Alemanha, França e Polónia estão "unidas" no objetivo de preservar a paz na Europa, declarou hoje o chanceler alemão Olaf Scholz ao receber em Berlim os presidentes francês e polaco, Emmanuel Macron e Andrzej Duda, para abordar a crise ucraniana.
A manutenção da paz deve ser garantida "através da diplomacia e por mensagens claras, e ainda pela vontade comum de agir em conjunto", declarou o chanceler em conferência de imprensa conjunta antes de um jantar de trabalho com os presidentes francês e polaco.
"A nossa avaliação da situação na Ucrânia é idêntica", acrescentou, numa antecipação das conversações que vão manter, e após o regresso do chanceler alemão de Washington, onde se reuniu com o Presidente dos EUA Joe Biden.
Os três países exercem atualmente as presidências rotativas da União Europeia (UE), por parte da França, do G7 (Alemanha), e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), por parte da Polónia.
Scholz também voltou a apontar que qualquer ataque à integridade territorial ucraniana terá uma resposta "contundente", em termos de sanções económicas e políticas, mas sem precisar a sua amplitude.
Por sua vez, Andrzej Duda considerou ser possível evitar uma nova escalada no conflito russo-ocidental em torno da Ucrânia e que os europeus, pelos seus esforços comuns, vão conseguir "evitar a guerra".
"Hoje, e como disse, a nossa principal tarefa é que possamos evitar a guerra, e penso que o conseguiremos", declarou na presença de Scholz e Macron.
Duda também destacou a necessidade de proteger a integridade territorial da Ucrânia, um país que apesar de não integrar a UE e a NATO "precisa do apoio" dos três países.
Já o chefe do Eliseu -- que na segunda-feira se reuniu em Moscovo com o seu homólogo russo Vladimir Putin e hoje manteve conversações em Kiev com o Presidente Volodymyr Zelenski --, assinalou a necessidade de prosseguir um "diálogo exigente" com a Rússia.
"Devemos encontrar as vias e meios de promover um diálogo exigente com a Rússia (...)", declarou Macron.
"O recomeço deste diálogo é o único caminho que tornará possível a paz na Ucrânia", assegurou.