O ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse, no domingo à noite, que quer garantir a nomeação como candidato presidencial republicano já na terça-feira, na primeira das eleições primárias republicanas, em New Hampshire.
Num comício em Rochester, a maior cidade do Estado do nordeste norte-americano, Trump apelou aos apoiantes para votarem em massa e "fixarem novos recordes" na primeira das eleições primárias republicanas, marcada para terça-feira.
O republicano, de 77 anos, voltou a elogiar o governador da Florida, Ron DeSantis, que horas antes se retirou da corrida para as eleições primárias republicanas, apoiando Donald Trump.
"Só quero agradecer a Ron e dar-lhe os parabéns por fazer um excelente trabalho", disse Trump, no início do comício, descrevendo o rival como "uma pessoa realmente incrível". "Também estou ansioso para trabalhar com Ron", acrescentou.
DeSantis chegou a ser considerado um forte opositor a Trumo, mas este domingo o próprio veio admitir que "não tinha um caminho claro para a vitória".
"Se houvesse algo que eu pudesse fazer para produzir um resultado favorável - mais paragens de campanha, mais entrevistas - eu faria", acrescentou, ao terminar a sua campanha de sete meses.
Ataque à única opositora
O ex-Presidente passou mais tempo a atacar a única rival que permanece na corrida, Nikki Haley, que nomeou embaixadora junto da ONU em 2017, acusando-a de ser uma fantoche do aparelho político que ele prometeu desmantelar.
Trump descartou a possibilidade de escolher Haley como candidata a vice-presidente: "Ela é inelegível".
Também no domingo, Haley alegou que Trump está a mostrar sinais de declínio mental, depois do ex-Presidente a ter alegadamente confundido com um político democrata.
"Não está no mesmo nível de 2016. Acho que podemos ver parte desse declínio", disse Haley à televisão norte-americana CBS, acrescentando que o magnata é "um íman" que atrai "o caos".
New Hampshire, terça-feira
As primárias republicanas vão testar a liderança de Trump num estado em que venceu por uma margem confortável nas primárias de 2016, mas que tem um eleitorado consideravelmente mais moderado do que aquele que lhe proporcionou uma grande vitória nos `caucus` do Iowa, a 15 de janeiro. New Hampshire é o segundo de uma série de batalhas "estado a estado" para escolher o candidato republicano.
Um `caucus` é uma reunião de pessoas com interesses ou objetivos comuns, que pode repetir-se em diversos locais nos estados onde decorrem, com os participantes a discutir assuntos partidários em que indicam a preferência por um candidato presidencial para representar o partido nas eleições de novembro.
Três sondagens alargadas realizadas em New Hampshire, depois do `caucus` do Iowa, evidenciaram a consistência do favoritismo de Donald Trump face aos oponentes na corrida à indicação republicana, com Haley a posicionar-se como a principal adversária.
Duas sondagens do Boston Globe/NBC-10/Suffolk, assim como outro levantamento feito pelo St. Anselm College, mostram o ex-Presidente a superar a ex-embaixadora da ONU por dois dígitos, dando todas elas 50%, ou mais, dos votos a Trump.
Ainda de acordo com as três sondagens, Haley vence entre os independentes por entre 10 a 20 pontos, enquanto Trump sai vitorioso entre republicanos registados por cerca de 40 pontos.
c/Lusa