Num evento de campanha na Pensilvânia, há duas semanas, Trump passou cerca de 30 minutos a dançar, aceitando pedidos de músicas para o sistema sonoro do pavilhão e sugerindo ele mesmo algumas das músicas que aproveitou para dançar em palco.

Mas já em 2020, na corrida eleitoral contra o agora Presidente democrata, Joe Biden, Trump apelara ao voto com um vídeo de dois minutos em que mostrava fragmentos das danças que protagonizou nos seus comícios ao som da popular canção "YMCA" do grupo Village People.

O vídeo, em que Trump aparecia sem máscara, em plena pandemia de covid-19, em diferentes momentos de comícios seus em diversos Estados, retratava a coreografia que o candidato republicano popularizou e que consiste basicamente em um movimento de braços e quadris que parece seguir o ritmo da canção do grupo norte-americano, lançada em 1978.

Na campanha deste ano, Trump tentou diversificar o repertório musical e por alguns dias usou uma música de Taylor Swift, que apoia declaradamente a rival democrata Kamala Harris, e que de imediato criticou o abuso da candidatura republicana.

Já em 2020, Trump foi alvo críticas e denúncias semelhantes, quando alguns dos membros da banda Village People pediram repetidamente ao candidato para parar de usar essa música nos seus atos políticos.

Victor Willis, um dos membros do grupo Village People, não só criticou o uso de "YMCA", mas também se irritou com a coreografia.

Não era, contudo, a primeira vez que Trump usava canções de cantores ou grupos conhecidos para acompanhar seus atos políticos e muitos deles optaram por proibir seu uso.

São conhecidos os casos de Mick Jagger e Keith Richards, dos Rolling Stones, da família do cantor Tom Petty, falecido em 2017, do grupo norte-americano R.E.M, da britânica Adele e dos herdeiros do cantor Prince.