Uma antiga empregada do Twitter apanhada na onda de despedimentos que Elon Musk ordenou na última semana disse na rede social que vai colocar a empresa em tribunal: Shennan Lu, grávida de seis meses, fez questão de explicar as razões na rede social. As publicações foram então apagadas, tal como a conta de Lu.
“Definitivamente, há aqui discriminação. Por isso, vou lutar. A minha abnegação levou-me a grandes níveis nos últimos trimestres e sei, de facto, que outros responsáveis homens que não tiveram estes resultados ficaram”, continuou Lu. “Vemo-nos em tribunal”.
As publicações de Shennan Lu levaram a muito interesse por parte dos utilizadores do Twitter e logo depois a conta da antiga funcionária da empresa desapareceu, não se sabendo se se encontra offline ou se apagou definitivamente a conta.
As publicações levaram muitos utilizadores a falarem diretamente com a conta de Musk para explicar que é este tipo de situações que está a afastar patrocinadores da rede social. Lu começou a trabalhar no Twitter em janeiro, tendo no currículo posições similares tanto no Facebook (agora Meta) e na Comcast.
Outros trabalhadores despedidos também utilizaram o Twitter para anunciar que estão de saída da empresa. O New York Post noticiou há pouco tempo o despedimento de uma outra empregada, responsável pelo Marketing em São Francisco, que saiu apesar de estar grávida de oito meses.
Um grupo de trabalhadores despedidos já se juntou e já colocou a empresa em tribunal, alegando que Elon Musk falhou em avisar previamente os empregados dos despedimentos. Há poucos dias, o novo dono do Twitter disse que a decisão de se despedir se prende com as perdas financeiras que a rede social tem tido.
“Em relação aos despedimentos no Twitter, infelizmente não há outra opção porque a empresa está a perder cerca de quatro milhões de euros por dia”, tweetou Musk. “A todos os que saíram foi oferecida uma indemnização de três meses o que é 50 por cento a mais do que é legalmente exigido”.
Apesar dos despedimentos, o Twitter está a agora a falar com alguns dos empregados que diz terem sido despedidos por erro. A empresa percebeu que se trata de cargos necessários para o funcionamento do Twitter e está a pedir a alguns para que regressem.
