Trump fala em "instrumentalização da justiça" para o impedirem de se apresentar às Presidenciais de 2024
Ainda antes de se apresentar perante um tribunal federal de Washington para ouvir a terceira leva de acusações dos últimos meses, desta vez a propósito da alegada tentativa de inverter os resultados das Presidenciais de 2020 em que foi derrotado por Joe Biden, Donald Trump denuncia uma “instrumentalização sem precedentes da justiça” do atual presidente para o impedirem de se apresentar na corrida à Casa Branca nas próximas eleições de 2024.
“O esforço de Trump para anular as eleições de 2020 visou a função fundamental do governo federal dos Estados Unidos”, lê-se na acusação, que refere o período que antecedeu a investida de 6 de janeiro contra o Capitólio.
“Apesar da sua derrota, o arguido estava determinado a manter-se no poder. Como resultado, por mais de dois meses após a eleição de 3 de novembro de 2020, o réu espalhou falsidades de que houve fraude que alterou o resultado e que ele de facto ganhou”, observa a acusação, para acrescentar que “as alegações eram falsas e o arguido [Donald Trump] sabia que eram falsas, mas repetiu-as e divulgou-as amplamente, apesar de tudo”.
“O ataque à capital da nossa nação a 6 de janeiro de 2021 foi um ataque sem precedentes à sede da democracia americana. Conforme descrito na acusação, foi alimentado por mentiras do réu, com o objetivo de obstruir a função fundamental do governo dos EUA”, acrescentou Smith na última terça-feira aquando da divulgação das novas acusações contra Trump, o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a ser acusado criminalmente por um tribunal federal.
Já este ano, Trump foi visado em outros dois processos: um pelo alegado tratamento negligente de documentos confidenciais da Casa Branca, outro por pagamentos suspeitos a uma antiga atriz de filmes pornográficos.