Com estas sanções, a UE impede a Rússia de aceder aos mercados de capitais mais importantes, afetando 70 por cento do mercado bancário russo. As sanções vão visar também algumas das principais empresas estatais russas.
"Estas sanções aumentarão os custos de empréstimo da Rússia, aumentarão a inflação e desgastarão gradualmente a base industrial russa", explicou a responsável.
Em termos energéticos, e numa altura em que a UE é bastante dependente energeticamente da Rússia, haverá uma
"limitação à exportação que atingirá o petróleo, impossibilitando a Rússia de modernizar as suas refinarias de petróleo".
Andrea Neves, correspondente da Antena 1 em Bruxelas
Este ponto específico deu receitas de exportação à Rússia no valor de 24 mil milhões de euros em 2019, adiantou a presidente da Comissão Europeia.
Será também proibida a venda de "peças sobressalentes e equipamento aeronáutico às companhias aéreas russas, o que degradará o setor chave da economia russa e a conectividade do país".
"A nossa unidade é a nossa força"
Outro ponto das limitações nas exportações é a da limitação do acesso por parte da Rússia "a tecnologia fundamental", como os semicondutores.
Sobre os vistos, os diplomatas e grandes homens de negócios deixarão de ter acesso à União Europeia.
A presidente da Comissão Europeia destacou que estas sanções terão "o máximo impacto na economia russa e na elite política", esta última com a restrição de depósitos. "Os grandes empresários russos deixam assim de "continuar a esconder o seu dinheiro em portos seguros na Europa", adiantou.
Ursula von der Leyen diz que estas sanções foram adotadas em coordenação com parceiros e aliados, como o Reino Unido e Estados Unidos.
"A nossa unidade é a nossa força. O Kremlin sabe disso e tentou o seu melhor para nos dividir, mas falhou completamente e conseguiu exatamente o oposto: estamos mais unidos do que nunca e estamos determinados", afirmou.