O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel afirmou esta segunda-feira que a União Europeia deve estar pronta para integrar novos membros "até 2030", numa conferência de imprensa realizada em Bled, na Eslovénia. Cinco países dos Balcãs Ocidentais - Albânia, Bósnia, Macedónia do Norte, Montenegro e Sérvia - a Ucrânia e a Moldávia são candidatos à adesão.
Atualmente, cinco países dos Balcãs Ocidentais, assim como a Ucrânia e a Moldávia aguardam a integração no bloco europeu. Para além da Turquia, também país candidato cujas negociações de adesão foram congeladas em 2018.
Segundo Charles Michel, o alargamento da União Europeia “é ambicioso, mas necessário. Mostra que estamos a falar a sério”, disse numa reunião com dirigentes dos países dos Balcãs Ocidentais.
"Se quisermos ser credíveis, temos de falar de um calendário", acrescentou.
Apesar da discussão sobre o alargamento da União Europeia estar prevista na agenda das próximas cimeiras - onde deverá ser discutido pelos dirigentes dos 27 estados-membros – alguns dos países candidatos dos Balcãs Ocidentais estão em negociações há mais de dez anos.
"A lentidão dos progressos na aproximação à UE desiludiu muitas pessoas, tanto na região como na UE", reconheceu Charles Michel.
A próxima cimeira UE-Balcãs Ocidentais deverá realizar-se em “simultâneo com o Conselho Europeu”, entre os dias 14 e 15 de dezembro, anunciou durante o evento.
Momento em que também deverão abrir as negociações de adesão com a Ucrânia e a Moldávia - países a quem foi concedido o estatuto de candidato em junho 2022 - alguns meses após o início da invasão russa na Ucrânia. É esperado que a Comissão Europeia apresente as suas recomendações a propósito desta questão no outono.
"A integração de novos membros na nossa União não será fácil. Afetará as nossas políticas, os nossos programas e os seus orçamentos. Será necessária uma reforma política e coragem política", admitiu.
O presidente do Conselho Europeu disse que “concorda plenamente” com o presidente francês, Emmanuel Macron, quanto à necessidade de a União Europeia se reformular antes do próximo alargamento.
Sugerindo uma nova abordagem de “integração gradual”, decidida pelos 27 Estados-membros, que permita aos países candidatos que se considerem preparados participarem em determinadas políticas europeias, como a defesa e a segurança, mesmo que não tenham cumprido todas as condições para aderir ao bloco.
c/ agências
Tópicos