Ucrânia. UE pede criação de tribunal para crimes de guerra após descoberta de corpos em Izium
Depois de mais de 440 corpos terem sido descobertos na cidade ucraniana de Izium, muitos com sinais de tortura, a República Checa, que ocupa atualmente a presidência rotativa da União Europeia, pediu a criação de um tribunal internacional para crimes de guerra.
Entre os corpos descobertos estão militares vítimas dos combates, mas também muitos civis. Corpos de crianças também foram encontrados.
Muitos dos corpos, descobertos numa zona florestal, mostram sinais visíveis de tortura. Segundo os investigadores, alguns corpos exumados estavam com as mãos amarradas nas costas ou com cordas no pescoço.
"No século XXI, esses ataques à população civil são impensáveis e hediondos", disse o ministro checo dos Negócios Estrangeiros, Jan Lipavsky, na sua conta do Twitter.
"Não devemos ignorá-lo. Somos pela punição de todos os criminosos de guerra", acrescentou, insistindo: “peço o rápido estabelecimento de um tribunal internacional especial que processará o crime de agressão".
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que o mundo tem de reagir a este massacre, afirmando que “a Rússia repetiu em Izium aquilo que fez em Bucha”, a cidade nos arredores de Kiev, onde em abril foram encontrados centenas de corpos de civis com sinais de tortura e de aparentemente trem sido executados.
I call for the speedy establishment of a special international tribunal that will prosecute the crime of aggression.
— Jan Lipavský (@JanLipavsky) September 17, 2022
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que o mundo tem de reagir a este massacre, afirmando que “a Rússia repetiu em Izium aquilo que fez em Bucha”, a cidade nos arredores de Kiev, onde em abril foram encontrados centenas de corpos de civis com sinais de tortura e de aparentemente trem sido executados.
A Casa Branca também já reagiu, acusando Moscovo de um ato “horrível” e “repugnante”.
A Organização das Nações Unidas (ONU) já anunciou que vai investigar as circunstâncias da morte das cerca de 445 pessoas.
A Ucrânia, apoiada por uma comissão da ONU e investigadores internacionais, acusa Moscovo de crimes de guerra.
c/agências