O Presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou diretamente o Irão na rede social Twitter, este domingo.
O tweet de Trump faz soar campainhas quanto a um possível
conflito EUA-Irão, numa altura de aumento de tensões entre Washington e
Teerão e apesar de ambos clamarem que não estão interessados numa
guerra.
"Se o Irão quer lutar, isso será o fim oficial do Irão", escreveu Trump. "Nunca mais ameacem os Estados Unidos!"
If Iran wants to fight, that will be the official end of Iran. Never threaten the United States again!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 19 de maio de 2019
Também a Arábia Saudita, aliada dos EUA e inimiga do regime
xiita dos Ayatolas do Irão, ameaçou "retaliar com força", se o Irão
"escolher a guerra".
O ministro saudita
dos Negócios Estrangeiros, Adel al-Jubeir, começou por sublinhar este domingo, que o
reino quer “a paz”, mas assegurou que “qualquer ameaça” por parte do
Irão merecerá uma resposta “com toda a força”.
Sábado, o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Mohammad Javad Zarif, comentou, no final da sua visita a Pequim, não acreditar numa guerra na região, já que Teerão não está interessado no conflito e nenhum país tem a "ilusão de que pode enfrentar o Irão".
"Não vai haver guerra porque nem nós queremos uma guerra como ninguém tem a ideia ou a ilusão de que podem confrontar o Irão na região", afirmou Zarif, citado pela agência iraniana de notícias IRNA e deixando no ar uma ameça de retaliação em caso de ataque.
"Não vai haver guerra porque nem nós queremos uma guerra como ninguém tem a ideia ou a ilusão de que podem confrontar o Irão na região", afirmou Zarif, citado pela agência iraniana de notícias IRNA e deixando no ar uma ameça de retaliação em caso de ataque.
A Administração Trump apertou recentemente a malha das sanções económicas a Teerão após denunciar o acordo nuclear internacional que reabriu as fronteiras do Irão ao comércio mundial.
120 mil para o Médio Oriente?
Elementos da equipa de Trump na Casa Branca, como o conselheiro para a Segurança Nacional, John R. Bolton, e o secretário de Estado Mike Pompeo, têm exigido que Teerão abandone os seus programas nuclear e de mísseis balísticos.
A 14 de maio surgiram notícias de que os EUA estariam a preparar o envio de 120 mil tropas americanas para o Médio Oriente, em preparação para um conflito armado.
Durante uma reunião de assessores de segurança nacional norte-americanos, o secretário de Defesa, Patrick Shanahan, apresentou esse mesmo plano, considerado em caso de ataque do Irão às forças americanas ou avançar com armas nucleares.
Segundo o jornal The New York Times, as revisões foram ordenadas por John R. Bolton, conselheiro de Segurança Nacional de Trump e um dos maiores defensores de um eventual ataque dos Estados Unidos ao Irão.
No final da reunião, Garrett Marquis, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, afirmou que “o Presidente tem sido claro, os Estados Unidos não estão à procura de um conflito militar com o Irão e estão disponíveis para conversações com a liderança iraniana”.
“No entanto, a opção do Irão nos últimos 40 anos tem sido a violência e estamos prontos para defender os interesses dos Estados Unidos na região”, acrescentou.
No final da reunião, Garrett Marquis, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, afirmou que “o Presidente tem sido claro, os Estados Unidos não estão à procura de um conflito militar com o Irão e estão disponíveis para conversações com a liderança iraniana”.
“No entanto, a opção do Irão nos últimos 40 anos tem sido a violência e estamos prontos para defender os interesses dos Estados Unidos na região”, acrescentou.
Trump negou depois que esses planos estejam em cima da mesa. Ordenou contudo a retirada de todo o pessoal americano não essencial da embaixada do apís no Iraque, vizinho do Irão.
Uma decisão copiada pela multinacional americana de petróleo Exxon Mobil, dias depois, e referida como simples precaução.