O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse na quinta-feira à noite ao chefe da diplomacia norte-americana, Anthony Blinken, que a Turquia "nunca permitirá fraqueza na luta contra o Estado Islâmico" após a queda de Bashar al-Assad.
"Como o único país da NATO que lutou corpo a corpo contra o Daesh, a Turquia impedirá os esforços do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão, considerado um movimento terrorista pelas autoridades turcas) e das suas extensões para transformar a situação no terreno numa oportunidade e nunca permitirá fraqueza na luta contra o ISIS [Estado Islâmico]", é referido num comunicado de imprensa da presidência turca.
O presidente turco disse também que a "Turquia tomará medidas preventivas principalmente para a sua própria segurança nacional contra todas as organizações terroristas... que operam na Síria e constituem uma fonte de ameaça" para o país.
Blinken chegou à capital turca na quinta-feira e encontrou-se com o presidente turco no átrio do aeroporto.
O chefe da diplomacia americana, Anthony Blinken, iniciou hoje de manhã uma reunião com o seu homólogo turco, Hakan Fidan.
Na quinta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou que a Síria tem de evitar que o grupo `jihadista` o Estado Islâmico ressurja no país, num momento de transição depois da queda do regime de Bashar al-Assad.
"Queremos evitar que surjam novos conflitos na Síria, num momento em que queremos ver esta transição para um governo interino e para um novo rumo na Síria", disse Blinken à imprensa a partir da Jordânia.
Citado pela agência espanhola Efe, Antony Blinken considerou que as Forças Democráticas Sírias, que têm o apoio dos Estados Unidos, são "fundamentais" para "garantir que o ISIS [Estado Islâmico] não se levante novamente", depois da derrota territorial na Síria em 2019.
Blinken lembrou ainda que os curdos sírios também são responsáveis pela proteção dos centros de detenção "onde milhares de combatentes terroristas estrangeiros foram detidos durante anos", impedindo-os de se juntarem àquele grupo `jihadista`.
Blinken esteve na Jordânia reunido com o rei Abdullah II da Jordânia e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Ayman Safadi, a quem garantiu o apoio norte-americano a uma transição política que "conduza a um governo sírio responsável e representativo".