A invasão russa da Ucrânia causou mais de um milhão de refugiados, na primeira semana do conflito, informou o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
"Para muitos milhões mais, dentro da Ucrânia, é tempo de as armas se calarem, para que possa ser prestada assistência humanitária que salve vidas", acrescentou.
Grandi irá avaliar a situação dos refugiados numa visita à Roménia, Moldova e Polónia, três dos países que estão a acolher os refugiados, para assegurar o apoio dos governos ao ACNUR, adiantou.
Mais de metade dos refugiados já chegou à Polónia e alguns milhares a países terceiros, como a República Checa, onde existe uma grande comunidade ucraniana.
Numa mensagem publicada na rede social, Grandi disse que, desde do início da invasão russa, o número de refugiados "está a crescer exponencialmente, hora a hora" e que nos 40 anos em que tem trabalhado com refugiados nunca viu "um crescimento tão rápido no êxodo de uma população".
"Até que o conflito cesse, os ucranianos continuarão a fugir", salientou, reiterando a estimativa de que esta crise poderá resultar em quatro milhões de refugiados.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades.