Em direto
Incêndios em Portugal. A situação ao minuto

Ucrânia abateu cinco mísseis e 60 drones durante ataque noturno da Rússia

por RTP
Dnipropetrovsk Regional State Administration via EPA

A Força Área ucraniana revelou esta terça-feira que abateu cinco mísseis e 60 drones lançados pela Rússia durante um ataque noturno. Os sistemas de defesa área da região de Kiev foi acionado várias vezes durante a noite. Quatro pessoas morreram e 16 ficaram feridas na sequência da incursão das forças de Moscovo.

"Na noite de 26 para 27 de agosto de 2024, as tropas de engenharia de rádio da Força Aérea detetaram e rastrearam 91 naves de ataque inimigas", disse o comandante da Força Aérea Ucraniana, Mykola Oleshchuk, em comunicado no Telegram.

Entre os mísseis lançados pela Rússia estão três mísseis hipersónicos Kinzhal que não puderam ser intercetados, segundo a Força Aérea ucraniana.A dimensão dos ataques desta terça-feira e o seu impacto total não foram conhecidos de imediato, mas a Força Aérea ucraniana disse ter registado o lançamento de vários grupos de drones e a descolagem de campos de aviação russos de bombardeiros estratégicos Tu-85 e aviões interoceptores supersónicos MiG-31.

Durante a última noite, a Rússia lançou dez mísseis e 81 drones. O ataque desta noite segue-se ao de segunda-feira no qual foram lançados mais de 200 mísseis e drones

Os sistemas de defesa aérea da região de Kiev foram acionados várias vezes durante a noite para repelir os ataques das forças de Moscovo que visavam a capital ucraniana, afirmou a administração militar da região no Telegram.

O Presidente ucraniano já lamentou a existência de vítimas mortais no ataque russo desta madrugada. “Infelizmente, apesar do trabalho eficaz da nossa defesa aérea, quatro pessoas foram mortas e 16 ficaram feridas”, afirmou Volodymyr Zelensky no Telegram.

Os crimes contra a humanidade não podem ser cometidos impunemente”, acrescentou, acusando Moscovo de atacar ‘civis e infraestruturas’.


Segundo Zelensky, “as operações de salvamento estão a decorrer nos locais dos ataques e da queda de destroços nas regiões da Ucrânia que foram atacadas pela Rússia ontem à noite”.

O último ataque mortal a Kiev tinha sido a 8 de julho, quando um míssil russo atingiu um centro pediátrico, matando cerca de 40 pessoas.Duas pessoas morreram quando um hotel foi “destruído” na cidade de Kryvyi Rih, no centro da Ucrânia, disseram autoridades regionais. As outras duas foram vítimas de ataques com drones na cidade de Zaporizhzhia, a leste de Kryvyi Rih.

Kryvyi Rih, Kiev e as regiões central e oriental da Ucrânia estiveram sob alerta de ataques aéreos durante a maior parte da noite.

Segundo Serhiy Lisak, governador da região de Dnipropetrovsk, onde Kryvyi Rih está localizada, dois civis ainda podem estar sob os escombros do hotel, e cinco pessoas ficaram feridas. Seis lojas, quatro prédios e oito carros também ficaram danificados, acrescentou.

Em Zaporizhzhia, quatro pessoas ficaram feridas durante a noite, avançou Ivan Fedorov, governador da região de Zaporizhzhia, no Telegram. O ataque com um drone Shahed destruiu várias habitações na região.
Segundo dia de ataques massivos
Na segunda-feira, a Rússia tinha lançado mais de 200 mísseis e drones, matando pelo menos sete pessoas e danificando infraestruturas de energia.

Vários bloguistas militares russos consideram os ataques de Moscovo como um “ato de retaliação” pela surpreendente incursão da Ucrânia no território da Rússia - a primeira ação deste tipo desde a Segunda Guerra Mundial.

O Kremlin nega ter como alvo civis na guerra que o presidente Vladimir Putin lançou contra o vizinho mais pequeno da Rússia com uma invasão em grande escala em fevereiro de 2022.

O Ministério da Defesa russo disse que seus ataques na segunda-feira atingiram “todos os alvos designados” na infraestrutura de energia da Ucrânia.

Desde o início da sua invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, a Rússia tem bombardeado regularmente as infraestruturas energéticas do país vizinho, obrigando as autoridades russas a racionar a eletricidade, especialmente durante os períodos de maior calor.

c/agências
PUB