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Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

UE condena ataque a mercado e pede responsabilização dos crimes de guerra russos

por Lusa

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE) condenou na sexta-feira o ataque mortal da Rússia contra um supermercado na cidade ucraniana de Kostiantinivka (leste), defendendo a "responsabilização por este e outros crimes de guerra".

"A Rússia voltou a atacar civis ucranianos, atacando um movimentado supermercado em Kostyantynivka, na região de Donetsk. Apoiamos a responsabilização por este e outros crimes de guerra russos", defendeu Josep Borrell, numa nota na rede social X.

O alto representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança da UE frisou também que a Ucrânia precisa "agora de mais apoio militar para proteger as suas cidades, civis e infraestruturas".

Pelo menos dez pessoas morreram neste ataque russo, segundo o mais recente balanço divulgado na sexta-feira pelo Ministério do Interior ucraniano.

Segundo aquele departamento governamental, que divulgou a informação através da plataforma Telegram, o número de vítimas mortais poderá aumentar, uma vez que prosseguem as operações de busca e salvamento. Pelo menos 35 pessoas sofreram ferimentos, de acordo com a mesma fonte.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, garantiu também que a Rússia deve ser "responsabilizada" pelo "terror" que causa e que o Governo ucraniano fará todo o possível para garantir que a comunidade internacional continue a apoiar a Ucrânia.

Já a coordenadora humanitária da ONU para a Ucrânia condenou o ataque, alertando que "os civis pagam o preço mais alto nesta guerra".

Kostiantynivka, uma cidade industrial com cerca de 67 mil habitantes antes da invasão russa, está localizada a cerca de 13 quilómetros da frente de combate.

O ataque russo surgiu pouco depois de, na madrugada de sexta-feira, uma ofensiva com `drones` (aparelhos não tripulados) ucranianos, já assumida por Kiev, ter provocado um incêndio numa base militar na região russa de Lipetsk, a 300 quilómetros da fronteira com a Ucrânia.

A informação sobre a incursão ucraniana foi avançada pelo governador regional, Igor Artamonov.

Horas antes, o Ministério da Gestão de Emergências regional tinha indicado estar em curso "um incêndio num aeródromo militar na região de Lipetsk".

Outro ataque de `drones` ucranianos foi relatado na região de Belgorod, perto da fronteira com a Ucrânia.

Também na cidade de Sebastopol, na península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, o governador Mikhail Razvojaïev anunciou ataques de `drones` aéreos e marítimos.

A região de Kursk, vizinha do município de Lipetsk e que faz fronteira com a Ucrânia, enfrenta desde terça-feira uma incursão ucraniana.

Mais de mil soldados ucranianos e dezenas de veículos blindados estão envolvidos no ataque, lançado de surpresa, avançou o Estado-Maior russo, que disse estar a fazer tudo para os repelir.

Moscovo reivindicou, entretanto, ter abatido 945 militares ucranianos desde o início da incursão, número não confirmado por fontes independentes e ainda por comentar pelas autoridades de Kiev.

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