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Trump emenda discurso e manifesta agora "muito respeito" por Zelensky

por Cristina Santos - RTP
EPA

Já foi apelidado de "ditador", mas Donald Trump afirma agora ter "muito respeito" por Volodymyr Zelensky. As declarações do presidente dos Estados Unidos surgem antes das conversações que a Casa Branca vai receber sobre a guerra. O presidente ucraniano é esperado esta sexta-feira em Washington.

Trump prevê uma “reunião muito boa” com Zelensky e assegura que os esforços para alcançar a paz estão a avançar “muito rapidamente”.

Após o encontro com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, a BBC perguntou a Trump se pediria desculpas por ter chamado Zelensky de “ditador”. O presidente dos Estados Unidos respondeu “eu disse isso? Não acredito que disse isso”.

Logo a seguir acrescentou que tem “muito respeito” e considera Zelensky "muito corajoso".
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O fim da guerra entre a Ucrânia e a Rússia foi um dos temas da reunião entre o presidente norte-americano e o primeiro-ministro britânico.

Estes encontros acontecem depois de a Administração Trump realizar as primeiras conversações de alto nível dos EUA com Moscovo, há pouco mais de três anos. Portanto, desde que a Rússia invadiu a Ucrânia.

Por essa ocasião, o novo presidente dos Estados Unidos parecia culpar Zelensky pela guerra e repreendeu-o por não ter iniciado as conversações de paz mais cedo. O discurso mudou 180 graus, na “Está lá há três anos”, disse Trump na terça-feira. Zelensky "deveria ter terminado... nunca deveria ter começado (a guerra). (Zelensky) poderia ter feito um acordo".quinta-feira, ao lado de Keir Starmer.

"Acho que teremos uma reunião muito boa amanhã de manhã (esta sexta-feira). Vamos dar-nos muito bem", afirmou Trump aos jornalistas.

Enquanto Zelensky procura segurança para que a Ucrânia possa negociar um acordo de paz, Trump garante que está “aberto a muitas coisas”

No entanto, quer que Moscovo e Kiev aceitem um acordo de paz, antes mesmo de decidirem como é que o vão aplicar.

Esta sexta-feira, espera-se que Zelensky assine um acordo que dará aos Estados Unidos acesso aos recursos minerais de terras raras da Ucrânia. Até porque Trump já disse que a presença de empresas mineiras dos EUA na Ucrânia será uma “barreira, pode-se dizer” para futuros ataques russos.“Não acredito que alguém vá agir se estivermos lá com muitos trabalhadores nas terras raras”.

Quanto a um eventual apoio norte-americano a forças de paz britânicas na Ucrânia, Trump respondeu uma espécie de «nim»: "Os britânicos têm soldados incríveis, militares incríveis e podem cuidar de si próprios. Mas se precisarem de ajuda, estarei sempre com os britânicos, ok?".

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