Ucrânia está num caminho "irreversível" para a NATO, afirmam seis países europeus
Os chefes da diplomacia de seis países europeus reafirmaram esta quinta-feira o seu apoio à Ucrânia no caminho "irreversível" para a adesão à Aliança Atlântica, considerando que "a paz na Ucrânia e a segurança na Europa são inseparáveis".
Os seis países europeus acrescentam que querem dar à Ucrânia “garantias de segurança para qualquer dificuldade, incluindo forças militares fiáveis e de longo prazo”, bem como apoio financeiro.
“Não pode haver negociações de paz na Ucrânia sem os ucranianos e sem os europeus ao seu lado”, lê-se ainda na declaração conjunta, citada pela agência France Presse.
Insistem também na necessidade de reforçar as capacidades de defesa na União Europeia e assinalam que “a paz na Ucrânia e a segurança na Europa são inseparáveis”.
“Convite é necessário à nossa sobrevivência”Este encontro acontece numa altura em que aumentam as hipóteses de eventuais conversações entre Moscovo e Kiev, quando falta pouco mais de um mês para a tomada de posse de Donald Trump.
Os Estados Unidos têm sido decisivos no apoio cedido à Ucrânia desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, mas muito poderá mudar com a chegada do novo presidente à Casa Branca.
Nas últimas semanas, Volodymyr Zelenksy tem insistido na importância de um caminho para a integração na Aliança Atlântica, enquanto vários países alertam para os riscos de um conflito direto com Moscovo, caso tal adesão aconteça.
No início de dezembro, por ocasião da visita a Kiev de António Costa, presidente do Conselho Europeu, e Kaja Kallas, chefe da diplomacia europeia, o presidente ucraniano vincou que o “convite para aderir à NATO é necessário para a nossa sobrevivência”.
Dias depois, o Kremlin alertou que a eventual adesão da Ucrânia à NATO constituiria uma ameaça "inaceitável" e mesmo "ameaçador" para a Rússia, posição que tem veiculado desde o início do conflito.
De recordar que a Finlândia e a Suécia foram os dois países que aderiram mais recentemente à Aliança Atlântica. Ambas as nações escandinavas, vizinhas de Moscovo, romperam com décadas de neutralidade na sequência da invasão russa da Ucrânia.
(com agências)