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Trump "confiante" aceita derrota "se resultados forem justos"

por Graça Andrade Ramos - RTP
Donald Trump num comício em Michigan AFP

O multi-milionário recandidato à Casa Branca pelo Partido Republicano, manifestou-se esta tarde muito confiante na vitória, mas garantiu que irá "aceitar" os resultados caso perca, na condição que estes sejam "justos".

"Estou muito confiante", declarou o ex-presidente aos jornalistas quando se preparava para votar na Florida. Os republicanos "têm um enorme avanço", acrescentou, antecipando que a margem de vitória não será muito estreita e comentando que esta foi a melhor das três campanhas eleitorais que realizou.

Questionado sobre a reação a uma possível derrota, Donald Trump garantiu ainda que irá aceitar os resultados, "se a eleição for justa".

"Se perder uma eleição, e se a eleição for justa, serei o primeiro a reconhecê-lo. Até agora, parece que está a ser justa", referiu, mostrando-se confiante de que "esta noite vai ser uma grande festa".

O candidato sublinhou ainda que os seus eleitores "não são pessoas violentas".

Ao lado da mulher, Melania, Trump votou no Centro recreativo Mandel, em Palm Beach, onde tem residência, usando o seu habitual chapéu de pala vermelho, da campanha MAGA."Sinto-me muito confiante e parece que os republicanos apareceram em força", afirmou aos reporteres que testemunharam o momento. "Sinto-me honrado" ao ver que as filas se alongam, sublinhou. 

"Disseram-me que está a correr-nos muito bem". "Estamos muito bem na Georgia e em todo o lado", disse ainda Trump.

No entanto, Trump queixou-se da provável demora e espera na contagem dos resultados eleitorais, deixando algumas críticas ao modelo de urnas eletrónicas.

As sondagens refletem uma corrida particularmente apertada entre Harris e o republicano Donald Trump.

Até segunda-feira, 80 milhões de norte-americanos tinham optado pelo voto postal ou pelo voto antecipado. Esta última foi a opção da rival de Trump, Kamala Harris, pelo Partido Democrata.

Espera-se que a afluência esta terça-feira quebre recordes.

No total são chamados às urnas cerca de 240 milhões de cidadãos, embora a autorização do voto sem identificação e por parte de imigrantes ilegais tenham sido amplamente debatidos durante a campanha e possam fazer pender a balança.
Falsa fraude
Donald Trump poderá usar em particular o voto dos ilegais para contestar os resultados, se estes forem muito renhidos. 

O FBI alertou contra a publicação de vídeos falsos que têm circulado nas redes sociais para colocar em causa o ato eleitoral. 

Um deles exorta os norte-americanos a votarem "remotamente" devido a uma ameaça terrorista nos locais de elição e outra sobre uma alegada fraude com os votos de detidos em vários Estados-chave.

Ambos foram editados para parecerem ter sido publicados pelo FBI e pela televisão CBS.

É impossível para já saber quando serão conhecidos os resultados definitivos destas eleições, devido ao processo de contagem e de verificação dos votos, sobretudo nos estados oscilantes, onde há sempre incerteza quanto ao vencedor.

Seja qual for o resultado, estas eleições são já históricas. Ou Kamala Harris se torna a primeira mulher presidente, aos 60 anos, ou Donald Trump regressa à Casa Branca aos 78 anos, como o primeiro presidente com diversos processos pendentes em tribunal. Trump considera-os uma "caça âs bruxas" para o impedir de se candidatar à presidência uma terceira vez.
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