O presidente em exercício dos Estados Unidos prometeu na segunda-feira dar uma "luta dos diabos" para se manter no cargo, pedindo ao Congresso que não ratifique a votação do Colégio Eleitoral, que confirmou a vitória de Joe Biden.
Durante o comício, Donald Trump dedicou a maior parte do discurso a queixar-se novamente do resultado das eleições presidenciais de 3 de novembro, que insiste ter ganho "por muito".
Horas antes, em Washington, tinha pressionado os legisladores republicanos a oporem-se formalmente à ratificação da vitória do democrata Joe Biden no Colégio Eleitoral, numa sessão conjunta do Congresso, agendada para quarta-feira.
A sessão, presidida pelo vice-presidente norte-americano, Mike Pence, poderá arrastar-se pela noite dentro, apesar de ser esperado que o Congresso valide a votação do Colégio Eleitoral que deu a vitória a Biden.
"Espero que o nosso grande vice-presidente seja bem sucedido. Ele é um grande homem. Claro que, se não conseguir, não vou gostar tanto dele", disse Trump, na Geórgia.
Os esforços para apoiar Trump no Congresso são liderados pelo senador Josh Hawley, do Missouri, e o lusodescendente Ted Cruz, do Texas, ambos potenciais candidatos à presidência em 2024, competindo pelo apoio dos eleitores do presidente cessante.
A última esperança de Trump é a sessão conjunta no Congresso, na quarta-feira, de contagem dos votos eleitorais de Biden e a inerente confirmação dos resultados, o último passo da certificação do ato eleitoral que abre caminho à tomada de posse em 20 de janeiro.
O presidente eleito Joe Biden, que também se deslocou à Geórgia para apoiar os candidatos democratas, acusou Trump de "passar mais tempo a lamentar-se e a queixar-se" do que a trabalhar para combater a pandemia de covid-19.
A Câmara dos Representantes e o Senado vão reunir-se na quarta-feira para oficializarem os resultados, um procedimento que é, normalmente, uma mera formalidade, no último passo da certificação do ato eleitoral para abrir caminho à tomada de posse em 20 de janeiro.
c/Lusa