Turista espanhol assassinado no Rio de Janeiro ao tentar impedir assalto
Um turista espanhol morreu sábado no Rio de Janeiro depois de alvejado com um tiro na nuca, durante uma tentativa de assalto numa zona turística da segunda maior cidade do Brasil, anunciou hoje a polícia.
Juan Carlos Roncero, 34 anos, foi atingido sexta-feira quando, acompanhado pela esposa brasileira e por dois amigos alemães, tentou resistir a um roubo perpetrado por jovens marginais no Aterro do Flamengo, na zona sul do Rio de Janeiro, frente à Baía de Guanabara.
Apesar de internado de urgência no hospital Souza Aguiar, o jovem espanhol, que trabalhava como cozinheiro na Suíça, entrou em coma com paragem cerebral e não resistiu aos ferimentos.
A polícia deteve três dos quatro assaltantes mas o responsável pelo assassinato do cidadão espanhol continua a monte, sabendo-se apenas que é menor de 17 anos.
Os assaltantes, com passado ligado ao tráfico de drogas e menores, tentaram roubar as máquinas fotográficas do grupo em que seguia Carlos Roncero.
A morte do jovem espanhol ocorre três dias depois das autoridades policiais do Rio de Janeiro terem anunciado medidas especiais de segurança para proteger os turistas que visitam a cidade durante o Verão na sequência do aumento de criminalidade em zonas turísticas.
A polícia prometeu colocar mais agentes nas ruas e montar um sistema de câmaras para controlar os movimentos de marginais.
Há uma semana uma turista japonesa de 61 anos foi esfaqueada junto ao Hotel Copacabana, no bairro do mesmo nome, encontrando- se internada em estado grave num hospital da cidade.
Na mesma altura, 14 outros turistas foram roubados nas praias de Copacabana e Ipanema.
As autoridades turísticas do Rio de Janeiro alertaram os turistas para que não se desloquem nas ruas com jóias, máquinas fotográficas, dinheiro e documentos para não chamarem a atenção dos criminosos.
O jornal "O Globo", do Rio de Janeiro, escreveu sábado que um grupo de chilenos foi roubado na mesma zona turística.
As autoridades policiais indicaram que a maioria dos crimes registados nas zonas turísticas do Rio de Janeiro é da responsabilidade de grupos de menores marginais que habitam as favelas que circundam a cidade, onde vivem cerca de um milhão e meio de pessoas.