucrânia".
"Vamos reforçar ainda mais a parceria UE-NATO", adiantou Ursula von der Leyen.
Mark Rutte vai iniciar funções numa altura em que as tensões geopolíticas estão no nível mais elevado dos últimos anos.
Não só a guerra na Ucrânia continua, a caminho dos três anos de conflito, sem grandes avanços de parte a parte e sem perspetiva real de um cessar-fogo, como o conflito no Médio Oriente poderá alastrar, com os recentes confrontos entre Israel e o Hezbollah no Líbano.
Para início de mandato, o novo secretário-geral da NATO terá de assegurar que o financiamento dos países do bloco continua a aumentar, para que o limite de investimento de 2% do Produto Interno Bruto em defesa seja o mínimo e que haja cada vez mais contingentes preparados para intervir.
Em simultâneo, depois de 05 de novembro, a NATO poderá de ter de perspetivar o regresso de Donald Trump à Casa Branca e o seu ceticismo em relação à Aliança Atlântica, que no passado chegou a ameaçar com a saída dos Estados Unidos da América.