O Tribunal Penal Internacional (TPI) anunciou esta quinta-feira a emissão de mandados de captura para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para o seu antigo ministro da Defesa, Yoav Gallant, e também para o líder do Hamas, Mohammed Diab Ibrahim Al-Masri, conhecido como Mohammed Deif.
Em comunicado, o tribunal afirmou ter encontrado "motivos razoáveis" para acreditar que Netanyahu tem responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo "a fome como método de guerra" e "os crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros actos desumanos".
A medida surge depois de o procurador do TPI, Karim Khan, ter anunciado, a 20 de maio, que pretendia obter mandados de detenção por alegados crimes relacionados com os ataques do Hamas a Israel, a 7 de outubro de 2023, e com a resposta militar israelita em Gaza.
O Tribunal Penal Internacional avançou ainda que não é necessária a aceitação da jurisdição do tribunal por parte de Israel. Telavive tem vindo a negar a prática de crimes de guerra em Gaza.Apesar de ter sido emitido um mandado de captura para Mohammed Deif, as forças militares israelitas garantem que este líder do Hamas foi morto num ataque aéreo em Gaza em julho deste ano.
O Tribunal Penal Internacional avançou ainda que não é necessária a aceitação da jurisdição do tribunal por parte de Israel. Telavive tem vindo a negar a prática de crimes de guerra em Gaza.Apesar de ter sido emitido um mandado de captura para Mohammed Deif, as forças militares israelitas garantem que este líder do Hamas foi morto num ataque aéreo em Gaza em julho deste ano.
O ex-primeiro-ministro israelita Naftali Bennett reagiu à decisão do TPI, considerando-a uma "vergonha".
Também o principal líder da oposição israelita, Yair Lapid, denunciou a ação do tribunal sediado em Haia, classificando-a como "uma recompensa para o terrorismo".
Também o principal líder da oposição israelita, Yair Lapid, denunciou a ação do tribunal sediado em Haia, classificando-a como "uma recompensa para o terrorismo".
Caberá agora aos 124 Estados membros do Tribunal Penal Internacional - entre os quais não se encontram Israel nem os Estados Unidos, seu aliado - decidir se executam ou não os mandados.
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