A nova aplicação para smartphones criada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está já a ser testada por cerca de 500 pessoas. A chamada "Truth Social" chega um ano depois de o antigo líder norte-americano ter sido banido do Facebook, YouTube e Twitter, a sua rede social de eleição.
A rede social permite que os seus utilizadores publiquem "truths" ("verdades"), tal como o Twitter possibilita a publicação de "tweets". Até ao momento, a app não deixa que publicações sejam editadas e não apresenta publicidade. Em breve passará a incluir a funcionalidade de envio de mensagens entre utilizadores.
O diretor-executivo da TMTG, Devin Nunes, apontou para final de março a data do lançamento da Truth Social.
Resta saber se as promessas de ausência de censura vão possibilitar que a aplicação seja instalada em smartphones com sistemas operacionais Android (da Google) e iOS (da Apple), uma vez que podem não ser compatíveis com as políticas dessas duas empresas.
Segundo a agência Reuters, os cerca de 500 utilizadores convidados a testar a app na sua versão beta têm feito publicações na nova rede social desde quarta-feira.
Um dos participantes nesta fase de testes, Wayne Dupree, é empresário e apresentador de um podcast conservador. "Consigo imaginar a minha utilização da Truth Social a ultrapassar a do Twitter, porque me parece que lá não serei suprimido como tem acontecido no Twitter desde 2016", afirmou à Reuters.
Liz Willis, jornalista da estação conservadora RSBN, partilhou no Twitter uma imagem com o perfil de Donald Trump na sua nova rede social, que esteticamente se assemelha ao próprio Twitter, de onde o ex-presidente foi expulso.
TRUTH Social (beta) has dropped and President Trump is active on his own account!
— Liz Willis (@LizWillis_) February 15, 2022
The world is healing. 🙌🏻 pic.twitter.com/58klKutxay
"Preparem-se! O vosso presidente favorito vai ver-vos em breve!", escreveu o antecessor de Joe Biden na sua primeira publicação na Truth Social.
Na quarta-feira, a conta de Trump na sua recém-criada rede social reunia já 317 seguidores. No Twitter, à data da eliminação da sua conta, o antigo ocupante da Casa Branca possuía 88 milhões de seguidores.
Fora os detalhes divulgados sobre a app, a empresa de Donald Trump continua envolta em secretismo e tem merecido um olhar cético por parte de especialistas da área de tecnologia e comunicações.