O presidente norte-americano garantiu esta quarta-feira que vai colocar uma ênfase especial no controlo de antecedentes de candidatos à compra de armas, sobretudo no que toca ao historial de saúde mental. A promessa de Donald Trump surgiu num encontro que manteve com quatro dezenas de estudantes, professores e pais na Casa Branca.
“Vamos ser muito rigorosos nas análises de antecedentes, com uma ênfase especial na saúde mental”, garantiu Trump.
O presidente promete ação e medidas concretas. “Não vai ser conversa como aconteceu no passado”, garantiu.
O anúncio acontece no dia em que os próprios estudantes saíram à rua em protesto. Na capital do Estado da Florida, os sobreviventes na escola de Parkland foram ao parlamento do Estado pedir aos deputados leis que dificultem a venda de armas. Em várias cidades americanas, estudantes saíram da sala de aula em solidariedade com os protestos.
O suspeito do massacre da passada quarta-feira é Nikolas Cruz, um antigo aluno da escola de 19 anos. “Nikolas Cruz pode comprar uma arma de assalto antes de ser autorizado a comprar cerveja”, disse Laurenzo Prado durante a manifestação, referindo-se à lei que na Florida permite que pessoas com menos de 18 anos possam comprar armas. “As leis do nosso país falharam”.
O encontro surge depois de Trump ter anunciado esta terça-feira que deu seguimento a um memorando onde dá instruções ao Departamento de Justiça para banir os dispositivos que permitem modificar armas, tornando-as mais mortíferas.
No mesmo dia em que publicou no Twitter uma mensagem em que dizia que tantos republicanos como democratas se deveriam agora focar em fortalecer o sistema de análise de antecedentes dos candidatos à compra de armas.
Whether we are Republican or Democrat, we must now focus on strengthening Background Checks!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 21 de fevereiro de 2018