O ex-presidente norte-americano Donald Trump pediu a demissão do seu sucessor, Joe Biden, pela "vergonhosa" e "incompetente" retirada do Afeganistão das tropas dos Estados Unidos.
Na nota, uma das muitas enviadas aos meios de comunicação, Trump criticou duramente o facto de os EUA terem retirado as suas tropas do país antes de evacuarem os civis, que apoiaram as forças norte-americanas nas duas últimas décadas.
"Além disso, estas pessoas deixaram para trás (no Afeganistão) equipamento de primeira qualidade e altamente sofisticado. Quem pode acreditar numa tal incompetência?", acrescentou o ex-presidente, cuja administração celebrou um acordo com os talibãs em 2020, prevendo a retirada das forças norte-americanas.
O ex-presidente também pediu a demissão de Biden, que o derrotou nas últimas eleições presidenciais norte-americanas, por causa da "vergonha", do que "permitiu" que acontecesse no Afeganistão, mas também pelo "tremendo" aumento dos casos de covid-19 e da "catástrofe na fronteira" entre os EUA e o México, entre outras razões.
Joe Biden disse na segunda-feira que o país deu "todas as opções" ao exército afegão para combater os talibãs e defendeu que as forças dos EUA não devem morrer numa guerra onde "as forças afegãs não têm vontade de lutar".
"Demos-lhes todas as opções para determinar o seu próprio futuro", afirmou Joe Biden num discurso na Casa Branca, acrescentando que "as forças dos EUA não podem, nem devem, combater uma guerra e morrer numa guerra em que as forças afegãs não têm a vontade de lutar por si próprias".
Os talibãs conquistaram Cabul no domingo, culminando uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.